Para além da representação - nos limites do visível
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/224 |
Resumo: | O nosso conhecimento do mundo decide-se nas representações que dele extraímos - que dele ab-straímos. Os modos do conhecer fundam-se no modo como sintetizamos representações que põem o mundo em estado de representação, convertendo-o diante de nós numa abstracção arrancada à opacidade do aparecer e ao solo da terra (um ab-solus). Sabemos também que as nossas relações com o mundo não se reduzem à representação e que uma boa parte (talvez a mais decisiva) parece escapar à representação, num difícil entrelaçamento entre as mediações da representação e a imediatez da vida (sem que saibamos por vezes qual é que determina ou qual é que precede a outra). Desde a modernidade que as representações do mundo foram legitimadas como uma passagem à objectividade passível de ser calculada e certificada racionalmente, relegando a dimensão estética da representação para um âmbito especulativo que é desconsiderado face ao impulso absolutista das mediações da representação técnico-científica do mundo. Ao mesmo tempo que o controlo da representação se foi tornando progressivamente mais calculado, em simultâneo e um pouco por todo o lado (face à globalização dos sistemas ocidentais de representação) surgiram novos dispositivos de representação do mundo que fazem proliferar uma circulação interminável de imagens a ponto de Heidegger ter afirmado num texto célebre que doravante viveríamos no "tempo das imagens de mundo" (que denunciaria a realização da "metafísica da vontade do sujeito") (...) |
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Para além da representação - nos limites do visívelRepresentaçãoO nosso conhecimento do mundo decide-se nas representações que dele extraímos - que dele ab-straímos. Os modos do conhecer fundam-se no modo como sintetizamos representações que põem o mundo em estado de representação, convertendo-o diante de nós numa abstracção arrancada à opacidade do aparecer e ao solo da terra (um ab-solus). Sabemos também que as nossas relações com o mundo não se reduzem à representação e que uma boa parte (talvez a mais decisiva) parece escapar à representação, num difícil entrelaçamento entre as mediações da representação e a imediatez da vida (sem que saibamos por vezes qual é que determina ou qual é que precede a outra). Desde a modernidade que as representações do mundo foram legitimadas como uma passagem à objectividade passível de ser calculada e certificada racionalmente, relegando a dimensão estética da representação para um âmbito especulativo que é desconsiderado face ao impulso absolutista das mediações da representação técnico-científica do mundo. Ao mesmo tempo que o controlo da representação se foi tornando progressivamente mais calculado, em simultâneo e um pouco por todo o lado (face à globalização dos sistemas ocidentais de representação) surgiram novos dispositivos de representação do mundo que fazem proliferar uma circulação interminável de imagens a ponto de Heidegger ter afirmado num texto célebre que doravante viveríamos no "tempo das imagens de mundo" (que denunciaria a realização da "metafísica da vontade do sujeito") (...)ESAD.CRGonçalves, Maria MadalenaIC-OnlineSilva, Rodrigo2010-06-29T09:24:19Z20062006-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/224porSILVA, Rodrigo - Para além da representação - nos limites do visível. Cadernos PAR. N.º 01 (2006), p. 48-53.1647-2063info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:40:49Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/224Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:45:18.189729Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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