Fluctuations saisonnières des insectes entomophages, capturés par piégeage, dans plusieurs biotopes de l’ile de São Miguel, Açores

• Autor(a) principal: Cruz de Boelpaepe, Maria O.
• Data de Publicação: 1991
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: fra
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/5538
• topic: Afídio; Insetos Entomófagos; Voltinismo; Açores; Aphid; Entomophagous Insects; Voltinism; Azores

O presente trabalho comporta o inventário dos principais grupos de insectos entomófagos capturados por armadilhas atractivas e as suas flutuações numéricas, durante o período da atividade de voo dos afídios vectores de vírus da batateira, em diversos habitats da Ilha de São Miguel. Os parasitas não especificamente de afídios pertencentes aos grupos Braconidae, Chalcididae, Ichneumonidae foram mais abundantes que os predadores afidífagos: Chrysopidae, Coccinellidae, Hemerobiidae e Syrphidae. Entre os himenópteros parasitas de afídios (Fam. Aphidiidae) predominaram os gêneros Aphidius e Ephedrus. lnsectos predadores, como os Sirfídeos, foram captura dos em maior número que os Neurópteros e os Coccinelídeos. Episyrphus balteatus e Metasyrphus corollae foram as espécies mais comuns. Os Neurópteros estiveram principalmente representados pelo género Hemerobius. Os resultados das capturas revelaram uma coincidência cronológica entre o voltinismo dos Afidiideos e a fase inicial do voo de verão de Macrosiphum euphorbiae e Aulacorthum solani em diferentes biocenoses da ilha de São Miguel. Por outro lado, a actividade de voo dos Sirfídeos e Neurópteros coincidiu com o voo de verão de Myzus persicae e com o pico de voo de M. euphorbiae. A resposta numérica do predador em relação à presa exprime-se por uma correlação entre os logaritmos dos números médios dos insectos afidífagos + Calcídeos + Proctotrípídeos e os dos afídios vectores (A. solani + M. euphorbiae + M. persicae) capturados por armadilha. No que respeita à topografia, constatou-se que diferenças de altitude, entre os 300 m e 520 m, não constituíram um obstáculo à penetração dos insectos úteis enquanto que a protecção por florestas de coníferas reduziu os efectivos globais dos entomófagos, mas aumentou a proporção dos predadores afidífagos.