Temporalidade em orações completivas infinitivas subcategorizadas por verbos causativos e perceptivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Raquel Mendes da Silva
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/102094
Resumo: O objectivo da presente dissertação consistiu em estudar as relações temporais que se estabelecem entre as orações completivas infinitivas e os verbos perceptivos e causativos que as seleccionam. O nosso corpus foi constituído de textos medievais portugueses dos séculos XII, XIII e XIII/XIV. A análise incidiu, por um lado, sobre os verbos perceptivos ver e ouvir, por outro, sobre os causativos fazer, mandar e leixar. Começou-se por definir noções gerais, tais como Tempo, Aspecto e Modalidade, passando depois para uma descrição sobre o Infinitivo em Português contemporâneo e em Português Medieval. Destacámos em seguida a proposta de Cunha & Silvano (2006) que argumentam favoravelmente à existência de marcas de temporalidade associadas ao Infinitivo. No segundo capítulo descrevemos a metodologia usada para constituir o corpus, bem como os métodos e ferramentas utilizados para tratar os dados recolhidos para análise. Para além disto, referimos ainda algumas dificuldades inerentes a este tipo de investigação sobre textos medievais. Seguidamente, no capítulo III apresentamos a análise da localização temporal das completivas infinitivas introduzidas por verbos perceptivos e causativos. Esta tarefa é conseguida através do estudo das frases em que estes dois tipos de verbos ocorrem subcategorizando orações infinitivas e pelo seu tratamento individual. Para cada um dos grupos, apresentamos uma conclusão acerca das similaridades e diferenças entre os valores temporais das orações que subcategorizam os verbos estudados. No presente trabalho pretendeu-se investigar se as características semânticas do verbo principal têm influência na interpretação da oração infinitiva subordinada. Através desta abordagem, esperamos aferir se a informação atrelada à forma infinitiva é condicionada por aquela veiculada pela oração subcategorizada. Procurámos, para além disso, determinar se o tipo aspectual do verbo contido naO objectivo da presente dissertação consistiu em estudar as relações temporais que se estabelecem entre as orações completivas infinitivas e os verbos perceptivos e causativos que as seleccionam. O nosso corpus foi constituído de textos medievais portugueses dos séculos XII, XIII e XIII/XIV. A análise incidiu, por um lado, sobre os verbos perceptivos ver e ouvir, por outro, sobre os causativos fazer, mandar e leixar. Começou-se por definir noções gerais, tais como Tempo, Aspecto e Modalidade, passando depois para uma descrição sobre o Infinitivo em Português contemporâneo e em Português Medieval. Destacámos em seguida a proposta de Cunha & Silvano (2006) que argumentam favoravelmente à existência de marcas de temporalidade associadas ao Infinitivo. No segundo capítulo descrevemos a metodologia usada para constituir o corpus, bem como os métodos e ferramentas utilizados para tratar os dados recolhidos para análise. Para além disto, referimos ainda algumas dificuldades inerentes a este tipo de investigação sobre textos medievais. Seguidamente, no capítulo III apresentamos a análise da localização temporal das completivas infinitivas introduzidas por verbos perceptivos e causativos. Esta tarefa é conseguida através do estudo das frases em que estes dois tipos de verbos ocorrem subcategorizando orações infinitivas e pelo seu tratamento individual. Para cada um dos grupos, apresentamos uma conclusão acerca das similaridades e diferenças entre os valores temporais das orações que subcategorizam os verbos estudados. No presente trabalho pretendeu-se investigar se as características semânticas do verbo principal têm influência na interpretação da oração infinitiva subordinada. Através desta abordagem, esperamos aferir se a informação atrelada à forma infinitiva é condicionada por aquela veiculada pela oração subcategorizada. Procurámos, para além disso, determinar se o tipo aspectual do verbo contido na oração subordinada interfere de forma activa na interpretação temporal dos infinitivos.
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spelling Temporalidade em orações completivas infinitivas subcategorizadas por verbos causativos e perceptivosInfinitivoInterpretação temporalAspectoVerbos perceptivos e cansativosInfinitiveTemporal interpretationAspectPerception and causative verbsDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisO objectivo da presente dissertação consistiu em estudar as relações temporais que se estabelecem entre as orações completivas infinitivas e os verbos perceptivos e causativos que as seleccionam. O nosso corpus foi constituído de textos medievais portugueses dos séculos XII, XIII e XIII/XIV. A análise incidiu, por um lado, sobre os verbos perceptivos ver e ouvir, por outro, sobre os causativos fazer, mandar e leixar. Começou-se por definir noções gerais, tais como Tempo, Aspecto e Modalidade, passando depois para uma descrição sobre o Infinitivo em Português contemporâneo e em Português Medieval. Destacámos em seguida a proposta de Cunha & Silvano (2006) que argumentam favoravelmente à existência de marcas de temporalidade associadas ao Infinitivo. No segundo capítulo descrevemos a metodologia usada para constituir o corpus, bem como os métodos e ferramentas utilizados para tratar os dados recolhidos para análise. Para além disto, referimos ainda algumas dificuldades inerentes a este tipo de investigação sobre textos medievais. Seguidamente, no capítulo III apresentamos a análise da localização temporal das completivas infinitivas introduzidas por verbos perceptivos e causativos. Esta tarefa é conseguida através do estudo das frases em que estes dois tipos de verbos ocorrem subcategorizando orações infinitivas e pelo seu tratamento individual. Para cada um dos grupos, apresentamos uma conclusão acerca das similaridades e diferenças entre os valores temporais das orações que subcategorizam os verbos estudados. No presente trabalho pretendeu-se investigar se as características semânticas do verbo principal têm influência na interpretação da oração infinitiva subordinada. Através desta abordagem, esperamos aferir se a informação atrelada à forma infinitiva é condicionada por aquela veiculada pela oração subcategorizada. Procurámos, para além disso, determinar se o tipo aspectual do verbo contido naO objectivo da presente dissertação consistiu em estudar as relações temporais que se estabelecem entre as orações completivas infinitivas e os verbos perceptivos e causativos que as seleccionam. O nosso corpus foi constituído de textos medievais portugueses dos séculos XII, XIII e XIII/XIV. A análise incidiu, por um lado, sobre os verbos perceptivos ver e ouvir, por outro, sobre os causativos fazer, mandar e leixar. Começou-se por definir noções gerais, tais como Tempo, Aspecto e Modalidade, passando depois para uma descrição sobre o Infinitivo em Português contemporâneo e em Português Medieval. Destacámos em seguida a proposta de Cunha & Silvano (2006) que argumentam favoravelmente à existência de marcas de temporalidade associadas ao Infinitivo. No segundo capítulo descrevemos a metodologia usada para constituir o corpus, bem como os métodos e ferramentas utilizados para tratar os dados recolhidos para análise. Para além disto, referimos ainda algumas dificuldades inerentes a este tipo de investigação sobre textos medievais. Seguidamente, no capítulo III apresentamos a análise da localização temporal das completivas infinitivas introduzidas por verbos perceptivos e causativos. Esta tarefa é conseguida através do estudo das frases em que estes dois tipos de verbos ocorrem subcategorizando orações infinitivas e pelo seu tratamento individual. Para cada um dos grupos, apresentamos uma conclusão acerca das similaridades e diferenças entre os valores temporais das orações que subcategorizam os verbos estudados. No presente trabalho pretendeu-se investigar se as características semânticas do verbo principal têm influência na interpretação da oração infinitiva subordinada. Através desta abordagem, esperamos aferir se a informação atrelada à forma infinitiva é condicionada por aquela veiculada pela oração subcategorizada. Procurámos, para além disso, determinar se o tipo aspectual do verbo contido na oração subordinada interfere de forma activa na interpretação temporal dos infinitivos.The main purpose of this dissertation was to study the temporal relations between Infinitival completive clauses and the perception and causative verbs that select them. Our corpus is built by Medieval Portuguese texts from the XII th to the XIV th century. Our analysis focused on both perception verbs, such as ver (see) and ouvir (hear), and causative verbs, such as fazer (make), mandar (order) and leixar (let). We started by defining the relevant concepts of Time, Aspect and Modality. Then, we presented a synthesis of the descriptions on the Infinitive in both Contemporary and Medieval Portuguese literature, which considers this verbal form as neutral as far as temporal information is concerned. Next, we have put in evidence Cunha & Silvano’s (2006) proposal arguing that this verb form has temporality marks attached. In chapter II we have described the methodology used to build the corpus, as well as the methods and the tools used in order to treat the data. We also showed the difficulties of this type of investigation. In chapter III we presented the analysis of the temporal location of non finite clauses selected by perception and causative verbs. We accomplished this task studying the sentences in which this two types of verbs subcategorize infinitival clauses. For each of these groups we presented a conclusion about similarities and differences between the temporal value of each verb studied. In this study we investigated whether the semantic characteristics of the main verb have influence in the interpretation of the embedded infinitival clauses. With this approach we expected to find out if the temporal information related to the infinitival form is determined by the main clause. We also investigated if the aspectual type of the verb contained in the subordinated clause has an active role in the temporal interpretation of the infinitive. Beside these factors, we examined the influence of others, such as verbal tenses, durative and punctual activities, the presence of adverbial adjuncts and eventive or stative character of the verb contained in the complement clause. Finally, we conclude that the temporal interpretation of the infinite complement governed by perception and causative verbs is determined by a complex interaction of several factors that cannot be disconnected, in particular the semantic nature of the verbs, the modal value of the main clause and the nature of the main clause’s external argument.Xavier, Maria FranciscaRUNOliveira, Raquel Mendes da Silva2020-08-07T09:24:03Z2008-072020-08-072008-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/102094porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:48:14Zoai:run.unl.pt:10362/102094Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:39:43.489289Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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