Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Direção-Geral da Saúde
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/8383
Resumo: Contributos: DGS - Programa Nacional para as infeções sexualmente transmissíveis e VIH (Joana Bettencourt, Ricardo Fuertes, Alexandre Gomes, Rogério Ruas), Direção de Serviços de Informação e Análise (Pedro Pinto Leite, Maria João Albuquerque, João Vieira Martins); INSA - Departamento de Doenças Infeciosas (Helena Cortes Martins, Celeste Moura), Departamento de Epidemiologia (Carlos Aniceto).
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spelling Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2022VIHSIDAISTVigilância EpidemiológicaPrevençãoDiagnósticoPrEPInfeção VIHInfeção SIDAVírus da Imunodeficiência HumanaSíndrome de Imunodeficiência AdquiridaInfecções Sexualmente TransmissíveisEstados de Saúde e de DoençaDoenças InfeciosasSaúde PúblicaPortugalContributos: DGS - Programa Nacional para as infeções sexualmente transmissíveis e VIH (Joana Bettencourt, Ricardo Fuertes, Alexandre Gomes, Rogério Ruas), Direção de Serviços de Informação e Análise (Pedro Pinto Leite, Maria João Albuquerque, João Vieira Martins); INSA - Departamento de Doenças Infeciosas (Helena Cortes Martins, Celeste Moura), Departamento de Epidemiologia (Carlos Aniceto).Versão atualizada em julho de 2023. Inclui: correção de gralhas de texto, da numeração de páginas e consequentemente do índice; introdução de um parágrafo na página 17; atualização das figuras 9 e 18; atualização de diversas % nas páginas 70 e 71, referentes ao subcapítulo II.2. Rastreio, Diagnóstico e Referenciação e a figura 31.Este relatório conjunto da DGS e INSA apresenta os dados mais recentes da vigilância epidemiológica da infeção por VIH em Portugal, bem como resultantes de iniciativas de prevenção e rastreio desenvolvidas no âmbito do PNISTVIH e as orientações estratégicas em implementação para resposta a esta infeção. Por não terem sido recolhidos e analisados os dados de 2020 e publicado o respetivo relatório, no presente número inclui-se a análise das características dos casos notificados com diagnóstico em 2020 e 2021. Dos resultados e conclusões apresentados no documento, destaca-se o seguinte: − Em Portugal, segundo os dados recolhidos a 31 de outubro de 2022, foram notificados 1 803 casos de infeção por VIH no biénio 2020-2021, 870 dos quais em 2020 e 933 em 2021; − Redução de 44% no número de novos casos de infeção por VIH e de 66% em novos casos de SIDA entre 2012 e 2021; − A maioria (71,8%) dos novos casos de infeção em adolescentes e adultos (≥ 15 anos) registou-se em homens (2,5 casos por cada caso em mulheres) e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 39 anos. Em 63,6% dos novos casos as pessoas tinham entre 25 e 49 anos e em 27,6% tinham idade igual ou superior a 50 anos. No período em análise foram notificados 4 casos de infeção VIH em crianças (2 em 2020 e 2 em 2021); − Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente (51,8%), os casos em homens que têm sexo com homens (HSH) corresponderam à maioria dos novos diagnósticos em homens (56,0%). A taxa de novos diagnósticos de VIH foi mais elevada nos residentes na Área Metropolitana de Lisboa, seguida da região do Algarve; − Relativamente aos óbitos, foram comunicados 298 óbitos em pessoas que viviam com VIH (148 em 2020 e 150 em 2021). Em 24,5% dos óbitos o tempo decorrido desde o diagnóstico foi superior a 20 anos; − Analisando os dados acumulados, desde 1983 até 31 de dezembro de 2021, foram identificados em Portugal 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram o estádio de SIDA e ocorreram 15 555 óbitos; − Analisando os dados acumulados, desde 1983 até 31 de dezembro de 2021, foram identificados em Portugal 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram o estádio de SIDA e ocorreram 15 555 óbitos.RESUMO: Este relatório conjunto da DGS e INSA apresenta os dados mais recentes da vigilância epidemiológica da infeção por VIH em Portugal, bem como resultantes de iniciativas de prevenção e rastreio desenvolvidas no âmbito do PNISTVIH e as orientações estratégicas em implementação para resposta a esta infeção. Por não terem sido recolhidos e analisados os dados de 2020 e publicado o respetivo relatório, no presente número inclui-se a análise das características dos casos notificados com diagnóstico em 2020 e 2021. Em Portugal, segundo os dados recolhidos a 31 de outubro de 2022, foram notificados 1 803 casos em que o diagnóstico de infeção por VIH ocorreu em 2020 e 2021, ao que corresponde uma taxa média de diagnósticos para o biénio de 8,7 casos por 105 habitantes, não ajustada para o atraso da notificação. A maioria dos casos corresponde a homens (2,5 casos por cada caso em mulheres), a mediana das idades ao diagnóstico foi de 39,0 anos e em 27,6% dos novos casos os indivíduos tinham idades ≥50 anos. A idade mediana mais baixa (31,0 anos) foi apurada em homens que têm sexo com homens (HSH), estes correspondem a 70,1% dos casos diagnosticados em indivíduos de idade inferior a 30 anos. A taxa de diagnóstico mais elevada registou-se no grupo etário 25-29 anos, 27,3 casos por 105 habitantes, em particular nos homens (45,1 casos por 105 habitantes). A residência de 48,9% dos indivíduos situava-se na Área Metropolitana de Lisboa (15,3 casos/105 habitantes) e a região do Algarve apresentou a segunda taxa mais elevada de diagnósticos (9,3 casos/105 habitantes). A maioria dos novos casos ocorreu em indivíduos naturais de Portugal (53,0%), país no qual foram também adquiridas a maioria das infeções (73,4% dos casos com dados relativos ao país de provável transmissão). A via sexual foi referida em 92,0% dos casos com diagnóstico no biénio 2020-2021, sendo a transmissão heterossexual a mais frequente (51,8%). Os casos em HSH constituíram 56,0% dos novos diagnósticos em homens. Na primeira avaliação clínica predominaram os casos assintomáticos, contudo, em 17,7% houve um diagnóstico concomitante de SIDA e 55,4% foram diagnósticos tardios segundo a nova definição, proporções que se revelaram mais elevadas nos casos de homens que referem transmissão heterossexual (70,8%). Durante os anos 2020 e 2021 foram também diagnosticados 415 novos casos de SIDA (2,0 casos/105 habitantes). A pneumocistose foi a doença definidora de SIDA mais frequente, sendo referida em 33,0% dos casos. Foram ainda notificados 298 óbitos ocorridos no biénio, 26,8% dos quais ocorreram nos cinco anos subsequentes ao diagnóstico da infeção. Entre 1983 e 2021 foram diagnosticados em Portugal 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram estádio SIDA. Entre 2012 e 2021 observou-se uma redução de 48% no número de novos casos de infeção por VIH e de 66% em novos casos de SIDA, valores provisórios uma vez que os totais relativos a 2021 não estão ajustados para o atraso na notificação. Não obstante a tendência decrescente sustentada, Portugal continua a destacar-se pelas elevadas taxas de novos casos de infeção VIH e SIDA entre os países da Europa Ocidental. O elevado número de novos diagnósticos de infeção por VIH em HSH de idades jovens continua a justificar forte investimento no desenho, implementação e alargamento de medidas preventivas dirigidas a esta população. Ainda, a elevada percentagem de diagnósticos tardios, com particular expressão entre os homens heterossexuais e as pessoas com 50 ou mais anos, valida a necessidade de compreender melhor as razões e incrementar o desenvolvimento de ações dirigidas à prevenção da transmissão e promoção do diagnóstico precoce dirigidas a essas populações específicas. Em 2021, foram distribuídos, através do PNISTVIH, cerca de quatro milhões de preservativos externos e internos e mais de quatrocentas mil embalagens de gel lubrificante. No âmbito do Programa Troca de Seringas (PTS) foram distribuídas mais de um milhão e cem mil seringas entre a população utilizadora de drogas por via injetável. No que diz respeito à Profilaxia Pré-Exposição ao VIH, até 31 de dezembro de 2020, 24 hospitais já tinham implementado a consulta, abrangendo um total de 1 586 pessoas que tiveram pelo menos uma consulta nesse ano. Foram realizados mais de quarenta e cinco mil testes rápidos para VIH em diversas estruturas de saúde e estruturas comunitárias, verificando-se uma redução do número de testes rápidos realizados, em comparação com o ano de 2019. Adicionalmente, foram dispensadas 8 133 unidades de autoteste para VIH pelas farmácias comunitárias, entre outubro de 2019 e dezembro de 2021.ABSTRACT: This report is a joint publication from the Directorate-General of Health and the National Institute of Health Doutor Ricardo Jorge and presents updated HIV surveillance data from Portugal, information on national prevention and testing initiatives, as well as the implemented strategic orientations regarding the HIV national response. Since the previous year’ report has not been published, in the current issue the analysis of the most recent year diagnoses includes cases diagnosed in both 2020 and 2021. In Portugal, 1 803 new HIV infection cases were diagnosed during 2020 and 2021, corresponding to a rate of 8.7 new cases/105 inhabitants, not adjusted for reporting delay. Those diagnoses were 2.5 times more frequent in men than in women. The median age of recently diagnosed individuals was 39.0 years; 27,6% of them were aged 50 years or older. The lowest median age (31.0 y/o) was found among men who have sex with men (MSM) cases that also account for 70.1% of cases diagnosed in individuals under the age of 30 years. The highest diagnosis rates occurred among the 25-29 y/o age group (27.3 cases/105 inhabitants), particularly amid men (45.1 cases/105 inhabitants). Lisbon Metropolitan Area was the residence area for 48.9% of persons with a new diagnose of HIV infection (15.3 cases/105 inhabitants) and the second larger rate of diagnoses was identified in Algarve region (9.3 cases/105 inhabitants). Most cases occurred in individuals born in Portugal (53.0%), which was also the country more frequently referred as probable country of infection (73.4%). Sexual transmission was reported in 92.0% of cases diagnosed in the 2 years period; although cases of heterosexual transmission prevailed (51.8%), cases in MSM account for 56.0% of the new diagnoses between men. Clinical characteristics of newly diagnosed cases indicate that the majority was asymptomatic, however, a concurrent AIDS diagnosis occurred in 17.7% of cases and 55.4% of individuals were late diagnosis according to the new definition, the highest proportion observed among heterosexual men (70.8%). During 2020 and 2021, 415 new AIDS cases were diagnosed in individuals aged ≥15 years (2.0 cases/105 inhabitants). Pneumocystosis was the most frequent AIDS-defining illness, reported in 33.0% of AIDS cases. In the same period, 298 deaths occurred in people with HIV infection, 26.8% of those happening five or less years after HIV diagnosis. Between 1983 and 2021, 64 257 cases of HIV infection were cumulatively diagnosed in Portugal, of those 23 399 were AIDS cases. Although possibly affected by reporting delay, temporal trends show that between 2012 and 2021 both new HIV and AIDS diagnoses have declined, respectively 48% and 66%, although 2021 are not adjusted for reporting delay. Despite the downward trend, Portugal still exhibits one of the highest rates of new HIV and AIDS diagnosis among European Union countries. As in previous years, the number of new HIV diagnoses in young MSM draw attention and reinforce the need for focused strategies for this specific population. In addition, the high proportion of late diagnoses, particularly among heterosexual men and persons aged 50 or plus years, highlight the importance of specific prevention activities and routine HIV testing. National Programme for STI and HIV activities concerning prevention during 2021 included the supply of 4 millions of external and internal condoms and 450 thousand lubricants, and the distribution of 1,1 million syringes among injecting drug users' population through the needle exchange programme. By December 2020, Pre-Exposure Prophylaxis available in 24 hospitals covering a total of 1,586 persons who received PrEP at least once during the reporting period. HIV rapid testing performed in several settings including primary healthcare sector and communitybased organizations, counted more than 45 thousand, representing a decreasing trend compared to 2019.A total of 8,133 self-tests were sold by community pharmacies from October 2019 until December 2021.DGS, INSARepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeDireção-Geral da SaúdeInstituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge2022-12-05T14:52:19Z2022-112022-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/8383por978-972-675-334-6info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-25T01:30:30Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/8383Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:43:02.872015Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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