Análise fonológica da linguagem escrita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/13606 |
Resumo: | O principal objetivo do presente trabalho consistiu na análise e caraterização das competências fonológicas orais e escritas de crianças com desenvolvimento fonológico típico e de crianças com historial de perturbação fonológica (PF). Neste sentido, procedeu-se à construção e validação de um instrumento de avaliação adequado aos objetivos do estudo (Protocolo de Avaliação Fonológica da Linguagem Escrita – PAFLE) o qual foi posteriormente aplicado aos dois grupos de crianças. O grupo que participou no estudo piloto era composto por 50 crianças, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos de idade e a frequentar o 2º, 3º ou 4º ano de escolaridade. O grupo de estudo era formado por 6 crianças, também elas de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos de idade e a frequentar o 2º, 3º ou 4º ano de escolaridade, mas com historial de perturbação fonológica em idade pré-escolar. A validação de conteúdo do PAFLE foi realizada por um painel de peritos. Com base nos resultados de uma análise pelo método de Bland-Altman, verificou-se uma boa concordância entre os avaliadores, pois todas as cotações ficaram situadas dentro dos limites esperados de concordância. Os resultados obtidos no estudo piloto permitiram constatar que na Parte I – Consciência Fonológica ocorre um aumento progressivo dos valores das médias e uma diminuição dos desvios-padrão, com o aumento do ano de escolaridade. Na Parte II – Provas de Escrita, verificou-se uma diminuição tendencial das médias das cotações. Desta análise conclui-se ainda que existem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos do 2º e 4º ano, e entre os grupos do 3º e 4º ano. Relativamente aos dados recolhidos com as crianças do grupo de estudo, foram observados resultados pouco homogéneos. Metade dessas crianças teve um bom desempenho em ambas as partes do PAFLE, enquanto as restantes obtiveram piores resultados comparativamente às cotações obtidas no estudo piloto, para os respetivos anos de escolaridade. Neste estudo, apenas as crianças que ainda apresentavam uma Perturbação dos Sons da Fala mostraram um pior desempenho nas provas de consciência fonológica ou nas provas de escrita. Estes resultados suportam a ideia de que as crianças com histórico de perturbações fonológicas em idade pré-escolar revelam performances diferentes, o que as torna um grupo heterogéneo. |
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O grupo de estudo era formado por 6 crianças, também elas de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos de idade e a frequentar o 2º, 3º ou 4º ano de escolaridade, mas com historial de perturbação fonológica em idade pré-escolar. A validação de conteúdo do PAFLE foi realizada por um painel de peritos. Com base nos resultados de uma análise pelo método de Bland-Altman, verificou-se uma boa concordância entre os avaliadores, pois todas as cotações ficaram situadas dentro dos limites esperados de concordância. Os resultados obtidos no estudo piloto permitiram constatar que na Parte I – Consciência Fonológica ocorre um aumento progressivo dos valores das médias e uma diminuição dos desvios-padrão, com o aumento do ano de escolaridade. Na Parte II – Provas de Escrita, verificou-se uma diminuição tendencial das médias das cotações. Desta análise conclui-se ainda que existem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos do 2º e 4º ano, e entre os grupos do 3º e 4º ano. Relativamente aos dados recolhidos com as crianças do grupo de estudo, foram observados resultados pouco homogéneos. Metade dessas crianças teve um bom desempenho em ambas as partes do PAFLE, enquanto as restantes obtiveram piores resultados comparativamente às cotações obtidas no estudo piloto, para os respetivos anos de escolaridade. Neste estudo, apenas as crianças que ainda apresentavam uma Perturbação dos Sons da Fala mostraram um pior desempenho nas provas de consciência fonológica ou nas provas de escrita. Estes resultados suportam a ideia de que as crianças com histórico de perturbações fonológicas em idade pré-escolar revelam performances diferentes, o que as torna um grupo heterogéneo.The main objective of this study was the analysis and characterisation of oral and written phonological skills of children with typical phonological development and children with history of phonological disorder. It was constructed and validated an assessment tool that was suitable to the objectives of the study (Phonological Assessment of Written Language Protocol – PAWL) which was subsequently applied to two groups of children. The group that participated in the pilot study consisted of 50 children of both genders, aged between 7 and 9 years and attending the 2nd, 3rd or 4th grade. The study group consisted of 6 children, also from both genders, aged between 7 and 9 years and attending the 2nd, 3rd or 4th grade, but who had a history of phonological disorder in preschool age. The content of the PAWL was validated by a panel of experts. Results from a Bland-Altman analysis revealed good agreement between evaluators, because all scores were within the expected limits of agreement. Results of the pilot study showed that in Part I – Phonological Awareness there was a progressive increase in the mean values and standard deviations decrease with increasing grade. In Part II – Writing Tests, there was a decrease of average scores. Analysis of these results revealed that there are significant differences between the 2nd and 4th year groups, as well as between the 3rd and 4th year groups. For the data collected with the children in the study group, it were not observed homogeneous results. Half of these children had a good performance in both parts of PAFLE, while the rest had worse results compared to the averages obtained in the pilot study, for the respective years of schooling. In this study, only children who still had a Speech Sound Disorder showed poorer performance on tests of phonological awareness or writing. These results support the idea that children with a history of phonological disorders in preschool age show different performances, which makes them a heterogeneous group.Universidade de Aveiro2015-03-09T16:26:57Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/13606TID:201569450porParente, Catarina Isabel Pinhal Barrosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T03:53:02Zoai:ria.ua.pt:10773/13606Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T03:53:02Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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