Ser professor : marcas de identidade profissional equacionadas à luz da pedagogia social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/15481 |
Resumo: | O presente Sumário Executivo refere-se ao Relatório Reflexivo «Ser Professor: marcas de identidade profissional equacionadas à luz da Pedagogia Social», elaborado no âmbito do curso do Mestrado em Ciências da Educação, especialização em Pedagogia Social, da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa (FEP- UCP), Porto. O documento em referência centra-se nas experiências e vivências que consideramos terem tido maior relevância no desenvolvimento profissional ao longo de catorze anos e com inquietações que se prenderam com o relacionamento entra a escola, a família dos alunos e a comunidade em que atuam sendo concetualmente alicerçado no campo da Pedagogia Social enquanto ciência que sustenta processos educativos e de aprendizagem «na e com a vida» tendo presente a proposta de confluência ou ponto de encontro entre a Pedagogia Escolar e a Pedagogia Social. A motivação para este estudo foi surgindo ao longo dos anos com uma intensa vivência do ambiente escolar nacional. Por imperativo de carreira, temos passado por diversas escolas que correspondem a territórios e comunidades diversificadas. As nossas inquietações prendem-se com a tentativa de compreender que tipo de relação se estabelece entre a escola e os alunos que a frequentam, as suas famílias e o meio social em que estão inseridos. Que dinâmicas estão envolvidas nesta teia relacional e que contributos podem dar na promoção do sucesso educativo das crianças e jovens? Estas têm sido questões que se nos têm afigurado pertinentes e para as quais vamos tentando encontrar respostas ao longo do nosso percurso. O Relatório que aqui se apresenta pauta-se, sobretudo pelo relato de práticas que julgamos irem ao encontro das inquietações que enunciamos. Durante este período percorremos várias Escolas, desde Baião, a Pevidém, passando por centros mais urbanos como Famalicão ou Santo Tirso. Em todos eles procuramos compreender como é que a escola corresponde às expectativas dos alunos e das suas famílias, como é que o meio em que a escola se insere condiciona e determina este relacionamento e como se processa e gere a ligação da escola ao seu meio. Assim, toda esta reflexão foi sendo feita dando atenção a questões que se prenderam com a abertura da escola às famílias, com a criação e promoção de dinâmicas que tentaram promover e valorizar essa abertura. O Relatório encontra-se estruturado em três partes fundamentais e tem início com uma introdução de caráter geral. Na primeira parte procedemos ao relato das etapas principais do nosso percurso profissional. Iniciamos a reflexão a partir da formação inicial e de como chegamos à entrada na vida profissional. Ao procedermos à análise reflexiva do percurso profissional, procuramos alicerçar o processo de construção de conhecimento numa ótica de desenvolvimento humano que desemboca na conceção que detemos de Educação. Recordamos aqui Isabel Baptista (2008) na afirmação de que as Ciências da Educação se vêm, hoje, privadas de um «horizonte objectual estável» e como tal, procuramos alicerçar a presente reflexão numa ordem conceptual que implica uma «ligação orgânica entre aprendizagem, vida e experiência comunitária». A Pedagogia Social, ao configurar, como defende a autora, uma «variedade infinita de tempos e espaços» inerentes a qualquer dinâmica de aprendizagem permite-nos equacionar crítica e criativamente uma pluralidade praxiológica que vá de encontro à humanidade de cada um dos nossos alunos. Numa segunda parte debruçamos o nosso olhar sobre a atividade profissional que temos desenvolvido num lugar, para nós, de referência - a Escola Secundária D. Dinis em Santo Tirso. Entendemos, à luz do que defende Américo Perez (2000), que a Escola não pode ficar pela transmissão de conhecimentos, devendo assumir um papel socializador e de educação para os direitos humanos, preparando cidadãos comprometidos na construção de uma sociedade justa e democrática. Sobre este território, procuramos elaborar uma caraterização sumária porque com o mesmo autor defendemos que «o ensino e a educação se dirijam a um público específico num determinado país, região, comunidade ou localidade». Assim a importância de uma caraterização do território e sobre o qual aprofundaremos a nossa reflexão, pareceu-nos da maior pertinência. De modo mais ou menos concomitante com todos os desafios que se colocam ao exercício da profissão docente, consideramos ainda pertinente proceder a uma reflexão sobre experiências que julgamos terem influenciado a construção da nossa identidade enquanto Professora. Conforme teremos oportunidade de realçar nas considerações finais, se tal não for um exercício efetivo, o que o professor terá para dar de si será bem pouco. |
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O documento em referência centra-se nas experiências e vivências que consideramos terem tido maior relevância no desenvolvimento profissional ao longo de catorze anos e com inquietações que se prenderam com o relacionamento entra a escola, a família dos alunos e a comunidade em que atuam sendo concetualmente alicerçado no campo da Pedagogia Social enquanto ciência que sustenta processos educativos e de aprendizagem «na e com a vida» tendo presente a proposta de confluência ou ponto de encontro entre a Pedagogia Escolar e a Pedagogia Social. A motivação para este estudo foi surgindo ao longo dos anos com uma intensa vivência do ambiente escolar nacional. Por imperativo de carreira, temos passado por diversas escolas que correspondem a territórios e comunidades diversificadas. As nossas inquietações prendem-se com a tentativa de compreender que tipo de relação se estabelece entre a escola e os alunos que a frequentam, as suas famílias e o meio social em que estão inseridos. Que dinâmicas estão envolvidas nesta teia relacional e que contributos podem dar na promoção do sucesso educativo das crianças e jovens? Estas têm sido questões que se nos têm afigurado pertinentes e para as quais vamos tentando encontrar respostas ao longo do nosso percurso. O Relatório que aqui se apresenta pauta-se, sobretudo pelo relato de práticas que julgamos irem ao encontro das inquietações que enunciamos. Durante este período percorremos várias Escolas, desde Baião, a Pevidém, passando por centros mais urbanos como Famalicão ou Santo Tirso. Em todos eles procuramos compreender como é que a escola corresponde às expectativas dos alunos e das suas famílias, como é que o meio em que a escola se insere condiciona e determina este relacionamento e como se processa e gere a ligação da escola ao seu meio. Assim, toda esta reflexão foi sendo feita dando atenção a questões que se prenderam com a abertura da escola às famílias, com a criação e promoção de dinâmicas que tentaram promover e valorizar essa abertura. O Relatório encontra-se estruturado em três partes fundamentais e tem início com uma introdução de caráter geral. Na primeira parte procedemos ao relato das etapas principais do nosso percurso profissional. Iniciamos a reflexão a partir da formação inicial e de como chegamos à entrada na vida profissional. Ao procedermos à análise reflexiva do percurso profissional, procuramos alicerçar o processo de construção de conhecimento numa ótica de desenvolvimento humano que desemboca na conceção que detemos de Educação. Recordamos aqui Isabel Baptista (2008) na afirmação de que as Ciências da Educação se vêm, hoje, privadas de um «horizonte objectual estável» e como tal, procuramos alicerçar a presente reflexão numa ordem conceptual que implica uma «ligação orgânica entre aprendizagem, vida e experiência comunitária». A Pedagogia Social, ao configurar, como defende a autora, uma «variedade infinita de tempos e espaços» inerentes a qualquer dinâmica de aprendizagem permite-nos equacionar crítica e criativamente uma pluralidade praxiológica que vá de encontro à humanidade de cada um dos nossos alunos. Numa segunda parte debruçamos o nosso olhar sobre a atividade profissional que temos desenvolvido num lugar, para nós, de referência - a Escola Secundária D. Dinis em Santo Tirso. Entendemos, à luz do que defende Américo Perez (2000), que a Escola não pode ficar pela transmissão de conhecimentos, devendo assumir um papel socializador e de educação para os direitos humanos, preparando cidadãos comprometidos na construção de uma sociedade justa e democrática. Sobre este território, procuramos elaborar uma caraterização sumária porque com o mesmo autor defendemos que «o ensino e a educação se dirijam a um público específico num determinado país, região, comunidade ou localidade». Assim a importância de uma caraterização do território e sobre o qual aprofundaremos a nossa reflexão, pareceu-nos da maior pertinência. De modo mais ou menos concomitante com todos os desafios que se colocam ao exercício da profissão docente, consideramos ainda pertinente proceder a uma reflexão sobre experiências que julgamos terem influenciado a construção da nossa identidade enquanto Professora. 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