Efeito da ordem de combinação do treino de força com o treino aeróbio na resposta hormonal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Bruno Cézar Rodrigues
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6271
Resumo: O treino concorrente (TC), que combina na mesma sessão, exercícios predominantemente aeróbios (EPA) com exercícios de treino de força (ETF) é muito popular em academias, ginásios e Health-Clubs, quando o objetivo é o emagrecimento. Neste tipo de programa de exercícios a obtenção de um dispêndio energético superior é importante. Contudo, a manutenção de um ambiente anabólico favorável, voltado para a manutenção da massa muscular é igualmente importante. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi analisar como a ordem de execução do EPA em relação aos ETF no TC influencia os níveis de testosterona (total - TT e livre - TL), cortisol (C), hormona de crescimento (HC) e IGFBP-3 em homens treinados no TC. Oito voluntários do sexo masculino, com idades entre 20 e 31 anos, foram sujeitos a três sessões de estudo, com ordem de realização randomizada, diferindo entre si somente na ordem de execução do EPA em relação aos ETF, nomeadamente: i) EPA antes do ETF (AF); ii) EPA entre dois blocos de ETF (AFAFA); e iii) o EPA após os ETF (FA). A estruturação das sessões quando aos EPA e ETF foi efetuada tendo em conta a promoção de dispêndio energético superior durante e após sessão de treino. Foram medidas as respostas agudas hormonais nos momentos antes (T0), imediatamente após (T1) e 15 minutos após (T2) a realização das sessões exercícios. Foi observado um efeito momento, significativo, em todas as variáveis hormonais estudadas (F(2,42) = 5.864, p = 0.006 e ηp 2 = 0.218; F(2,42) = 4.794, p = 0.013 e ηp 2 = 0.186; F(2,42) = 21.696, p < 0.0001 e ηp 2 = 0.508; F(2,42) = 19.293, p < 0.0001 e ηp 2 = 0.479; F(2,42) = 24.801, p < 0.0001 e ηp 2 = 0.541, TT, TL, C, HC e IGFBP-3, respetivamente). Não foram observadas interações significativas, momento x sessões de exercício e nem efeito de sessão. Quando analisada cada sessão individualmente, observou-se: um aumento na HC de T0 para T1 (p = 0.029, p = 0.047 e p = 0.049, em AF, AFAFA e FA, respectivamente) e uma diminuição de T1 para T2 em AFAFA (p = 0.029); uma diminuição da TT de T0 para T2 na FA (p = 0.012); um aumento da IGFBP-3 de T0 para T1 em AF e em AFAFA (p = 0.010 e p = 0.008, respectivamente) e uma diminuição de T1 para T2 em AFAFA (p = 0.049); e um aumento do C de T0 para T1 em AFAFA (p = 0.048) e de T0 para T2 em AF (p = 0.011). Com base nos resultados, parece não existir diferenças significativas nas respostas hormonais agudas entre ordens de execução.
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Oito voluntários do sexo masculino, com idades entre 20 e 31 anos, foram sujeitos a três sessões de estudo, com ordem de realização randomizada, diferindo entre si somente na ordem de execução do EPA em relação aos ETF, nomeadamente: i) EPA antes do ETF (AF); ii) EPA entre dois blocos de ETF (AFAFA); e iii) o EPA após os ETF (FA). A estruturação das sessões quando aos EPA e ETF foi efetuada tendo em conta a promoção de dispêndio energético superior durante e após sessão de treino. Foram medidas as respostas agudas hormonais nos momentos antes (T0), imediatamente após (T1) e 15 minutos após (T2) a realização das sessões exercícios. Foi observado um efeito momento, significativo, em todas as variáveis hormonais estudadas (F(2,42) = 5.864, p = 0.006 e ηp 2 = 0.218; F(2,42) = 4.794, p = 0.013 e ηp 2 = 0.186; F(2,42) = 21.696, p < 0.0001 e ηp 2 = 0.508; F(2,42) = 19.293, p < 0.0001 e ηp 2 = 0.479; F(2,42) = 24.801, p < 0.0001 e ηp 2 = 0.541, TT, TL, C, HC e IGFBP-3, respetivamente). Não foram observadas interações significativas, momento x sessões de exercício e nem efeito de sessão. Quando analisada cada sessão individualmente, observou-se: um aumento na HC de T0 para T1 (p = 0.029, p = 0.047 e p = 0.049, em AF, AFAFA e FA, respectivamente) e uma diminuição de T1 para T2 em AFAFA (p = 0.029); uma diminuição da TT de T0 para T2 na FA (p = 0.012); um aumento da IGFBP-3 de T0 para T1 em AF e em AFAFA (p = 0.010 e p = 0.008, respectivamente) e uma diminuição de T1 para T2 em AFAFA (p = 0.049); e um aumento do C de T0 para T1 em AFAFA (p = 0.048) e de T0 para T2 em AF (p = 0.011). Com base nos resultados, parece não existir diferenças significativas nas respostas hormonais agudas entre ordens de execução.The concurrent training (TC) combines in the same session predominantly aerobic exercises (EPA) with strength training exercises (ETF). It is very popular in gyms and Health-Clubs when the main goal is the weight loss. In this type of exercise program, higher energy expenditures are important; however, maintaining a favorable anabolic environment, with a goal of maintaining muscle mass is also crucial. Thus, the aim of this study was to analyze how the exercise order (EPA in relation to ETF) in the TC influences the hormonal responses of total and free testosterone (TT and TL, respectively), cortisol (C), growth hormone (HC) and IGFBP- 3 in TC trained men. Eight male volunteers, aged between 20 and 31 years, were subject to three study sessions in randomized order, differing each other only in EPA enforcement in relation to ETF, namely: i) EPA before ETF (AF); ii) EPA between two ETF blocks (AFAFA); and iii) EPA after ETF (FA). The session’s organization in relation to both EPA and ETF was made considering the promotion of higher energy expenditures during and after the training session. The hormonal acute responses were measured three times: before (T0), immediately after (T1) and 15 minutes after (T2) the exercise sessions. A significant moment effect was observed in all hormonal variables (F(2,42) = 5.864, p = 0.006 and ηp 2 = 0.218; F(2,42) = 4.794, p = 0.013 and ηp 2 = 0.186, F(2,42) = 21,696, p < 0.0001 and ηp 2 = 0.508; F(2,42) = 19,293, p < 0.0001 and ηp 2 = 0.479; F(2,42) = 24.801, p < 0.0001 and ηp 2 = 0.541, TT, TL, C, HC and IGFBP-3, respectively). No significant interactions were observed neither moment x exercise session, nor session effect. When each individual session was individually examined, it was observed: an increase in HC, from T0 to T1 (p = 0.029, p = 0.047 and p = 0.049, in AF, AFAFA and FA, respectively) and a decrease from T1 to T2 in AFAFA (p = 0.029); a TT decrease from T0 to T2 in FA (p = 0.012); an increase of IGFBP-3 from T0 to T1 in both FA and AFAFA (p = 0.010 and p = 0.008, respectively) and a decrease from T1 to T2 only in AFAFA (p = 0.049); and an increase in C, from T0 to T1 in AFAFA (p = 0.048) and from T0 to T2 in AF (p = 0.011). Based on the results, it seems to be no significant differences in acute hormonal responses among exercise orders.2016-07-25T14:23:43Z2016-07-25T00:00:00Z2016-07-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/6271porBatista, Bruno Cézar Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:45:53Zoai:repositorio.utad.pt:10348/6271Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:04.394046Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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