Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Leonor
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Marçal, Filipa, Gonçalves, Jenny, Oliveira, Joana, Miranda, Victor, Freitas, Cristina, Barros, Andreia, Freitas, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3768
Resumo: Introdução: O dengue é uma doença viral, autolimitada, transmitida pelo mosquito do género Aedes. A introdução do vector de transmissão na ilha da Madeira levantou a ameaça de uma epidemia. Apesar da implementação das medidas de controlo do vector,oito anos após a sua detecção verificou-se o primeiro surto de dengue na região. Este estudo tem como objectivo a caracterização dos casos de dengue em idade pediátrica no primeiro surto de dengue desta região. Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo. Foram incluídas crianças e adolescentes dos 0 aos 14 anos com diagnóstico de dengue confirmado laboratorialmente. Caracterização de variáveis demográficas, clínicas e analíticas, com posterior análise e tratamento estatístico. Resultados: Foram confirmados 182 casos laboratorialmente, verificando-se predomínio do sexo masculino e idade média de 9,6 anos. A taxa de incidência foi de 41,4/10.000 habitantes, com pico de incidência em Novembro 2012. Os sintomas de apresentação mais frequentes foram a febre (98,3%), cefaleias (75,2%), mialgias (66,5%) e exantema (51,6%), sendo que as manifestações hemorrágicas surgiram em 9,9% dos casos. A taxa de internamento foi de 15,9%, com duração média de 3,8 dias, não sendo registados óbitos.Foi identificado somente o serotipo DEN-1. Discussão: A elevada densidade do vector associada à presença de hospedeiros susceptíveis poderá ter originado a explosão do surto, após a introdução do vírus na região. Sendo a imunidade serotipo-específica, a presença de um novo serotipo poderia ter consequências devastadoras, pelo que dada a possibilidade de um novo surto, devem ser mantidas as medidas de controlo entomológico e de protecção individual.
id RCAP_a6f68527bdda86b1b26fdab99d0453f7
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3768
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da MadeiraCase seriesIntrodução: O dengue é uma doença viral, autolimitada, transmitida pelo mosquito do género Aedes. A introdução do vector de transmissão na ilha da Madeira levantou a ameaça de uma epidemia. Apesar da implementação das medidas de controlo do vector,oito anos após a sua detecção verificou-se o primeiro surto de dengue na região. Este estudo tem como objectivo a caracterização dos casos de dengue em idade pediátrica no primeiro surto de dengue desta região. Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo. Foram incluídas crianças e adolescentes dos 0 aos 14 anos com diagnóstico de dengue confirmado laboratorialmente. Caracterização de variáveis demográficas, clínicas e analíticas, com posterior análise e tratamento estatístico. Resultados: Foram confirmados 182 casos laboratorialmente, verificando-se predomínio do sexo masculino e idade média de 9,6 anos. A taxa de incidência foi de 41,4/10.000 habitantes, com pico de incidência em Novembro 2012. Os sintomas de apresentação mais frequentes foram a febre (98,3%), cefaleias (75,2%), mialgias (66,5%) e exantema (51,6%), sendo que as manifestações hemorrágicas surgiram em 9,9% dos casos. A taxa de internamento foi de 15,9%, com duração média de 3,8 dias, não sendo registados óbitos.Foi identificado somente o serotipo DEN-1. Discussão: A elevada densidade do vector associada à presença de hospedeiros susceptíveis poderá ter originado a explosão do surto, após a introdução do vírus na região. Sendo a imunidade serotipo-específica, a presença de um novo serotipo poderia ter consequências devastadoras, pelo que dada a possibilidade de um novo surto, devem ser mantidas as medidas de controlo entomológico e de protecção individual.Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-09-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2014.3768por2184-44532184-3333Castro, LeonorMarçal, FilipaGonçalves, JennyOliveira, JoanaMiranda, VictorFreitas, CristinaBarros, AndreiaFreitas, Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:53:50Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/3768Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:24:04.785198Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
title Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
spellingShingle Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
Castro, Leonor
Case series
title_short Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
title_full Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
title_fullStr Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
title_full_unstemmed Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
title_sort Dengue em Portugal – Experiência da Região Autónoma da Madeira
author Castro, Leonor
author_facet Castro, Leonor
Marçal, Filipa
Gonçalves, Jenny
Oliveira, Joana
Miranda, Victor
Freitas, Cristina
Barros, Andreia
Freitas, Pedro
author_role author
author2 Marçal, Filipa
Gonçalves, Jenny
Oliveira, Joana
Miranda, Victor
Freitas, Cristina
Barros, Andreia
Freitas, Pedro
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Castro, Leonor
Marçal, Filipa
Gonçalves, Jenny
Oliveira, Joana
Miranda, Victor
Freitas, Cristina
Barros, Andreia
Freitas, Pedro
dc.subject.por.fl_str_mv Case series
topic Case series
description Introdução: O dengue é uma doença viral, autolimitada, transmitida pelo mosquito do género Aedes. A introdução do vector de transmissão na ilha da Madeira levantou a ameaça de uma epidemia. Apesar da implementação das medidas de controlo do vector,oito anos após a sua detecção verificou-se o primeiro surto de dengue na região. Este estudo tem como objectivo a caracterização dos casos de dengue em idade pediátrica no primeiro surto de dengue desta região. Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo. Foram incluídas crianças e adolescentes dos 0 aos 14 anos com diagnóstico de dengue confirmado laboratorialmente. Caracterização de variáveis demográficas, clínicas e analíticas, com posterior análise e tratamento estatístico. Resultados: Foram confirmados 182 casos laboratorialmente, verificando-se predomínio do sexo masculino e idade média de 9,6 anos. A taxa de incidência foi de 41,4/10.000 habitantes, com pico de incidência em Novembro 2012. Os sintomas de apresentação mais frequentes foram a febre (98,3%), cefaleias (75,2%), mialgias (66,5%) e exantema (51,6%), sendo que as manifestações hemorrágicas surgiram em 9,9% dos casos. A taxa de internamento foi de 15,9%, com duração média de 3,8 dias, não sendo registados óbitos.Foi identificado somente o serotipo DEN-1. Discussão: A elevada densidade do vector associada à presença de hospedeiros susceptíveis poderá ter originado a explosão do surto, após a introdução do vírus na região. Sendo a imunidade serotipo-específica, a presença de um novo serotipo poderia ter consequências devastadoras, pelo que dada a possibilidade de um novo surto, devem ser mantidas as medidas de controlo entomológico e de protecção individual.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-09-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3768
url https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3768
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2184-4453
2184-3333
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133513325215744