Estigma e literacia nos profissionais da Póvoa de Varzim - "A doença mental não é um bicho de 7 cabeças"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/21774 |
Resumo: | O estigma perante a doença mental tem assumido grande destaque, tendo em conta o aumento das atitudes e comportamentos por parte da sociedade. No entanto, estas atitudes e comportamentos não existem apenas na população em geral, mas também são prevalentes nos profissionais ligados à área da saúde mental, sendo a literacia em saúde mental uma das principais barreiras associadas a esta problemática. Neste contexto, a promoção da literacia em saúde mental constitui uma oportunidade e desafio de saúde pública. O principal objetivo do estudo é analisar o conhecimento em saúde mental, e as atitudes e comportamentos estigmatizantes dos profissionais, em diferentes instituições de saúde da Póvoa de Varzim, bem como a influência de algumas variáveis sociodemográficas. Foi realizado um inquérito presencial a profissionais de entidades públicas de saúde do concelho da Póvoa de Varzim (N=58), recorrendo-se a um questionário sociodemográfico, as escalas MHPK-10 e RIBS, e ao questionário CAMI. Realizou-se ainda análise da relação das escalas utilizadas e algumas variáveis sociodemográficas. A escala MHPK-10 indica que a amostra apresenta um elevado nível de conhecimento em saúde mental, sendo que apenas se constataram diferenças significativas ao nível do género (p=0,109), onde o sexo feminino obteve valores mais elevados. A Escala RIBS, indica que no geral os profissionais apresentaram comportamentos estigmatizantes face às pessoas com doença mental, no entanto, a variável habilitações académicas influência esse comportamento, uma vez que quanto maior for o nível académico, maior o comportamento discriminatório (p=0,037). No Questionário CAMI constata-se que os participantes apresentaram valores reduzidos, no que se refere a atitudes estigmatizantes em relação às pessoas com doença mental. Nesta escala apenas se verificaram diferenças significativas entre o grupo de solteiros e de divorciados (p=0,023) e existiu ainda correlação com as variáveis idades (p=0,001) e habilitações académicas (p˂0,001), sendo que quando aumenta a idade, aumentam as atitudes e quando aumenta o grau académico, diminuem as atitudes estigmatizantes. No geral, e apesar de existir influência das variáveis em estudo, os participantes apresentam elevados níveis de conhecimento relativamente à saúde mental, e comportamentos e atitudes estigmatizantes reduzidas face a pessoas com doença mental. Considera-se importante alargar este estudo a uma população de profissionais mais abrangente, uma vez que existiram limitações que restringiram a diversidade de resultados neste estudo. |
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O estigma perante a doença mental tem assumido grande destaque, tendo em conta o aumento das atitudes e comportamentos por parte da sociedade. No entanto, estas atitudes e comportamentos não existem apenas na população em geral, mas também são prevalentes nos profissionais ligados à área da saúde mental, sendo a literacia em saúde mental uma das principais barreiras associadas a esta problemática. Neste contexto, a promoção da literacia em saúde mental constitui uma oportunidade e desafio de saúde pública. O principal objetivo do estudo é analisar o conhecimento em saúde mental, e as atitudes e comportamentos estigmatizantes dos profissionais, em diferentes instituições de saúde da Póvoa de Varzim, bem como a influência de algumas variáveis sociodemográficas. Foi realizado um inquérito presencial a profissionais de entidades públicas de saúde do concelho da Póvoa de Varzim (N=58), recorrendo-se a um questionário sociodemográfico, as escalas MHPK-10 e RIBS, e ao questionário CAMI. Realizou-se ainda análise da relação das escalas utilizadas e algumas variáveis sociodemográficas. A escala MHPK-10 indica que a amostra apresenta um elevado nível de conhecimento em saúde mental, sendo que apenas se constataram diferenças significativas ao nível do género (p=0,109), onde o sexo feminino obteve valores mais elevados. A Escala RIBS, indica que no geral os profissionais apresentaram comportamentos estigmatizantes face às pessoas com doença mental, no entanto, a variável habilitações académicas influência esse comportamento, uma vez que quanto maior for o nível académico, maior o comportamento discriminatório (p=0,037). No Questionário CAMI constata-se que os participantes apresentaram valores reduzidos, no que se refere a atitudes estigmatizantes em relação às pessoas com doença mental. Nesta escala apenas se verificaram diferenças significativas entre o grupo de solteiros e de divorciados (p=0,023) e existiu ainda correlação com as variáveis idades (p=0,001) e habilitações académicas (p˂0,001), sendo que quando aumenta a idade, aumentam as atitudes e quando aumenta o grau académico, diminuem as atitudes estigmatizantes. No geral, e apesar de existir influência das variáveis em estudo, os participantes apresentam elevados níveis de conhecimento relativamente à saúde mental, e comportamentos e atitudes estigmatizantes reduzidas face a pessoas com doença mental. Considera-se importante alargar este estudo a uma população de profissionais mais abrangente, uma vez que existiram limitações que restringiram a diversidade de resultados neste estudo. |
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