Património e simbologia: os casos de Silves e Faro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Nuno C. J.
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/696
Resumo: Dissertação de Mestrado em Estudos do Património apresentada à Universidade Aberta
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spelling Património e simbologia: os casos de Silves e FaroHeráldicaHistória de PortugalIdentidade nacionalMemóriaPatrimónio culturalPoderSimbolismoSímbolosFaroSilvesDissertação de Mestrado em Estudos do Património apresentada à Universidade AbertaResumo - Os castelos ou construções congéneres, como panos de muralhas, fortes, etc., foram elementos cedo introduzidos na sigilografia e vexilologia e que, com a consolidação já de uma heráldica propriamente dita de âmbito territorial, passaram a ser factor identificativo de uma localidade e do território da sua alçada jurisdicional. Mas não foram só estes tipos de construções, pois houve outras, de natureza civil, como pontes, fontes, habitações, etc. Encontramos, também, símbolos figurativos de carácter mais conotativo, como estrelas, sol, lua, etc., bem como representações de figuras humanas ou partes delas. Por que razão entraram estes elementos na linguagem que é a Heráldica e de que forma terão vindo a tornar-se representativos de património, com o andar do tempo, chegando aos dias de hoje? Como a memória pode abrir caminho à patrimonialidade, estabelecendo a identidade de uma comunidade ou colectividade onde ambas se encontram, pode afirmar-se que tanto a memória como o património se constitutem como documentos. A Heráldica, na sua concepção mais geral, permite a identificação de alguém, no singular ou no colectivo, ao fazer a ponte entre a memória e o património, o que é conseguido pelo forte emprego de simbologia – através das tintas (metais e cores) e das peças e móveis – que se prolonga ao longo do tempo. Assim o demonstram, no âmbito da heráldica autárquica, as armas que resistiram ao tempo inalteráveis, outras que foram aproveitadas e adaptadas, e outras recentemente criadas, mas sem que nenhuma delas perca a sua ancestralidade enquanto identidade memorial e patrimonial. É o que encontramos em muitas das armas autárquicas no Algarve, e, nomeadamente, no que nos interessa, nas armas concelhias de Silves e de Faro, sequência esta que obedece à antiguidade das mesmas cidades enquanto capitais. Há muito pouco tempo, surgiu uma nova forma de pretender representar a territorialidade local – o logotipo. Sem qualquer tipo de regras que o normalizem como ciência, pois está no campo do design de comunicação, ainda assim, nalguns casos, também pode cumprir os mesmos objectivos que a Heráldica, ao permitir a ligação entre memória e património, embora de uma forma menos elaborada e sem idêntica carga simbólica, ficando, assim, a identidade deficitária, pelo que pode dizer-se que esta intenção se torna diluída, para o que não é estranha a sua própria limitação temporal. Finalizamos com várias questões que se tornam o cerne deste estudo: • Pode a identidade patrimonial de uma comunidade perpetuar-se através do símbolo, despida de roupagens ideológica e institucional? • Qual o que tem maior significado: o brasão ou o logotipo? • Será que os elementos empregues são os mais correctos conotativamente ou haverá a necessidade de empregar outros mais objectivos e, assim, mais denotativos, acompanhando uma tendência psico-social de maior racionalidade ou de maior «analfabetismo» quanto ao simbólicoRésumé - Les châteaux ou les constructions congénères, comme les pans de murailles, les forts, etc., ont été des éléments tôt introduits dans la sigillographie et dans la vexillologie et, avec la consolidation d'une héraldique proprement dite de contexte territorial, ils sont devenus un des facteurs d’identification d'une localité et du territoire de sa juridiction. Mais, au-delà de celles-ci, il y a eu d’autres constructions de nature civile, comme les ponts, les fontaines, les habitations, etc. Nous pouvons trouver aussi des symboles figuratifs de caractère plus connotatif, comme les étoiles, le soleil, la lune ou d’autres éléments pareils, ainsi que représentations de figures humaines ou parties d'elles. Pourquoi ces éléments sont entrés dans cette langue particulière qui est l'Héraldique et de quelle forme ils sont devenus représentatifs de patrimoine, avec le passage du temps, jusqu’en arrivant à nos jours? Comme la mémoire peut ouvrir chemin à la patrimonialisation, en établissant l'identité d'une communauté ou d’une collectivité où toutes les deux se rencontrent, peut s'affirmer que la mémoire, autant que le patrimoine, se constituent comme des documents. L'Héraldique, dans sa conception plus générale, permet l'identification de quelqu'un, dans le singulier ou dans le collectif, en établissant le pont entre la mémoire et le patrimoine, ce qui est réussi par le fort emploi de la symbologie - à travers des émaux (métaux et couleurs) et des pièces et des meubles - qui se prolonge au long du temps. Ainsi le démontrent, dans le contexte de l'héraldique autarcique, les armes qui ont résisté inaltérables au passage du temps, bien comme les autres qui ont été profités et adaptées et celles qu’ont été récemment crées, car aucune d’elles n'a perdu son ascendance comme identité mémoriale et patrimoniale. C'est ce que nous trouvons dans plusieurs armes autarciques à l’Algarve et notamment, selon ce qui nous intéresse, dans les armes municipales de Silves et de Faro, séquence qui obéit à l'ancienneté de ces villes autant que capitaux. Ça fait peu de temps, il est apparu une nouvelle forme de prétendre représenter la territorialité locale - le logo. Sans tout le type de règles qui le normalisent comme science, donc il est classé dans le champ du design de communication, il peut aussi, dans quelques cas, accomplir les mêmes objectifs que l'Héraldique, car il permet la liaison entre mémoire et patrimoine, mais d'une forme moins élaborée et sans un chargement symbolique pareil, en restant ainsi l'identité déficitaire. C’est pour ça qu’on peut dire que cette intention se rend diluée à cause de sa propre limitation temporale. Nous finissons avec quelques questions qui deviennent le cerne de cette étude: • L’identité patrimoniale d'une communauté peut se perpétuer à travers le symbole si elle est dépouillée de habillements idéologiques et institutionnelles? • Lequel a la plus grande signification: le blason ou le logo? • Ce sera que les éléments employés au sens connotatif sont les plus corrects ou on aura besoin d'employer autres plus objectifs et ainsi plus dénotatifs, en accompagnant une tendance psychosociale de plus grande rationalité ou de plus grand «analphabétisme» par rapport au symboliqueThe castles or similar constructions, with large stone surfaces, forts, etc… were elements early introduced in the sigillography and vexillology, already with a consolidation of heraldry of a so called territorial nature, these became an identifying factor under there jurisdiction. These were not the only types of construction; there were others, of a civil nature, like bridges, houses, etc. We also find figurative symbols of a more connotative character, like stars, sun, moon, etc… as well as the representation of human figures or part of them. For what reason did these elements enter in the heraldic language and in which way did they become representative of the heritage with the ages? As the memory may open way to heritage establishing the identity of a community or collectivity where both meet, it may be affirmed that both memory and heritage may be established as documentation. Heraldry in a more general conception permits the identification of someone in the singular or in the collective, by establishing the bridge between memory and heritage, which is achieved by the strong use of simbology – through the use of tinctures (metal and color), charges – which extends throughout time. In terms of civic heraldry it is demonstrated that some arms have resisted through time unchanged, others have been adapted, and others recently created, but none of these have lost there ancestry as a memorial and heritage identity. We find this in many of the civic arms in the Algarve, namely, in that which interests us, in the municipal arms of Silves and Faro, a sequence that obeys to the antiquity of the same cities as capitals. A short time ago there appeared a new form of representing local territoriality – the logotype. Without any type of rules that define it as a science, it is in a field of design and communication, although, in some cases it may fulfill the same objectives as heraldry, by permitting a link between memory and heritage, but of a much less elaborated form and without identical symbolic load, being thus deficit. It can be said that this intention becomes diluted, thus one must not strange it is timeless limitation. We end with some questions that became the essence of this case study: • Can the patrimonial identity of a community be perpetuated through symbols, stripped of ideological and institutional clothing? • Which has the greater significance: the blazon or the logotype? • Are the elements that have been used the most connotatively correct or is there objectively the necessity to use others, accompanied by a psycho-social tendency of a more rational manner or greater in "illiteracy" with respect to simbologyRamos, Paulo OliveiraRepositório AbertoCampos, Nuno C. 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