Arthur Danto e a representação como limite da arte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Debora Pazetto
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Artefilosofia
Texto Completo: https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/503
Resumo: A experiência, tão marcante para Danto, de encontrar uma pilha de caixas idênticas às caixas de esponja de aço Brillo expostas em uma galeria o conduz a uma teoria assentada na ideia de que qualquer coisa pode, em princípio, ser uma obra de arte. Ou melhor, de que os limites, cada vez mais borrados, entre coisas reais e obras de arte não podem ser encontrados entre as propriedades sensíveis. Assim, ele constrói uma definição de arte que não se fundamenta em algo que pode ser percebido no objeto artístico, mas na relação do objeto com diversos outros fatores. Trata-se, portanto, de estabelecer os limites entre o que é arte e tudo aquilo que não é, e esta é a primeira condição essencial que o autor assume nessa direção: obras de arte distinguem-se de coisas reais porque são representações, o que quer dizer que elas têm um conteúdo semântico, um significado, um “sobre-o-quê” (Aboutness). Consideradas em suas propriedades simbólicas ou semânticas, as representações se opõem à realidade. No entanto, há um tipo de arte que embaralha os limites estabelecidos pelo próprio filósofo entre representação e realidade – Marina Abramovic e Lygia Clark, por exemplo, são artistas que caminham nessa direção.
id UFOP-1_176e36c72ea7326f0a6f3adff3b7a498
oai_identifier_str oai:pp.www.periodicos.ufop.br:article/503
network_acronym_str UFOP-1
network_name_str Artefilosofia
repository_id_str
spelling Arthur Danto e a representação como limite da arteArthur Dantomundo da artelimitessignificadorepresentaçãoA experiência, tão marcante para Danto, de encontrar uma pilha de caixas idênticas às caixas de esponja de aço Brillo expostas em uma galeria o conduz a uma teoria assentada na ideia de que qualquer coisa pode, em princípio, ser uma obra de arte. Ou melhor, de que os limites, cada vez mais borrados, entre coisas reais e obras de arte não podem ser encontrados entre as propriedades sensíveis. Assim, ele constrói uma definição de arte que não se fundamenta em algo que pode ser percebido no objeto artístico, mas na relação do objeto com diversos outros fatores. Trata-se, portanto, de estabelecer os limites entre o que é arte e tudo aquilo que não é, e esta é a primeira condição essencial que o autor assume nessa direção: obras de arte distinguem-se de coisas reais porque são representações, o que quer dizer que elas têm um conteúdo semântico, um significado, um “sobre-o-quê” (Aboutness). Consideradas em suas propriedades simbólicas ou semânticas, as representações se opõem à realidade. No entanto, há um tipo de arte que embaralha os limites estabelecidos pelo próprio filósofo entre representação e realidade – Marina Abramovic e Lygia Clark, por exemplo, são artistas que caminham nessa direção.Universidade Federal de Ouro Preto2017-04-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufop.br/raf/article/view/503Artefilosofia; v. 9 n. 17 (2014): Os limites da arte; 13-24Artefilosofia; Vol. 9 No. 17 (2014): Os limites da arte; 13-242526-78921809-8274reponame:Artefilosofiainstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPporhttps://periodicos.ufop.br/raf/article/view/503/459Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofiahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFerreira, Debora Pazetto2022-03-25T11:20:46Zoai:pp.www.periodicos.ufop.br:article/503Revistahttps://periodicos.ufop.br/raf/PUBhttps://periodicos.ufop.br/raf/oaiartefilosofia.defil@ufop.edu.br || periodicos.sisbin@ufop.edu.br1809-82742526-7892opendoar:2022-03-25T11:20:46Artefilosofia - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
dc.title.none.fl_str_mv Arthur Danto e a representação como limite da arte
title Arthur Danto e a representação como limite da arte
spellingShingle Arthur Danto e a representação como limite da arte
Ferreira, Debora Pazetto
Arthur Danto
mundo da arte
limites
significado
representação
title_short Arthur Danto e a representação como limite da arte
title_full Arthur Danto e a representação como limite da arte
title_fullStr Arthur Danto e a representação como limite da arte
title_full_unstemmed Arthur Danto e a representação como limite da arte
title_sort Arthur Danto e a representação como limite da arte
author Ferreira, Debora Pazetto
author_facet Ferreira, Debora Pazetto
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Debora Pazetto
dc.subject.por.fl_str_mv Arthur Danto
mundo da arte
limites
significado
representação
topic Arthur Danto
mundo da arte
limites
significado
representação
description A experiência, tão marcante para Danto, de encontrar uma pilha de caixas idênticas às caixas de esponja de aço Brillo expostas em uma galeria o conduz a uma teoria assentada na ideia de que qualquer coisa pode, em princípio, ser uma obra de arte. Ou melhor, de que os limites, cada vez mais borrados, entre coisas reais e obras de arte não podem ser encontrados entre as propriedades sensíveis. Assim, ele constrói uma definição de arte que não se fundamenta em algo que pode ser percebido no objeto artístico, mas na relação do objeto com diversos outros fatores. Trata-se, portanto, de estabelecer os limites entre o que é arte e tudo aquilo que não é, e esta é a primeira condição essencial que o autor assume nessa direção: obras de arte distinguem-se de coisas reais porque são representações, o que quer dizer que elas têm um conteúdo semântico, um significado, um “sobre-o-quê” (Aboutness). Consideradas em suas propriedades simbólicas ou semânticas, as representações se opõem à realidade. No entanto, há um tipo de arte que embaralha os limites estabelecidos pelo próprio filósofo entre representação e realidade – Marina Abramovic e Lygia Clark, por exemplo, são artistas que caminham nessa direção.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-04-19
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/503
url https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/503
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/503/459
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofia
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofia
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Ouro Preto
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Ouro Preto
dc.source.none.fl_str_mv Artefilosofia; v. 9 n. 17 (2014): Os limites da arte; 13-24
Artefilosofia; Vol. 9 No. 17 (2014): Os limites da arte; 13-24
2526-7892
1809-8274
reponame:Artefilosofia
instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron:UFOP
instname_str Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron_str UFOP
institution UFOP
reponame_str Artefilosofia
collection Artefilosofia
repository.name.fl_str_mv Artefilosofia - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
repository.mail.fl_str_mv artefilosofia.defil@ufop.edu.br || periodicos.sisbin@ufop.edu.br
_version_ 1798313557056552960