Estudo da Pegada de Carbono de uma fábrica de produção de embalagens
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/24114 |
Resumo: | A indústria petrolífera, que tem como um dos produtos o plástico, e a do ferro e aço são das maiores emissoras mundiais de Gases com Efeito de Estufa (GEE). Assim, atualmente, com as crescentes preocupações ambientas da população, torna-se urgente estudar o impacte ambiental das fábricas produtoras de embalagens de plástico e metal. Desse modo, a presente dissertação foi realizada na Colep Packaging Portugal e teve como objetivo calcular a pegada de carbono da fábrica referente ao ano de 2022. A avaliação da pegada de carbono foi realizada tendo como linhas orientadoras a metodologia Greenhouse Gas Protocol e sempre que possível, foram utilizados os fatores de emissão de origem primária. A pegada de carbono é dividida em três âmbitos: o primeiro é referente às emissões diretas da empresa relatora; o segundo são emissões indiretas para a produção de energia; o terceiro refere-se a emissões que ocorrem como consequência da atividade da empresa relatora. É possível afirmar que este mesmo objetivo foi atingido, obtendo-se como resultado 7 408,235 t CO2 eq de âmbito 1 (7,03%), 2 846,705 t CO2 eq de âmbito 2 (2,70%) e 95 075,239 t CO2 eq de âmbito 3 (90,27%). Globalmente, o valor calculado foi 105 330,179 t CO2 eq. As categorias que mais contribuíram para este valor da pegada de carbono são os bens e serviços adquiridos, o fim de vida dos produtos vendidos e o consumo de gás natural. Estas três categorias emitiram, em 2022, 87 732,707 t CO2 eq, o que corresponde a 83,29% das emissões totais da Colep Packaging Portugal. Para calcular a pegada de carbono foi necessário realizar um inventário, em primeiro lugar, aos tipos de energia consumida. Nestes parâmetros estão incluídos o gás natural, propano, gasóleo, gasolina e líquidos refrigerantes para o âmbito 1 e a eletricidade para o âmbito 2. Foi também realizado um inventário para o âmbito 3 a todas as matérias-primas, serviços e bens capitais adquiridos, ao transporte a montante (de matérias-primas) e a jusante (de produtos vendidos), aos resíduos gerados no processo produtivo, às viagens de negócios e diárias dos colaboradores, aos bens alugados a montante (veículos de leasing e paletes) e a jusante (edifícios), ao processamento dos produtos vendidos e ao fim de vida destes. Também se analisou o uso dos produtos vendidos, os franchises da empresa e os investimentos, porém, estas categorias não registaram valores. De maneira a reduzir o valor da pegada de carbono sugere-se a realização de algumas medidas. Ao todo são 16 de onde se destacam a substituição dos veículos a combustão por elétricos, a utilização de camiões elétricos, a utilização de energia 100% renovável, a utilização de comboios para transporte superior a 250 km, a instalação de painéis solares, o aumento da eficiência energética e a incorporação de reciclado nas embalagens metálicas. Ao serem implementadas, as 16 medidas permitem reduzir em 54 262,702 t CO2 eq, o que corresponde a 51,52% do atual valor global. |
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Estudo da Pegada de Carbono de uma fábrica de produção de embalagensCarbon Footprint Study of Colep Packaging Portugal FactoryCarbon footprintGreenhouse gasesMetal packagingPlastic packagingSustainabilityDomínio/Área Científica::Engenharia e TecnologiaA indústria petrolífera, que tem como um dos produtos o plástico, e a do ferro e aço são das maiores emissoras mundiais de Gases com Efeito de Estufa (GEE). Assim, atualmente, com as crescentes preocupações ambientas da população, torna-se urgente estudar o impacte ambiental das fábricas produtoras de embalagens de plástico e metal. Desse modo, a presente dissertação foi realizada na Colep Packaging Portugal e teve como objetivo calcular a pegada de carbono da fábrica referente ao ano de 2022. A avaliação da pegada de carbono foi realizada tendo como linhas orientadoras a metodologia Greenhouse Gas Protocol e sempre que possível, foram utilizados os fatores de emissão de origem primária. A pegada de carbono é dividida em três âmbitos: o primeiro é referente às emissões diretas da empresa relatora; o segundo são emissões indiretas para a produção de energia; o terceiro refere-se a emissões que ocorrem como consequência da atividade da empresa relatora. É possível afirmar que este mesmo objetivo foi atingido, obtendo-se como resultado 7 408,235 t CO2 eq de âmbito 1 (7,03%), 2 846,705 t CO2 eq de âmbito 2 (2,70%) e 95 075,239 t CO2 eq de âmbito 3 (90,27%). Globalmente, o valor calculado foi 105 330,179 t CO2 eq. As categorias que mais contribuíram para este valor da pegada de carbono são os bens e serviços adquiridos, o fim de vida dos produtos vendidos e o consumo de gás natural. Estas três categorias emitiram, em 2022, 87 732,707 t CO2 eq, o que corresponde a 83,29% das emissões totais da Colep Packaging Portugal. Para calcular a pegada de carbono foi necessário realizar um inventário, em primeiro lugar, aos tipos de energia consumida. Nestes parâmetros estão incluídos o gás natural, propano, gasóleo, gasolina e líquidos refrigerantes para o âmbito 1 e a eletricidade para o âmbito 2. Foi também realizado um inventário para o âmbito 3 a todas as matérias-primas, serviços e bens capitais adquiridos, ao transporte a montante (de matérias-primas) e a jusante (de produtos vendidos), aos resíduos gerados no processo produtivo, às viagens de negócios e diárias dos colaboradores, aos bens alugados a montante (veículos de leasing e paletes) e a jusante (edifícios), ao processamento dos produtos vendidos e ao fim de vida destes. Também se analisou o uso dos produtos vendidos, os franchises da empresa e os investimentos, porém, estas categorias não registaram valores. De maneira a reduzir o valor da pegada de carbono sugere-se a realização de algumas medidas. Ao todo são 16 de onde se destacam a substituição dos veículos a combustão por elétricos, a utilização de camiões elétricos, a utilização de energia 100% renovável, a utilização de comboios para transporte superior a 250 km, a instalação de painéis solares, o aumento da eficiência energética e a incorporação de reciclado nas embalagens metálicas. Ao serem implementadas, as 16 medidas permitem reduzir em 54 262,702 t CO2 eq, o que corresponde a 51,52% do atual valor global.The oil industry, which produces plastic as a byproduct, along with the iron and steel industry, are among the most polluting ones in the world. Therefore, with the plight of pollution and the growing environmental concerns of the population, it becomes urgent to study the environmental impact of plastic and metal packaging factories. Thus, this dissertation was carried out at Colep Packaging Portugal with the aim of calculating the carbon footprint of the factory for the year 2022. The carbon footprint assessment was conducted following the guidelines of the Greenhouse Gas Protocol methodology, and whenever possible, primary emission factors were used. Carbon footprint is divided into three scopes: the first refers to the reporting company's direct emissions; the second is indirect emissions for energy production; the third refers to emissions that occur as a result of the reporting company's activity. It can be stated that this objective was achieved, resulting in 7 408,235 t CO2 eq for scope 1 (7,03%), 2 846,705 t CO2 eq for scope 2 (2,70%), and 95 075,239 t CO2 eq for scope 3 (90,27%). The overall calculated value was 105 330,179 t CO2 eq. The categories that contributed the most to this carbon footprint value were the acquisition of goods and services, end-of-life of sold products, and the use of natural gas. These three categories emitted a total of 87 732,707 t CO2 eq in 2022, which corresponds to 83,29% of the total emissions of Colep Packaging Portugal. To calculate the carbon footprint, it was necessary to first conduct an inventory of the types of energy consumed. These parameters included natural gas, propane, diesel, gasoline, and refrigerants for scope 1, and electricity for scope 2. An inventory was also conducted for scope 3, including all purchased goods and services, upstream (raw materials) and downstream (sold products) transportation, waste generated in operations, business travel, employee daily commute, upstream (leasing vehicles and pallets) and downstream (buildings) leased assets, processing of sold products, and end-of-life of these products. The analysis also considered capital goods, use of sold products, company franchises, and investments, but these categories did not register values. This scope 3 analysis included quantities in various units such as mass, area, volume, distance, and emission factors. In order to reduce the carbon footprint value, the implementation of several measures is suggested. There are a total of 16 measures, with highlights including the substitution of the current vehicles for electrics, the use of electric lorries, the use of 100% renewable energy, the transportation by rail in distances longer than 250 km, the installation of solar panels, the increase of energy efficiency and the incorporation of 100% recycled content in the metal cans. When implemented, these 16 measures can reduce 54 262,702 t CO2 eq, which corresponds to 51,52% of the total value.Martins, Florinda FigueiredoRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoSantos, Rafael de Matos Ferreira da Mota2023-07-242026-07-24T00:00:00Z2023-07-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/24114TID:203414462porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-20T01:56:19Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/24114Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:20.132969Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A indústria petrolífera, que tem como um dos produtos o plástico, e a do ferro e aço são das maiores emissoras mundiais de Gases com Efeito de Estufa (GEE). Assim, atualmente, com as crescentes preocupações ambientas da população, torna-se urgente estudar o impacte ambiental das fábricas produtoras de embalagens de plástico e metal. Desse modo, a presente dissertação foi realizada na Colep Packaging Portugal e teve como objetivo calcular a pegada de carbono da fábrica referente ao ano de 2022. A avaliação da pegada de carbono foi realizada tendo como linhas orientadoras a metodologia Greenhouse Gas Protocol e sempre que possível, foram utilizados os fatores de emissão de origem primária. A pegada de carbono é dividida em três âmbitos: o primeiro é referente às emissões diretas da empresa relatora; o segundo são emissões indiretas para a produção de energia; o terceiro refere-se a emissões que ocorrem como consequência da atividade da empresa relatora. É possível afirmar que este mesmo objetivo foi atingido, obtendo-se como resultado 7 408,235 t CO2 eq de âmbito 1 (7,03%), 2 846,705 t CO2 eq de âmbito 2 (2,70%) e 95 075,239 t CO2 eq de âmbito 3 (90,27%). Globalmente, o valor calculado foi 105 330,179 t CO2 eq. As categorias que mais contribuíram para este valor da pegada de carbono são os bens e serviços adquiridos, o fim de vida dos produtos vendidos e o consumo de gás natural. Estas três categorias emitiram, em 2022, 87 732,707 t CO2 eq, o que corresponde a 83,29% das emissões totais da Colep Packaging Portugal. Para calcular a pegada de carbono foi necessário realizar um inventário, em primeiro lugar, aos tipos de energia consumida. Nestes parâmetros estão incluídos o gás natural, propano, gasóleo, gasolina e líquidos refrigerantes para o âmbito 1 e a eletricidade para o âmbito 2. Foi também realizado um inventário para o âmbito 3 a todas as matérias-primas, serviços e bens capitais adquiridos, ao transporte a montante (de matérias-primas) e a jusante (de produtos vendidos), aos resíduos gerados no processo produtivo, às viagens de negócios e diárias dos colaboradores, aos bens alugados a montante (veículos de leasing e paletes) e a jusante (edifícios), ao processamento dos produtos vendidos e ao fim de vida destes. Também se analisou o uso dos produtos vendidos, os franchises da empresa e os investimentos, porém, estas categorias não registaram valores. De maneira a reduzir o valor da pegada de carbono sugere-se a realização de algumas medidas. Ao todo são 16 de onde se destacam a substituição dos veículos a combustão por elétricos, a utilização de camiões elétricos, a utilização de energia 100% renovável, a utilização de comboios para transporte superior a 250 km, a instalação de painéis solares, o aumento da eficiência energética e a incorporação de reciclado nas embalagens metálicas. Ao serem implementadas, as 16 medidas permitem reduzir em 54 262,702 t CO2 eq, o que corresponde a 51,52% do atual valor global. |
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