Estudo de Produção de Grisalhas Históricas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Carla Fabiana Vaz
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/20335
Resumo: Este trabalho foca-se no estudo preliminar de tratados e receitas que registam a produção de pintura a grisalha, com o objetivo de investigar e compreender a sua evolução histórica. A investigação inclui uma análise geral dos tratados históricos que descrevem a produção deste tipo de pintura, sua interpretação e identificação das matérias-primas e por último uma tentativa da reprodução de receitas selecionadas. A grisalha é um tipo de pintura sobre o vidro, usada essencialmente para a realização de contornos e sombras, a qual normalmente apresenta tonalidades escuras, entre o preto e o castanho, e é constituída por uma mistura de um vidro moído de alto teor de chumbo, que funciona como fundente, com óxidos metálicos, como o óxido de ferro e o óxido de cobre, responsáveis pela coloração. Foi um dos tipos de pintura sobre o vidro mais usada ao longo dos anos, sendo de grande importância no estudo e conservação desta forma de expressão artística, que é o vitral. Foram selecionadas nove receitas para produção pertencentes a cinco tratados diferentes, datados entre o século X e o século XIX; tratado de Eraclius (século X), tratado de Theophilus (século XII), Antonio de Pisa (séculos XIV-XV), Pierre Le Vieil (século XVII) e tratado de Georges Bontemps (século XIX). Esta escolha permitiu uma análise mais representativa da evolução desta produção ao longo do tempo. Os produtos finais foram caracterizados por microscopia ótica, por emissão de raios X induzida por bombardeamento iónico e por difração de raios X. Estas tintas foram comparadas com grisalhas comerciais da marca Debitus, uma das mais comuns marcas usadas em conservação de vitral, nos estúdios Europeus. Como principais conclusões percebeu-se com a análise dos tratados que a produção de grisalhas não se alterou significativamente ao longo do tempo, existindo no entanto algumas trocas de matérias-primas, como por exemplo a substituição dos metais queimados usados como colorantes pelo uso de ocres e terras como a hematite e a terra d’umbra. Concluiu-se ainda que se verifica uma evolução da morfologia das grisalhas no sentido de uma maior homogeneidade.
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