Diferenças de sexo no uso retrospetivo de preservativo: O papel das preocupações com ISTs e gravidez e do foco regulatório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/21177 |
Resumo: | O uso inconsistente de preservativos continua a ser um problema de saúde pública. Porém, homens e mulheres poderão diferir nas suas razões para (não) usar preservativo de forma consistente. Nomeadamente, homens e mulheres poderão diferir nas suas preocupações com as infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) e com a gravidez indesejável como resultado do sexo sem preservativo. Para além disso, e segundo a Teoria do Foco Regulatório, diferentes motivações individuais de segurança (foco em prevenção) ou prazer (foco em promoção) tendem a originar diferentes comportamentos sexuais, incluindo o uso de preservativo. Este estudo teve por objetivo analisar razões e motivações no comportamento sexual que contribuíram para um uso mais (ou menos) consistente de preservativo. De um modo geral, esperávamos que pessoas mais preocupadas com ISTs e com a gravidez, bem como pessoas com um foco em promoção, indicassem ter usado preservativos menos frequentemente nos últimos seis meses com parceiros casuais. Nestas análises explorámos diferenças entre homens e mulheres. Mais, nestas análises controlámos a idade e a escolaridade, uma vez que são fatores associados ao sexo sem preservativo. Foi conduzido um estudo correlacional com 179 participantes heterossexuais e sem uma relação amorosa (68,2% do sexo feminino; Midade = 23,61, DP = 3,49). Dois modelos de regressão linear hierárquicos revelaram que homens mais velhos, menos preocupados com gravidez e mais focados na promoção (vs. prevenção) indicaram ter usado preservativos menos frequentemente. Por sua vez, mulheres mais preocupadas com gravidez e mais focadas na promoção (vs. prevenção) indicaram ter usado preservativos menos frequentemente. Análises ad hoc relevaram ainda que a associação entre preocupação com gravidez e frequência de sexo sem preservativo ocorreu sobretudo entre as mulheres que não utilizaram outro método contracetivo para além do preservativo. |
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Diferenças de sexo no uso retrospetivo de preservativo: O papel das preocupações com ISTs e gravidez e do foco regulatórioDoenças sexualmente transmissíveisGravidezFoco regulatórioPreservativoSexually transmitted infectionsPregnancyRegulatory focusCondomO uso inconsistente de preservativos continua a ser um problema de saúde pública. Porém, homens e mulheres poderão diferir nas suas razões para (não) usar preservativo de forma consistente. Nomeadamente, homens e mulheres poderão diferir nas suas preocupações com as infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) e com a gravidez indesejável como resultado do sexo sem preservativo. Para além disso, e segundo a Teoria do Foco Regulatório, diferentes motivações individuais de segurança (foco em prevenção) ou prazer (foco em promoção) tendem a originar diferentes comportamentos sexuais, incluindo o uso de preservativo. Este estudo teve por objetivo analisar razões e motivações no comportamento sexual que contribuíram para um uso mais (ou menos) consistente de preservativo. De um modo geral, esperávamos que pessoas mais preocupadas com ISTs e com a gravidez, bem como pessoas com um foco em promoção, indicassem ter usado preservativos menos frequentemente nos últimos seis meses com parceiros casuais. Nestas análises explorámos diferenças entre homens e mulheres. Mais, nestas análises controlámos a idade e a escolaridade, uma vez que são fatores associados ao sexo sem preservativo. Foi conduzido um estudo correlacional com 179 participantes heterossexuais e sem uma relação amorosa (68,2% do sexo feminino; Midade = 23,61, DP = 3,49). Dois modelos de regressão linear hierárquicos revelaram que homens mais velhos, menos preocupados com gravidez e mais focados na promoção (vs. prevenção) indicaram ter usado preservativos menos frequentemente. Por sua vez, mulheres mais preocupadas com gravidez e mais focadas na promoção (vs. prevenção) indicaram ter usado preservativos menos frequentemente. Análises ad hoc relevaram ainda que a associação entre preocupação com gravidez e frequência de sexo sem preservativo ocorreu sobretudo entre as mulheres que não utilizaram outro método contracetivo para além do preservativo.Inconsistent condom use remains a public health problem. However, men and women may differ in their reasons for (not) using condoms consistently. In particular, men and women may differ in their concerns about sexually transmitted infections (STIs) and unwanted pregnancies as a result of sex without a condom. In addition, and according to the Regulatory Focus Theory, different individual motivations for safety (focus on prevention) or pleasure (focus on promotion) tend to lead to different sexual behaviors, including condom use. This study aimed to analyze reasons and motivations in sexual behavior that contributed to a more (or less) consistent condom use. Overall, we expected people most concerned about STIs and pregnancy, as well as people with a focus on promotion, to indicate that they used condoms less frequently in the past six months with casual partners. In these analyzes we explored differences between men and women. Furthermore, in these analyzes we controlled age and education, since they are factors associated with sex without a condom. A correlational study was conducted with 179 heterosexual participants and without a romantic relationship (68,2% female; Mage = 23,61, SD = 3,49). Two hierarchical linear regression models revealed that older men, less concerned with pregnancy and more focused on promotion (vs. prevention) indicated that they used condoms less frequently. In turn, women more concerned with pregnancy and more focused on promotion (vs. prevention) reported having used condoms less frequently. Ad hoc analyzes also revealed that the association between concern about pregnancy and frequency of sex without a condom occurred mainly among women who did not use a contraceptive method other than condoms.2021-01-08T15:11:29Z2020-12-18T00:00:00Z2020-12-182020-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/21177TID:202567931porRente, Maria Gonçalvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:39:58Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/21177Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:18:27.720543Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O uso inconsistente de preservativos continua a ser um problema de saúde pública. Porém, homens e mulheres poderão diferir nas suas razões para (não) usar preservativo de forma consistente. Nomeadamente, homens e mulheres poderão diferir nas suas preocupações com as infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) e com a gravidez indesejável como resultado do sexo sem preservativo. Para além disso, e segundo a Teoria do Foco Regulatório, diferentes motivações individuais de segurança (foco em prevenção) ou prazer (foco em promoção) tendem a originar diferentes comportamentos sexuais, incluindo o uso de preservativo. Este estudo teve por objetivo analisar razões e motivações no comportamento sexual que contribuíram para um uso mais (ou menos) consistente de preservativo. De um modo geral, esperávamos que pessoas mais preocupadas com ISTs e com a gravidez, bem como pessoas com um foco em promoção, indicassem ter usado preservativos menos frequentemente nos últimos seis meses com parceiros casuais. Nestas análises explorámos diferenças entre homens e mulheres. Mais, nestas análises controlámos a idade e a escolaridade, uma vez que são fatores associados ao sexo sem preservativo. Foi conduzido um estudo correlacional com 179 participantes heterossexuais e sem uma relação amorosa (68,2% do sexo feminino; Midade = 23,61, DP = 3,49). Dois modelos de regressão linear hierárquicos revelaram que homens mais velhos, menos preocupados com gravidez e mais focados na promoção (vs. prevenção) indicaram ter usado preservativos menos frequentemente. Por sua vez, mulheres mais preocupadas com gravidez e mais focadas na promoção (vs. prevenção) indicaram ter usado preservativos menos frequentemente. Análises ad hoc relevaram ainda que a associação entre preocupação com gravidez e frequência de sexo sem preservativo ocorreu sobretudo entre as mulheres que não utilizaram outro método contracetivo para além do preservativo. |
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