Desenvolvimento de competências relacionais e desempenho académico.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.esenfc.pt/?url=NJROuDnL |
Resumo: | Uma das muitas preocupações que marca a atualidade do ensino em enfermagem prende-se, entre outros aspetos, com um ensino que promova o desenvolvimento dos estudantes, não só em áreas específicas do saber mas, igualmente, ao nível do desenvolvimento pessoal e interpessoal enquanto elementos fundamentais na formação dos enfermeiros, capazes de desempenharem funções de forma adequada em contextos de grande imprevisibilidade. O reconhecimento da importância de um relacionamento interpessoal adequado leva a uma ação intencional das instituições de ensino no âmbito do desenvolvimento de competências relacionais, tendo o professor um papel importante enquanto agente, competindo-lhe assumir a responsabilidade de contribuir para que o estudante atinja o seu pleno desenvolvimento. Apesar de, no ensino superior de enfermagem, a filosofia ser humanista, constatase, com algum desencanto, que alguns enfermeiros, nomeadamente os recémformados, no desempenho das suas funções, apresentam défice de competências, especialmente nas de caráter relacional, levando a queixas de desumanização dos cuidados de enfermagem. As queixas dos doentes, normalmente, centram-se nos seguintes aspetos: pouca atenção que lhes é concedida, falta de sensibilidade perante o seu sofrimento físico e psicológico e a ausência muito frequente de disponibilidade real para serem ouvidos (Phaneuf, 2005). Assim, questionamo-nos porque é que esta situação de desumanização dos cuidados de enfermagem ainda continua a verificar-se, apesar de, nas escolas de enfermagem, o termo, Relação de Ajuda constituir uma palavra-chave na formação da enfermagem. Haverá alguma lacuna no processo formativo? Será que o desenvolvimento das competências pessoais e sociais tem influência na qualidade do cuidar em enfermagem? Podemos tentar encontrar várias respostas, mas responder de forma consistente a estas questões implica questionar todo o processo formativo e de desenvolvimento de competências pessoais. Ao longo deste capítulo iremos refletir sobre a essência dos cuidados de enfermagem e as evidências que emergem da práxis, interligando com o desenvolvimento de competências pessoais e sociais e o desenvolvimento das competências em enfermagem. Analisaremos também o contributo do modelo reflexivo no ensino de enfermagem e a sua implicação no sucesso académico e profissional. |
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