A relação entre a experiência de uma IVG e planeamento familiar, relações íntimas e mecanismos de coping : um ano depois
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/26869 |
Resumo: | O presente estudo assume como objetivo geral compreender o impacto de uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) após um ano da sua vivência, mais concretamente no que se refere ao Planeamento Familiar, Relações Íntimas, Mecanismos de Coping e Suporte Social. A relação entre IVG e resultados de vida subsequentes é um dos mais discutidos (Casey, 2010), parecendo ainda existir uma lacuna na investigação acerca desta temática a nível nacional. Neste sentido, foram realizadas entrevistas, partindo de um guião semiestruturado, a 11 participantes que tivessem realizado uma IVG há um ano, procedendo-se posteriormente à análise semi-indutiva dos dados, seguindo, assim, uma metodologia qualitativa. Da análise do discurso das participantes emergiram como principais resultados da investigação as alterações na contraceção utilizada pelas mulheres após a IVG (quer no que concerne ao tipo como à forma de utilização) e a ambivalência em relação ao impacto nas Relações Íntimas, verificando-se que este estava mais dependente de problema prévios do que da experiência de IVG propriamente dita. A nível dos Mecanismos de Coping, foram identificadas diferentes estratégias utilizadas pelas participantes, destacando-se que a maioria considerou lidar bem com a experiência, ainda que descrevam igualmente diferentes reações emocionais de cariz negativo no período pós-IVG. É ainda possível relacionar este último aspeto com o Suporte Social, uma vez que este surgiu como essencial no discurso da maioria das participantes, no sentido de contribuir para um ajustamento adequado ao período pós-IVG. Assim, foi possível concluir que a IVG se constitui como um fenómeno complexo, capaz de causar impacto em diversas áreas de vida (com destaque para o Planeamento Familiar), mas sendo também o ajustamento influenciado por fatores externos presentes na vida das mulheres que experienciaram uma IVG (destacando-se aqui a relação com o companheiro, a sua capacidade de coping e o suporte social). |
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A relação entre a experiência de uma IVG e planeamento familiar, relações íntimas e mecanismos de coping : um ano depoisDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaO presente estudo assume como objetivo geral compreender o impacto de uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) após um ano da sua vivência, mais concretamente no que se refere ao Planeamento Familiar, Relações Íntimas, Mecanismos de Coping e Suporte Social. A relação entre IVG e resultados de vida subsequentes é um dos mais discutidos (Casey, 2010), parecendo ainda existir uma lacuna na investigação acerca desta temática a nível nacional. Neste sentido, foram realizadas entrevistas, partindo de um guião semiestruturado, a 11 participantes que tivessem realizado uma IVG há um ano, procedendo-se posteriormente à análise semi-indutiva dos dados, seguindo, assim, uma metodologia qualitativa. Da análise do discurso das participantes emergiram como principais resultados da investigação as alterações na contraceção utilizada pelas mulheres após a IVG (quer no que concerne ao tipo como à forma de utilização) e a ambivalência em relação ao impacto nas Relações Íntimas, verificando-se que este estava mais dependente de problema prévios do que da experiência de IVG propriamente dita. A nível dos Mecanismos de Coping, foram identificadas diferentes estratégias utilizadas pelas participantes, destacando-se que a maioria considerou lidar bem com a experiência, ainda que descrevam igualmente diferentes reações emocionais de cariz negativo no período pós-IVG. É ainda possível relacionar este último aspeto com o Suporte Social, uma vez que este surgiu como essencial no discurso da maioria das participantes, no sentido de contribuir para um ajustamento adequado ao período pós-IVG. Assim, foi possível concluir que a IVG se constitui como um fenómeno complexo, capaz de causar impacto em diversas áreas de vida (com destaque para o Planeamento Familiar), mas sendo também o ajustamento influenciado por fatores externos presentes na vida das mulheres que experienciaram uma IVG (destacando-se aqui a relação com o companheiro, a sua capacidade de coping e o suporte social).The present study has the general objective of understanding the impact of an induced abortion after one year of its occurrence, more specifically regarding Family Planning, Intimate Relations, Coping Mechanisms and Social Support. The relation between induced abortion and subsequent life results is one of the most discussed (Casey, 2010), seeming that there is still a gap in the investigation of this theme nationally. Therefore, interviews were conducted, starting from a semi-structured script, to 11 participants that had made an induced abortion one year ago, proceeding afterwards to the semi inductive analysis of the data, following, thereby, a qualitative methodology. From the analysis of the participants speeches, emerged as main results the changes in contraception used by the women after the induced abortion (regarding both the type and how to use it) and the ambivalence towards the impact in Intimate Relations, verifying that this was more dependent of previous problems than the experience of induced abortion itself. At the level of Coping Mechanisms, different strategies used by participants were identified, highlighting that most of them considered to have coped well with the experience, though they also describe different negative emotional reactions in the period after the induced abortion. It is also possible to relate this last aspect to the Social Support, since this emerged as essential in the participants speech, once it was considered to contribute for an appropriate adjustment to the period after the induced abortion. Therefore, it was possible to conclude that the induced abortion constitutes itself as a complex phenomenon, able to cause impact in different areas of life (particularly in family planning), but also being influenced by external factors presents in the life of the women that had experienced induced abortion (highlighting here the relation with the partner, their coping ability and social support).Xavier, Maria Raúl Andrade Martins LoboVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSequeira, Cristiana da Costa2019-02-15T09:11:25Z2013-07-0820132013-07-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/26869porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-03T01:41:39Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/26869Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:21:26.556647Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente estudo assume como objetivo geral compreender o impacto de uma Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) após um ano da sua vivência, mais concretamente no que se refere ao Planeamento Familiar, Relações Íntimas, Mecanismos de Coping e Suporte Social. A relação entre IVG e resultados de vida subsequentes é um dos mais discutidos (Casey, 2010), parecendo ainda existir uma lacuna na investigação acerca desta temática a nível nacional. Neste sentido, foram realizadas entrevistas, partindo de um guião semiestruturado, a 11 participantes que tivessem realizado uma IVG há um ano, procedendo-se posteriormente à análise semi-indutiva dos dados, seguindo, assim, uma metodologia qualitativa. Da análise do discurso das participantes emergiram como principais resultados da investigação as alterações na contraceção utilizada pelas mulheres após a IVG (quer no que concerne ao tipo como à forma de utilização) e a ambivalência em relação ao impacto nas Relações Íntimas, verificando-se que este estava mais dependente de problema prévios do que da experiência de IVG propriamente dita. A nível dos Mecanismos de Coping, foram identificadas diferentes estratégias utilizadas pelas participantes, destacando-se que a maioria considerou lidar bem com a experiência, ainda que descrevam igualmente diferentes reações emocionais de cariz negativo no período pós-IVG. É ainda possível relacionar este último aspeto com o Suporte Social, uma vez que este surgiu como essencial no discurso da maioria das participantes, no sentido de contribuir para um ajustamento adequado ao período pós-IVG. Assim, foi possível concluir que a IVG se constitui como um fenómeno complexo, capaz de causar impacto em diversas áreas de vida (com destaque para o Planeamento Familiar), mas sendo também o ajustamento influenciado por fatores externos presentes na vida das mulheres que experienciaram uma IVG (destacando-se aqui a relação com o companheiro, a sua capacidade de coping e o suporte social). |
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