Seleção do Par Dador-Recetor em Transplante Renal: Resultados Comparativos de uma Simulação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/5474 |
Resumo: | Introdução: Implementadas em 2007 pelo Despacho nº 6357, as regras de alocação de rins de dador cadáver procuram distribuir de forma equitativa um bem escasso da comunidade destinado a doentes que com ele possam ver melhorada a sua sobrevivência e qualidade de vida. Tal como exposto no referido despacho estas regras devem ser atualizadas sempre que o estado da arte o recomendar. O objetivo deste trabalho é o de avaliar e comparar três modelos de alocação de rins de dador cadáver: critérios de pontuação das regras do despacho nº 6537/2007 (modelo 1); modelo semelhante ao anterior mas com menor pontuação para o tempo de diálise (modelo 2); e um modelo adaptado do sistema de alocação por cores previamente proposto (modelo 3). Material e Métodos: Para efeitos desta análise foram gerados dados para 70 dadores tendo em conta a informação publicada relativa à distribuição de grupo sanguíneo e de frequências alélicas e haplotípicas do sistema de antigénios leucocitários humanos de dadores voluntários portugueses. Foram também gerados dados para uma lista de espera simulada de 500 candidatos a primeiro transplante renal. Resultados: Para a frequência do número de incompatibilidades de antigénios leucocitários humanos dos candidatos selecionados por cada modelo verifica-se que há menos candidatos no modelo 3 com mais de 3 incompatibilidades de antigénios leucocitários humanos (39,3%) do que no modelo 1 (57,1%, p < 0,01). Discussão: Em comparação com as regras adaptadas do despacho nº 6537/2007 (modelo 1) para alocação de rins, o modelo 3 seleciona candidatos com menor número de incompatibilidades de antigénios leucocitários humanos sem penalizar os candidatos com um maior tempo de diálise. Conclusão: A análise e discussão das melhores regras a utilizar na alocação de um bem tão escasso como os órgãos de dador cadáver deve ser um processo contínuo e adaptável à evolução e mutação inerentes à lista de espera de candidatos a transplante. |
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Seleção do Par Dador-Recetor em Transplante Renal: Resultados Comparativos de uma SimulaçãoSelection of Donor-Recipient Pairs in Renal Transplantation: Comparative Simulation ResultsAntígenos HLAObtenção de Tecidos e ÓrgãosPortugalSeleção do DoadorTeste de HistocompatibilidadeTransplantação RenalDonor SelectionHistocompatibility TestingHLA AntigensKidney TransplantationTissue and Organ ProcurementIntrodução: Implementadas em 2007 pelo Despacho nº 6357, as regras de alocação de rins de dador cadáver procuram distribuir de forma equitativa um bem escasso da comunidade destinado a doentes que com ele possam ver melhorada a sua sobrevivência e qualidade de vida. Tal como exposto no referido despacho estas regras devem ser atualizadas sempre que o estado da arte o recomendar. O objetivo deste trabalho é o de avaliar e comparar três modelos de alocação de rins de dador cadáver: critérios de pontuação das regras do despacho nº 6537/2007 (modelo 1); modelo semelhante ao anterior mas com menor pontuação para o tempo de diálise (modelo 2); e um modelo adaptado do sistema de alocação por cores previamente proposto (modelo 3). Material e Métodos: Para efeitos desta análise foram gerados dados para 70 dadores tendo em conta a informação publicada relativa à distribuição de grupo sanguíneo e de frequências alélicas e haplotípicas do sistema de antigénios leucocitários humanos de dadores voluntários portugueses. Foram também gerados dados para uma lista de espera simulada de 500 candidatos a primeiro transplante renal. Resultados: Para a frequência do número de incompatibilidades de antigénios leucocitários humanos dos candidatos selecionados por cada modelo verifica-se que há menos candidatos no modelo 3 com mais de 3 incompatibilidades de antigénios leucocitários humanos (39,3%) do que no modelo 1 (57,1%, p < 0,01). Discussão: Em comparação com as regras adaptadas do despacho nº 6537/2007 (modelo 1) para alocação de rins, o modelo 3 seleciona candidatos com menor número de incompatibilidades de antigénios leucocitários humanos sem penalizar os candidatos com um maior tempo de diálise. Conclusão: A análise e discussão das melhores regras a utilizar na alocação de um bem tão escasso como os órgãos de dador cadáver deve ser um processo contínuo e adaptável à evolução e mutação inerentes à lista de espera de candidatos a transplante.Introduction: Implemented in 2007 by Ordinance No. 6357, allocation rules of cadaveric donor kidneys seek to distribute equitably a scarce community resource to patients who can improve their survival and quality of life. As stated in the aforementioned ordinance these rules must be updated whenever the state of the art recommends it. The objective of this work is to evaluate and compare three cadaveric donor allocation models: scoring criteria of ordinance nº 6537/2007 (model 1); similar to the previous model but with a lower score for the dialysis time (model 2); and a model adapted from the previously proposed color allocation system (model 3). Material and Methods: For the purpose of this analysis we generated data about 70 cadaveric donors taking into account information published regarding blood group distribution and human leucocyte antigens allelic and haplotype frequencies of Portuguese voluntary donors. We generated also data for a simulated waiting list of 500 first-time kidney transplant candidates. Results: We observed fewer candidates selected by model 3 with more than 3 human leucocyte antigens mismatches (39.3%) when compared to those selected by model 1 with more than 3 human leucocyte antigens mismatches (57.1%, p < 0.01). Discussion: In our analysis, model 3 selects transplant candidates with a lower number of human leucocyte antigens mismatches when compared to the adapted rules for kidney allocation of Ordinance No. 6537/2007 (model 1) without penalizing candidates with a longer time on dialysis. Conclusion: The analysis and discussion of the best rules for allocation of such a scarce resource as organs from deceased donors should be a continuous and adaptive process inherent to transplant candidate’s waiting list evolution and mutation.Ordem dos MédicosRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeLima, Bruno AlvesAlves, Helena2018-03-23T11:48:25Z2017-12-292017-12-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/5474porActa Med Port. 2017 Dec 29;30(12):854-860. doi: 10.20344/amp.8992. 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