Caracterização da População Jovem Açoriana com Diabetes Tipo 1: Estudo de Fatores de Risco Nutricionais e Ambientais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Tiago
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Teixeira, Vitor Hugo, Carvalho, Rita, César, Rui, Vaz-Fernandes, Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/28614
Resumo: por deficiência absoluta de insulina. Apesar da influência genética para a destruição autoimune das células-β pancreáticas, menos de 10% dos indivíduos geneticamente suscetíveis progridem para a manifestação da doença. Assim, fatores ambientais vêm sendo implicados na patogenicidade da DM1. Foi objetivo deste estudo caracterizar a população de jovens açorianos com DM1, avaliando a exposição a fatores ambientais de risco para a DM1 durante a gravidez e período da infância anterior ao diagnóstico da doença. Métodos: A metodologia do estudo teve como base a realização de entrevistas telefónicas às mães de 53 jovens com DM1 de idade igual ou inferior a 20 anos e com residência nos Açores. O inquérito aplicado contemplou os possíveis fatores ambientais e nutricionais de risco para o desenvolvimento de DM1, desde o nascimento até ao momento do diagnóstico. Resultados: Os resultados demonstraram que as crianças açorianas com DM1 foram diagnosticadas, em média, em idades mais precoces, ao contrário do que está descrito na literatura internacional. Observou-se uma baixa frequência (62,3%) e curta duração de amamentação materna exclusiva (média de 2,1 meses) e frequências consideráveis de introdução precoce de alimentos sólidos (30,2%), glúten (54,7%) e leite de vaca (24,5%), fatores que poderão estar associados a um maior risco de desenvolvimento de DM1. As progenitoras com menos escolaridade foram as que menos amamentaram, que o fizeram durante menos tempo e que mais cedo introduziram alimentos sólidos e leite de vaca na alimentação dos filhos. As crianças que não foram amamentadas bem como as que foram amamentadas durante menos tempo foram, em média, diagnosticadas mais cedo. Conclusão: Estes resultados reforçam a importância da elaboração de políticas assertivas para o cumprimento das recomendações de alimentação no 1º ano de vida, particularmente destinadas a progenitoras com menor escolaridade.
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