Reflexões e paradoxos em torno da identidade e da mobilidade europeias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaspar, Sofia
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Ampudia de Haro, Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/129225
Resumo: A identidade europeia é um conceito que tem vindo a ser amplamente analisado em estudos centrados na construção sociopolítica da União Europeia (UE). Neste contexto, uma das dimensões que tem vindo a ser indicada como mais estreitamente associada a um maior ou menor grau de identificação com a Europa é a mobilidade geográfica dos cidadãos. Este artigo procura desenvolver uma reflexão teórica sobre esta questão apoiando-se, fundamentalmente, em três pontos principais: em primeiro lugar, será efectuada uma apreciação crítica sobre a “irrelevância estatística” e a “relevância simbólica” da mobilidade geográfica na UE, através da caracterização dos grupos sociais de europeus que mais se movimentam dentro do espaço intra-europeu. Em seguida, examinaremos o significado de “ser europeu”, quer através da análise das afinidades existentes entre a construção da Europa e os Estados-nação, quer através do reconhecimento da dualidade emergente entre os cidadãos europeus e os cidadãos extra-comunitários. Numa parte final do artigo, discutiremos alguns paradoxos implícitos na relação entre identidade europeia, mobilidade geográfica e participação política, de modo a serem posteriormente incluídas algumas linhas de discussão para futuros debates. The concept of European identity has been extensively analyzed in studies centered on the sociopolitical construction of the European Union. One aspect that has been indicated as being most closely associated with a greater or lesser degree of identification with Europe is the geographical mobility of its citizens. This paper reflects on this question from a theoretical perspective, mainly focusing on three key issues: firstly, we conduct a critical assessment of the “statistical irrelevance” and “symbolic relevance” of geographical mobility across the EU, aiming to characterize the groups of Europeans who tend to move most within the Union. Secondly, we concentrate on what it means to be “European”, both through an analysis of the affinities existing between the nation-state and the construction of Europe, and through the emerging dichotomy between those who are or are not “European”. In the last section, we discuss some of the paradoxes underlying the relationship between European identity, geographical mobility and political participation, in order to present, at the end of the article, some of the theoretical and political lines that need to be included in any future debate.
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