O Vitral e as suas tintas: Grisalha e Amarelo de Prata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Louro, Sara Filipa Moisés Diogo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/33876
Resumo: De forma a possibilitar a criação e sistematização de um mapa espaço-temporal da produção de tintas históricas aplicadas em vitral, em particular, grisalhas e amarelos de prata, estudaram-se diversos conjuntos de amostras destas tintas com proveniências e períodos de produção diferentes. Foram analisadas amostras dos Países Baixos, Alemanha, França, Bélgica, Inglaterra, Suíça, Áustria, Espanha e Portugal, datadas entre os séculos XIII e XX. Estas provêm da coleção privada de Joost Caen, do Mosteiro da Batalha, do Convento de Cristo, do atelier de restauro da Faculdade de Erfurt, do atelier Glasmalerei Otto Peters e do atelier de Canterbury. Tendo em vista a caracterização química e morfológica de grisalhas históricas, as amostras foram examinadas de forma a possibilitar a análise da estrutura das camadas e a obtenção de informação composicional. Este estudo possibilitou perceber que as grisalhas apresentam camadas bastante heterogéneas, com granularidade elevada, bem como diferenças na espessura. Foi também comprovado que o agente colorante de eleição é o ferro, verificando-se que apenas países a Este da Europa (Suíça, Alemanha e Áustria) apresentam maiores quantidades de cobre. Verificou-se ainda que a proporção de fundente e pigmento mais frequentemente encontrada é de 1:1. Por existirem ainda muitas lacunas no conhecimento sobre os processos de produção do amarelo de prata, o estudo desta tinta centrou-se na análise de receitas presentes em tratados históricos, tendo-se selecionado e produzido 10 receitas históricas datadas dos séculos XIV-XIX, testando a exequibilidade e analisando os resultados finais. Desta forma, pretendeu-se compreender se os amarelos de prata obtidos através destas receitas se assemelham a amarelos de prata históricos, relativamente à cor, composição e morfologia. Assim foi possível concluir que as amostras que apresentam resultados mais favoráveis são as que utilizam um sal de prata (sulfureto de prata), pois demonstram percentagens de prata mais elevadas, resultando numa cor e intensidade mais acentuadas.
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