Avaliação da relação risco-benefício da terapêutica com estatinas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meireles, Carla Filipa de Sá
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5823
Resumo: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos países desenvolvidos, continuando a ser um desafio para os sistemas de saúde, devido à sua prevalência e também aos recursos envolvidos. A origem das doenças cardiovasculares é, na maioria dos casos, aterosclerótica, sendo a dislipidemia um fator de risco importante, que contribui para o início, evolução, complicações e prognóstico destas doenças. Os fármacos do grupo das estatinas, também designados por inibidores da HMG-CoA redutase, são potentes inibidores da síntese de colesterol e são amplamente usados para tratar pacientes com hipercolesterolemia, sendo considerados antidislipidémicos de primeira linha, recomendados na prevenção primária e secundária de eventos vasculares em pacientes de risco. A sua eficácia nestas situações encontra-se estabelecida e documentada em estudos clínicos, sendo que possuem também diferentes efeitos pleiotrópicos, como os efeitos moduladores na função endotelial, no stress oxidativo, coagulação, estabilização das placas ateroscleróticas e na inflamação. Contudo, apesar dos estudos comprovativos da eficácia existente, a Agência Europeia dos Medicamentos e a Administração Federal de Alimentos e Medicamentos realçaram a existência de riscos associados às estatinas, tendo vindo a emitir alertas de segurança. Estas entidades apontam o efeito diabetogénico, as alterações cognitivas em alguns doentes e, principalmente, o aumento do risco de lesões musculares associadas à dose e às interações de alguns medicamentos com as estatinas. Com vista a aferir o atual estado da arte acerca deste tema, foi feita uma revisão da literatura que considera os principais estudos científicos envolvendo estes fármacos e, como resultados principais, pode-se destacar que os benefícios das estatinas se sobrepõem claramente aos riscos apontados, sendo que se mostra indiscutível a redução de eventos coronários como resultado da atuação das estatinas.
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