Pegada de Carbono, Aspetos Económicos e Sociais para avaliar a Sustentabilidade de Embalagens de Metal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fontes, Isabel dos Santos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/20811
Resumo: A indústria siderúrgica é parte integrante do modelo de economia circular e o aço tem vantagens como material para atingir esse objetivo. A promoção do desperdício zero, tanto pela redução da quantidade de recursos e energia utilizados, como pela reutilização e reciclagem, tornam o aço num material essencial para o futuro. Este estágio decorreu na empresa Colep Packaging, situada em Vale de Cambra e teve a duração de aproximadamente 6 meses. Assim, este trabalho teve como desafios avaliar o impacto ambiental do ciclo de vida de embalagens metálicas, procedendo ao cálculo da pegada de carbono, comparar o estudo realizado através de duas metodologias, com uma ferramenta especializada nesta avaliação e sem recurso a ela, e ainda, analisar aspetos económicos e sociais associados à produção de embalagens. O trabalho envolveu todas as etapas na qual a Colep Packaging tem responsabilidade, desde a produção de matérias-primas, transporte, produção, expedição e ainda o fim de vida da embalagem final. A pegada de carbono, para a embalagem A1, obtida com a ferramenta foi de 261.7 gCO2eq/embalagem e sem o auxílio desta foi de 198.1 gCO2eq/embalagem. Analisaram-se ambos os resultados, confrontando um e outro para explicar as diferenças encontradas, no entanto, os resultados dão a entender que, de uma forma geral a maior diferença cerne na etapa de produção da matéria-prima. Porém, foram apresentadas sugestões de melhoria para potenciais reduções no impacto ambiental e também económico. No decorrer do estágio foram avaliadas as embalagens mais vendidas quanto ao seu impacto ambiental utilizando apenas a ferramenta de avaliação, com o propósito de serem comparadas e da análise ficar registada, em base de dados, para uma possível comparação futura. Concluiu-se que existe uma relação direta entre a massa da embalagem e a pegada de carbono, desta forma deverá tentar-se reduzir a espessura da folha de flandres bem como todos os materiais de embalamento secundário. Para os aspetos sociais identificou-se que não existiu discriminação de género no ano de 2021, sendo necessário acompanhar o número de formações a realizar assim como acidentes que venham a ocorrer nos próximos anos, com o intuito de acompanhar a respetiva evolução. Nos indicadores económicos observou-se que houve um crescimento do salário médio dos colaboradores da produção, tendo este aumento sido de 2.6 % e 4.4 % para 2021 e 2022 comparando com os anos de 2020 e 2021. Os custos com certificação foram maiores em 2021 quando comparados com 2020, uma vez que se investiu em novas plataformas na área da sustentabilidade. Quanto aos dados de formação, segurança e energia os valores são indicativos para o ano 2021, servindo este levantamento como referência e confronto para estudos posteriores. Com este trabalho, foi possível ter um conhecimento maior acerca das embalagens em estudo no que diz respeito ao seu impacto ambiental, social e económico. Foi também possível aumentar a competência da Colep Packaging no manuseio e utilização da ferramenta de análise de ciclo de vida, tendo, neste momento, capacidade de saber quais os impactos das suas embalagens e podendo no futuro implementar medidas de melhoria.
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Assim, este trabalho teve como desafios avaliar o impacto ambiental do ciclo de vida de embalagens metálicas, procedendo ao cálculo da pegada de carbono, comparar o estudo realizado através de duas metodologias, com uma ferramenta especializada nesta avaliação e sem recurso a ela, e ainda, analisar aspetos económicos e sociais associados à produção de embalagens. O trabalho envolveu todas as etapas na qual a Colep Packaging tem responsabilidade, desde a produção de matérias-primas, transporte, produção, expedição e ainda o fim de vida da embalagem final. A pegada de carbono, para a embalagem A1, obtida com a ferramenta foi de 261.7 gCO2eq/embalagem e sem o auxílio desta foi de 198.1 gCO2eq/embalagem. Analisaram-se ambos os resultados, confrontando um e outro para explicar as diferenças encontradas, no entanto, os resultados dão a entender que, de uma forma geral a maior diferença cerne na etapa de produção da matéria-prima. Porém, foram apresentadas sugestões de melhoria para potenciais reduções no impacto ambiental e também económico. No decorrer do estágio foram avaliadas as embalagens mais vendidas quanto ao seu impacto ambiental utilizando apenas a ferramenta de avaliação, com o propósito de serem comparadas e da análise ficar registada, em base de dados, para uma possível comparação futura. Concluiu-se que existe uma relação direta entre a massa da embalagem e a pegada de carbono, desta forma deverá tentar-se reduzir a espessura da folha de flandres bem como todos os materiais de embalamento secundário. Para os aspetos sociais identificou-se que não existiu discriminação de género no ano de 2021, sendo necessário acompanhar o número de formações a realizar assim como acidentes que venham a ocorrer nos próximos anos, com o intuito de acompanhar a respetiva evolução. Nos indicadores económicos observou-se que houve um crescimento do salário médio dos colaboradores da produção, tendo este aumento sido de 2.6 % e 4.4 % para 2021 e 2022 comparando com os anos de 2020 e 2021. Os custos com certificação foram maiores em 2021 quando comparados com 2020, uma vez que se investiu em novas plataformas na área da sustentabilidade. Quanto aos dados de formação, segurança e energia os valores são indicativos para o ano 2021, servindo este levantamento como referência e confronto para estudos posteriores. Com este trabalho, foi possível ter um conhecimento maior acerca das embalagens em estudo no que diz respeito ao seu impacto ambiental, social e económico. Foi também possível aumentar a competência da Colep Packaging no manuseio e utilização da ferramenta de análise de ciclo de vida, tendo, neste momento, capacidade de saber quais os impactos das suas embalagens e podendo no futuro implementar medidas de melhoria.The steel industry is an integral part of the circular economy model, and steel has several advantages as a material to achieve this goal. The promotion of zero waste, through reducing the resources and energy used, as well as reusing and recycling, make steel an essential material for the future. This internship took place at Colep Packaging, located in Vale de Cambra and lasted for approximately 6 months. The main goals were the assessment of the environmental impact of metal packaging considering its life cycle, proceeding to the calculation of the carbon footprint; compare two methodologies, using a tool specialized in this evaluation and without resorting to it and also, analyse economic and social aspects associated with the production of packaging. The study involved all the stages in which Colep Packaging has responsibility, from the production of raw-materials, transport, production, shipping and the end of life of the packaging. The carbon footprint, for the A1 packaging, obtained using the tool was 261.7 gCO2eq/packaging unit and without its aid it was 198.1 gCO2eq/packaging unit. Both results were analysed to explain the differences found, however, the results suggest that, in general, the biggest difference lies in the raw material production stage. However, improvement suggestions were made for potential reductions in environmental and economic impact. The top-selling products environmental impact was evaluated using the assessment tool, in order to be compared and record the analysis in a database for future comparison. It was concluded that there is a direct co-relation between the mass of the packaging and the carbon footprint, so attempts should be made to reduce the thickness of the tinplate as well as all secondary packaging materials. For the social aspects, no gender discrimination was identified in 2021, remaining the necessity to monitor the number of trainings to be carried out as well as accidents that may occur in the coming years, in order to follow the its evolution. For the economic indicators, it was observed that there was an increase in the average salary of employees from production, with an increase of 2.6 % and 4.4 % for 2021 and 2022 respectively. Certification costs were higher in 2021 when compared to 2020, as there were costs with new platforms in the area of sustainability. As for training, safety and energy data, the values are indicative for the year 2021, and this survey serves as a reference and comparison for further studies. With this work, it was possible to have a greater knowledge about the packaging studied regarding their environmental, social and economic impacts. It was also possible to increase Colep Packaging competence in the handling and use of the life cycle analysis tool, having, at this moment, the ability to know the impacts of its packaging and being able to implement improvement measures in the future.Martins, Florinda FigueiredoRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoFontes, Isabel dos Santos20222025-07-15T00:00:00Z2022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/20811TID:203045378porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T13:16:22Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/20811Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:40:54.487730Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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