Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014 |
Resumo: | A designação "espécies reactivas" (ER) é utilizada para englobar os radicais livres e outras moléculas, as quais, apesar de não possuírem átomos com electrões desemparelhados, são potencialmente geradoras desses radicais. Estas substâncias, naturalmente formadas em situações basais pelo metabolismo celular, são capazes, devido à sua elevada reactividade, de modificar a maioria das moléculas biológicas, colocando em risco a funcionalidade e a viabilidade celular. Particularmente a nível muscular esquelético, a mitocôndria parece constituir a principal fonte e, simultaneamente, o principal alvo das ER. No entanto, a Xantina Oxidase, a Fosfolipase A2, a desaminação das catecolaminas, assim como a infiltração tecidual pós-exercício de leucócitos, poderão contribuir também como fontes adicionais de ER nos músculos exercitados. A ocorrência e a intensidade do resultante dano oxidativo, tanto no músculo esquelético, como nos restantes órgãos e tecidos corporais, para além da taxa de síntese de ER, estão também dependente da capacidade antioxidante que o tecido expressa, quer à custa de antioxidantes endógenos, quer exógenos provenientes da dieta. Essa capacidade antioxidante depende não só do papel específico de cada um dos mecanismos antioxidantes, enzimáticos e não enzimáticos, como também da cooperação entre os mesmos. Como resultado do exercício físico agudo, as taxas de produção de ER de oxigénio aumentam, tal como o dano muscular causado por estes mesmos compostos. Contudo, com a repetição regular do exercício físico (treino), os resultados da literatura mostram que os músculos aumentam a sua capacidade antioxidante, tornando-os mais protegidos contra as ER formadas, não só em repouso, como também durante os exercícios agudos subsequentes. |
id |
RCAP_adf38296c1e0740fb2ddfc9262187f2d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1645-05232007000200014 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físicoradicais livresespécies reactivasantioxidanteslesão oxidativaexercício exaustivoexercício regularA designação "espécies reactivas" (ER) é utilizada para englobar os radicais livres e outras moléculas, as quais, apesar de não possuírem átomos com electrões desemparelhados, são potencialmente geradoras desses radicais. Estas substâncias, naturalmente formadas em situações basais pelo metabolismo celular, são capazes, devido à sua elevada reactividade, de modificar a maioria das moléculas biológicas, colocando em risco a funcionalidade e a viabilidade celular. Particularmente a nível muscular esquelético, a mitocôndria parece constituir a principal fonte e, simultaneamente, o principal alvo das ER. No entanto, a Xantina Oxidase, a Fosfolipase A2, a desaminação das catecolaminas, assim como a infiltração tecidual pós-exercício de leucócitos, poderão contribuir também como fontes adicionais de ER nos músculos exercitados. A ocorrência e a intensidade do resultante dano oxidativo, tanto no músculo esquelético, como nos restantes órgãos e tecidos corporais, para além da taxa de síntese de ER, estão também dependente da capacidade antioxidante que o tecido expressa, quer à custa de antioxidantes endógenos, quer exógenos provenientes da dieta. Essa capacidade antioxidante depende não só do papel específico de cada um dos mecanismos antioxidantes, enzimáticos e não enzimáticos, como também da cooperação entre os mesmos. Como resultado do exercício físico agudo, as taxas de produção de ER de oxigénio aumentam, tal como o dano muscular causado por estes mesmos compostos. Contudo, com a repetição regular do exercício físico (treino), os resultados da literatura mostram que os músculos aumentam a sua capacidade antioxidante, tornando-os mais protegidos contra as ER formadas, não só em repouso, como também durante os exercícios agudos subsequentes.Faculdade de Desporto da Universidade do Porto2007-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v.7 n.2 2007reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014Ferreira,FilipeFerreira,RitaDuarte,José Albertoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:16:41Zoai:scielo:S1645-05232007000200014Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:25:34.628371Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
title |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
spellingShingle |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico Ferreira,Filipe radicais livres espécies reactivas antioxidantes lesão oxidativa exercício exaustivo exercício regular |
title_short |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
title_full |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
title_fullStr |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
title_full_unstemmed |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
title_sort |
Stress oxidativo e dano oxidativo muscular esquelético: influência do exercício agudo inabitual e do treino físico |
author |
Ferreira,Filipe |
author_facet |
Ferreira,Filipe Ferreira,Rita Duarte,José Alberto |
author_role |
author |
author2 |
Ferreira,Rita Duarte,José Alberto |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira,Filipe Ferreira,Rita Duarte,José Alberto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
radicais livres espécies reactivas antioxidantes lesão oxidativa exercício exaustivo exercício regular |
topic |
radicais livres espécies reactivas antioxidantes lesão oxidativa exercício exaustivo exercício regular |
description |
A designação "espécies reactivas" (ER) é utilizada para englobar os radicais livres e outras moléculas, as quais, apesar de não possuírem átomos com electrões desemparelhados, são potencialmente geradoras desses radicais. Estas substâncias, naturalmente formadas em situações basais pelo metabolismo celular, são capazes, devido à sua elevada reactividade, de modificar a maioria das moléculas biológicas, colocando em risco a funcionalidade e a viabilidade celular. Particularmente a nível muscular esquelético, a mitocôndria parece constituir a principal fonte e, simultaneamente, o principal alvo das ER. No entanto, a Xantina Oxidase, a Fosfolipase A2, a desaminação das catecolaminas, assim como a infiltração tecidual pós-exercício de leucócitos, poderão contribuir também como fontes adicionais de ER nos músculos exercitados. A ocorrência e a intensidade do resultante dano oxidativo, tanto no músculo esquelético, como nos restantes órgãos e tecidos corporais, para além da taxa de síntese de ER, estão também dependente da capacidade antioxidante que o tecido expressa, quer à custa de antioxidantes endógenos, quer exógenos provenientes da dieta. Essa capacidade antioxidante depende não só do papel específico de cada um dos mecanismos antioxidantes, enzimáticos e não enzimáticos, como também da cooperação entre os mesmos. Como resultado do exercício físico agudo, as taxas de produção de ER de oxigénio aumentam, tal como o dano muscular causado por estes mesmos compostos. Contudo, com a repetição regular do exercício físico (treino), os resultados da literatura mostram que os músculos aumentam a sua capacidade antioxidante, tornando-os mais protegidos contra as ER formadas, não só em repouso, como também durante os exercícios agudos subsequentes. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-08-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014 |
url |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-05232007000200014 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v.7 n.2 2007 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1817551357672947712 |