Análise do acesso a cuidados de saúde em Portugal através das necessidades de saúde não-satisfeitas de 2014 e 2019: melhorou durante a recuperação económica?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/154220 |
Resumo: | RESUMO - Introdução: As necessidades de saúde não-satisfeitas (NSNS) são um importante indicador do estado do acesso a cuidados de saúde. Este estudo analisa a prevalência de NSNS em Portugal e a sua evolução entre 2014 e 2019. Metodologia: Foram analisados os dados dos Inquéritos Nacionais de Saúde de 2014 e 2019. As NSNS foram avaliadas por 6 questões relativas ao tipo de necessidade e o motivo. Foi realizada uma análise descritiva e uma análise de associação multivariada através de regressão linear binária logística, entre cada variável que expressa NSNS e variáveis sociodemográficas na qualidade de preditores. Resultados: A prevalência de NSNS em Portugal é maior para os cuidados de saúde oral (35,9%), cuidados de saúde mental (31,0%) e cuidados médicos devido ao tempo de espera (28,0%). Entre 2014 e 2019 ocorreu agravamento do risco de NSNS de cuidados médicos por motivos de tempo de espera ou por motivo de transporte/distância e uma diminuição do risco de NSNS de compra de medicamentos prescritos e cuidados de saúde oral. Os principais grupos vulneráveis identificados foram as mulheres, indivíduos entre os 35 e os 64 anos, desempregados, indivíduos com menores rendimentos e os indivíduos não beneficiários de seguro privado ou subsistema de saúde. Verificou-se uma grande disparidade entre regiões nacionais, com melhores resultados na região Norte. Discussão: Persistem as prevalências elevadas de NSNS em Portugal, principalmente motivadas por dificuldades financeiras, apesar da existência de um Serviço Nacional de Saúde universal, abrangente e quase gratuito. |
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Análise do acesso a cuidados de saúde em Portugal através das necessidades de saúde não-satisfeitas de 2014 e 2019: melhorou durante a recuperação económica?Acesso aos serviços de saúdeDisparidades nos cuidados de saúdePolítica de saúdePortugalHealth services accessibilityHealthcare disparitiesHealth policyDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisRESUMO - Introdução: As necessidades de saúde não-satisfeitas (NSNS) são um importante indicador do estado do acesso a cuidados de saúde. Este estudo analisa a prevalência de NSNS em Portugal e a sua evolução entre 2014 e 2019. Metodologia: Foram analisados os dados dos Inquéritos Nacionais de Saúde de 2014 e 2019. As NSNS foram avaliadas por 6 questões relativas ao tipo de necessidade e o motivo. Foi realizada uma análise descritiva e uma análise de associação multivariada através de regressão linear binária logística, entre cada variável que expressa NSNS e variáveis sociodemográficas na qualidade de preditores. Resultados: A prevalência de NSNS em Portugal é maior para os cuidados de saúde oral (35,9%), cuidados de saúde mental (31,0%) e cuidados médicos devido ao tempo de espera (28,0%). Entre 2014 e 2019 ocorreu agravamento do risco de NSNS de cuidados médicos por motivos de tempo de espera ou por motivo de transporte/distância e uma diminuição do risco de NSNS de compra de medicamentos prescritos e cuidados de saúde oral. Os principais grupos vulneráveis identificados foram as mulheres, indivíduos entre os 35 e os 64 anos, desempregados, indivíduos com menores rendimentos e os indivíduos não beneficiários de seguro privado ou subsistema de saúde. Verificou-se uma grande disparidade entre regiões nacionais, com melhores resultados na região Norte. Discussão: Persistem as prevalências elevadas de NSNS em Portugal, principalmente motivadas por dificuldades financeiras, apesar da existência de um Serviço Nacional de Saúde universal, abrangente e quase gratuito.ABSTRACT - Background: Unmet health needs (UHN) are an important indicator of access to healthcare. This study analyses the prevalence of UHN in Portugal and its evolution between 2014 and 2019. Methods: Data from the 2014 and 2019 National Health Surveys were analysed. The UHN were evaluated by 6 questions regarding the type and motive of unmet need. A descriptive analysis and a multivariate association analysis were performed using linear binary logistic regression, between each UHN variable and sociodemographic variables as predictors. Results: The prevalence of UHN in Portugal is higher for oral health care (35.9%), mental health care (31.0%) and medical care due to waiting time (28.0%). From 2014 to 2019 there was an increase in the risk of UHN for medical care due to waiting time or transport/distance and a decrease in the risk of UHN for buying prescribed drugs and oral healthcare. The main vulnerable groups identified were women, individuals between the ages of 35 and 64, the unemployed, individuals with lower incomes and individuals not benefiting from private health insurance or health subsystem. There was a great disparity between country regions, with better results in the North region of Portugal. Discussion: High prevalence of UHN in Portugal persists, mainly motivated by financial difficulties, despite the existence of a universal, comprehensive, and nearly free National Health Service.Perelman, JulianRUNRocha, Frederico Duarte Silva Gonçalves20222024-04-11T00:00:00Z2022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/154220TID:203282329porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:36:41Zoai:run.unl.pt:10362/154220Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:55:32.593351Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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