Modelação espacial dos desertos de farmácias comunitárias em Portugal Continental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/52508 |
Resumo: | A saúde é das condições mais importantes na vida de todos, no entanto a saúde e o bem-estar não se traduz numa ida ao médico ou na realização de um exame, é também poder ter acesso a medicamentos e tratamentos de forma rápida e eficaz. Sendo por isto, o acesso a medicação uma condição que tem uma afetação na qualidade de vida das populações. E é neste sentido que surge este relatório em que pretende perceber quais as áreas em Portugal continental que estão mal servidas por farmácias comunitárias. Assim permitindo identificar desertos de farmácias, perceber quais as áreas melhor e pior servidas ao nível regional e identificar possíveis locais para alocação de farmácias, de forma a debelar algumas das más acessibilidades. Para tal, optou-se por mapear as farmácias comunitárias através de métodos de geocodificação e retirar os dados dos censos à subsecção para a caraterização da população. Contudo, a utilização da BGE e BGRI permiti uma abordagem dasimétrica (um conjunto de dados geodemográficos de grande escala), contrariando assim os procedimentos mais comuns onde os dados estatísticos são normalizados com recurso ao uso do solo. Esta abordagem inovadora concede uma análise ao nível do ponto e consequentemente uma modelação mais realista. A semelhança do que se observa no território português ao nível das assimetrias regionais, os desertos de farmácias seguem a mesma linha. Sendo no interior que se verificar uma maior dificuldade de acesso às farmácias, no entanto quando se introduz a variável referente ao meio de deslocação observa-se que grande parte da população a, partir do meio de deslocação automóvel, consegue aceder a uma farmácia com facilidade na maioria das regiões. Porém o mesmo não acontece quando a deslocação é realizada a pé e sobretudo quando esta é realizada pela a população mais idosa. A abordagem dasimétrica permite uma minuciosidade verificando ao nível das subseções aquelas que apresentam mais dificuldades de acesso a farmácias. A partir da identificação dos desertos de farmácia e da realização de um índice de vulnerabilidade social, é cruzada a informação dos desertos com as áreas com uma maior vulnerabilidade social concedendo a possibilidade de identificar novos locais para alocação de farmácias, que acontece sobretudo nas regiões interior/norte. Portanto, é notório que é necessário olhar para esta questão pois existe debilidades na rede de acessibilidades a farmácias, onde a faixa etária dos idosos é mais prejudicada e as regiões no interior mais afetadas. A revisão de certas medidas e a criação de novas será uma reflexão necessária a fazer de modo a criar uma rede homogénea e eficaz. Ainda assim é importante referir que a solução não passa apenas pela alocação de farmácias, mas também pela revisão dos seus critérios de alocação e outras soluções como a entrega de medicamentos ao domicílio, pois nem sempre é rentável do ponto de vista económico abrir uma farmácia em certas áreas menos povoadas. |
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Para tal, optou-se por mapear as farmácias comunitárias através de métodos de geocodificação e retirar os dados dos censos à subsecção para a caraterização da população. Contudo, a utilização da BGE e BGRI permiti uma abordagem dasimétrica (um conjunto de dados geodemográficos de grande escala), contrariando assim os procedimentos mais comuns onde os dados estatísticos são normalizados com recurso ao uso do solo. Esta abordagem inovadora concede uma análise ao nível do ponto e consequentemente uma modelação mais realista. A semelhança do que se observa no território português ao nível das assimetrias regionais, os desertos de farmácias seguem a mesma linha. Sendo no interior que se verificar uma maior dificuldade de acesso às farmácias, no entanto quando se introduz a variável referente ao meio de deslocação observa-se que grande parte da população a, partir do meio de deslocação automóvel, consegue aceder a uma farmácia com facilidade na maioria das regiões. Porém o mesmo não acontece quando a deslocação é realizada a pé e sobretudo quando esta é realizada pela a população mais idosa. A abordagem dasimétrica permite uma minuciosidade verificando ao nível das subseções aquelas que apresentam mais dificuldades de acesso a farmácias. A partir da identificação dos desertos de farmácia e da realização de um índice de vulnerabilidade social, é cruzada a informação dos desertos com as áreas com uma maior vulnerabilidade social concedendo a possibilidade de identificar novos locais para alocação de farmácias, que acontece sobretudo nas regiões interior/norte. Portanto, é notório que é necessário olhar para esta questão pois existe debilidades na rede de acessibilidades a farmácias, onde a faixa etária dos idosos é mais prejudicada e as regiões no interior mais afetadas. A revisão de certas medidas e a criação de novas será uma reflexão necessária a fazer de modo a criar uma rede homogénea e eficaz. Ainda assim é importante referir que a solução não passa apenas pela alocação de farmácias, mas também pela revisão dos seus critérios de alocação e outras soluções como a entrega de medicamentos ao domicílio, pois nem sempre é rentável do ponto de vista económico abrir uma farmácia em certas áreas menos povoadas.Health is one of the most important conditions in everyone's life. However, health and well-being are not only about going to the doctor or having a medical exam. Health and well-being are also about having access to medicines, therapy and medical treatments quickly and effectively. Therefore, having access to medicines is a condition that has a great impact in the quality of life of an entire population. This report's purpose is to raise awareness about some regions in Portugal that are poorly served with community pharmacies. Additionally, it will allow identifying pharmacy deserts, understanding which regions are better and worst served. This way we will be able to identify some locations where we can install pharmacies in order to overcome poor accessibility. To do this, it was decided to map the community pharmacies through geocoding methods and to take data form the subsection for the characterization of the population. However, the use of BGE and BGRI allows a dasimetric approach (a large-scale geodemographic dataset), contradicting the most common procedures where statistical data are normalized using land. This innovative approach grants a point-level analysis and consequently a more realistic modelling. Just like what is observed in the Portuguese territory, pharmacy deserts follow the same line. Interior regions find it more difficult to access pharmacies. However, the majority of the population find it easier to access pharmacies, if they are able to drive a car. Elder people, who often travel by foot, find it more difficult to access pharmacies. This dasimetric approach allows a thoroughness by checking at the level of the subsections those that present more difficulties of access to pharmacies. From identifying pharmacy deserts and the realization of a social vulnerable index, we are able to cross information about areas with a higher social vulnerability, allowing to identify new locations for pharmacies, which normally happens in the interior and north regions. Therefore, it is necessary to look deeper into this subject because there is a weakness in the network of pharmacies accessibility, where the elderly age group and the interior regions are often more affected by it. In order to create an effective network, it is necessary to review some measures and create new ones. Still, it is important to mention that the solution is not only to allocate pharmacies, but also review their allocation criteria and other methods, like home delivery of the medicines. It is important to have different options, since is not always profitable to open a pharmacy in certain less populated areas.Rocha, JorgeVasconcelos, João Viljoen deRepositório da Universidade de LisboaMartins, Bernardo Miguel Zambujo Cabrita2022-04-21T13:43:40Z2022-04-062022-04-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/52508TID:202996123porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:57:46Zoai:repositorio.ul.pt:10451/52508Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:36.421186Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A saúde é das condições mais importantes na vida de todos, no entanto a saúde e o bem-estar não se traduz numa ida ao médico ou na realização de um exame, é também poder ter acesso a medicamentos e tratamentos de forma rápida e eficaz. Sendo por isto, o acesso a medicação uma condição que tem uma afetação na qualidade de vida das populações. E é neste sentido que surge este relatório em que pretende perceber quais as áreas em Portugal continental que estão mal servidas por farmácias comunitárias. Assim permitindo identificar desertos de farmácias, perceber quais as áreas melhor e pior servidas ao nível regional e identificar possíveis locais para alocação de farmácias, de forma a debelar algumas das más acessibilidades. Para tal, optou-se por mapear as farmácias comunitárias através de métodos de geocodificação e retirar os dados dos censos à subsecção para a caraterização da população. Contudo, a utilização da BGE e BGRI permiti uma abordagem dasimétrica (um conjunto de dados geodemográficos de grande escala), contrariando assim os procedimentos mais comuns onde os dados estatísticos são normalizados com recurso ao uso do solo. Esta abordagem inovadora concede uma análise ao nível do ponto e consequentemente uma modelação mais realista. A semelhança do que se observa no território português ao nível das assimetrias regionais, os desertos de farmácias seguem a mesma linha. Sendo no interior que se verificar uma maior dificuldade de acesso às farmácias, no entanto quando se introduz a variável referente ao meio de deslocação observa-se que grande parte da população a, partir do meio de deslocação automóvel, consegue aceder a uma farmácia com facilidade na maioria das regiões. Porém o mesmo não acontece quando a deslocação é realizada a pé e sobretudo quando esta é realizada pela a população mais idosa. A abordagem dasimétrica permite uma minuciosidade verificando ao nível das subseções aquelas que apresentam mais dificuldades de acesso a farmácias. A partir da identificação dos desertos de farmácia e da realização de um índice de vulnerabilidade social, é cruzada a informação dos desertos com as áreas com uma maior vulnerabilidade social concedendo a possibilidade de identificar novos locais para alocação de farmácias, que acontece sobretudo nas regiões interior/norte. Portanto, é notório que é necessário olhar para esta questão pois existe debilidades na rede de acessibilidades a farmácias, onde a faixa etária dos idosos é mais prejudicada e as regiões no interior mais afetadas. A revisão de certas medidas e a criação de novas será uma reflexão necessária a fazer de modo a criar uma rede homogénea e eficaz. Ainda assim é importante referir que a solução não passa apenas pela alocação de farmácias, mas também pela revisão dos seus critérios de alocação e outras soluções como a entrega de medicamentos ao domicílio, pois nem sempre é rentável do ponto de vista económico abrir uma farmácia em certas áreas menos povoadas. |
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