Crise da modernidade e ascensão do movimento neopentecostal

• Autor(a) principal: Rocha, Roberto Barroso
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Duque, Eduardo Jorge
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/32308
• topic: Protestantismo; Neopentecostalismo; Pós-modernidade; Cultura capitalista; Consumo; Protestantsm; New pentecostalism; Postmodernity; Capitalist culture; Consumption

Na sociedade globalizada, a cultura capitalista prepondera, exercendo influências, também, no fenômeno religioso. No Brasil, um de seus reflexos é o crescimento pentecostal, que entra em sua terceira fase a partir dos anos 1970. Assim, este artigo analisa a expansão do neopentecostalismo e suas imbricações com as crises da narrativa moderna e do protestantismo histórico. A análise se dá em perspectiva interdisciplinar, abarcando autores da Sociologia (Bauman, 2008; Fukuyama, 1992; Ianni, 1993), Teologia (Libanio, 1999; Nilbuhr, 1992) e Ciências da Religião (Bingemer, 2000; Bittencourt, 2003; Cunha, 2007). Conclui-se destacando como o neopentecostalismo encontra nos valores pós-modernos, sustentados na visão liberal, intenso valor ao mercado e ao consumo, terra fértil à sua semeadura e fortalecimento, forjando uma comunidade de fiéis que, diferentemente dos pentecostais que lhes antecederam, regozijam-se com as riquezas materiais, e não apenas com as bênçãos de uma futura vida eterna.