Avaliação da aplicabilidade da proposta de graduação de kiupel dos mastocitomas cutâneos em cães

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reto, Rita Filipa Roque Mota
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/5383
Resumo: O mastocitoma é o tumor de pele mais comum em cães e caracteriza-se pela proliferação de mastócitos tumorais. O diagnóstico mais assertivo da doença faz-se através da análise histopatológica. Esta permite a classificação da neoplasia em diferentes graus conferindo um importante critério preditivo do comportamento biológico e tratamento da neoplasia. Várias classificações têm sido propostas ao longo do tempo, contudo, baseiamse em parâmetros subjetivos provocando variações consideráveis entre observadores, limitando assim o valor de prognóstico. Para colmatar este dado, Kiupel et al., (2011) propôs um sistema histológico para a classificação de mastocitomas em cães de apenas dois graus. A avaliação desta nova proposta e a comparação com a escala mais antiga, proposta por Patnaik et al., (1984) foi o objetivo principal deste estudo. Deste modo, foram reclassificados vinte mastocitomas caninos. O seguimento de cada caso ao longo de sete a dez meses foi feito através de um questionário entregue às clinicas. Dos vinte cães em estudo e classificados segundo a escala proposta por Patnaik et al., (1984) 65% correspondiam a tumores de grau II, sendo os mais frequentes. Seguiram-se os de grau III (30%) e os de grau I (5%). Na reclassificação, utilizando a escala proposta por Kiupel et al., (2011), o grau II foi o mais frequente correspondendo a 55% dos casos e o grau I a 45%. Na escala de Patnaik et al.,(1984), as recidivas ocorreram no grau III com 67% dos casos. Na escala de Kiupel et al.,(2011), as recidivas ocorreram em 36% dos casos de grau II. Estes números evidenciam um prognóstico mais correto para os tumores classificados com grau III segundo Patnaik et al.,(1984) do que os de grau II segundo Kiupel et al., (2011). Assim, parece que a nova proposta de classificação não acrescenta grande valor prognóstico.No entanto, o presente estudo não avaliou a amostra no mesmo intervalo de tempo e a mesma também variou no que diz respeito ao número de animais em estudo, sendo que estes dados poderam ter condicionado o presente estudo e as suas conclusões.
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