Cururu: os recantos do espaço vivido no canto proferido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9058 |
Resumo: | Este artigo apresenta um dos mais típicos habitantes do interior dos sertões brasileiros e uma de suas práticas culturais, o caipira e o cururu. Indivíduo em grande contato com a natureza e fruto da miscigenação entre portugueses e índios, foi um dos principais povoadores e desbravadores dos sertões desde as caravanas articuladas pelo governo português em busca de ouro e mão de obra escrava indígena, as denominadas bandeiras. Após a coroa portuguesa se desinteressar pela já decadente e rala economia aurífera e pelas mal fadadas tentativas de implantação da monocultura açucareira no século XVI, aos poucos se fixaria nas antigas paragens formadas ao longo dos caminhos que percorria, tornando-se algumas dessas em freguesias, vilas e posteriormente cidades. Desta maneira, o artigo visa apresentar, a partir de uma sucinta exposição do caipira, não só a importância da herança cultural incorporada pelos povos que lhe deram origem, mas também a relação com o espaço que nutriu no decorrer do desbravamento que realizava pelos sertões, principalmente o paulista. Desta forma, o artigo esboça um pouco da cultura desse tipo humano por intermédio do cururu, sua manifestação musical mais típica e ainda resistente nos meios urbanizados do interior do estado de São Paulo, fazendo com que esta representação sócio-espacial ainda se mantenha viva neste canto. O cururu seria então entendido aqui não só como uma ferramenta que evidencia um passado existente, mas uma articulação entre tradição (identidade) e memória que ainda realça sua importância no presente. |
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Cururu: os recantos do espaço vivido no canto proferidoCururu: os recantos do espaço vivido no canto proferidoCururu: os recantos do espaço vivido no canto proferidoArticleEste artigo apresenta um dos mais típicos habitantes do interior dos sertões brasileiros e uma de suas práticas culturais, o caipira e o cururu. Indivíduo em grande contato com a natureza e fruto da miscigenação entre portugueses e índios, foi um dos principais povoadores e desbravadores dos sertões desde as caravanas articuladas pelo governo português em busca de ouro e mão de obra escrava indígena, as denominadas bandeiras. Após a coroa portuguesa se desinteressar pela já decadente e rala economia aurífera e pelas mal fadadas tentativas de implantação da monocultura açucareira no século XVI, aos poucos se fixaria nas antigas paragens formadas ao longo dos caminhos que percorria, tornando-se algumas dessas em freguesias, vilas e posteriormente cidades. Desta maneira, o artigo visa apresentar, a partir de uma sucinta exposição do caipira, não só a importância da herança cultural incorporada pelos povos que lhe deram origem, mas também a relação com o espaço que nutriu no decorrer do desbravamento que realizava pelos sertões, principalmente o paulista. Desta forma, o artigo esboça um pouco da cultura desse tipo humano por intermédio do cururu, sua manifestação musical mais típica e ainda resistente nos meios urbanizados do interior do estado de São Paulo, fazendo com que esta representação sócio-espacial ainda se mantenha viva neste canto. O cururu seria então entendido aqui não só como uma ferramenta que evidencia um passado existente, mas uma articulação entre tradição (identidade) e memória que ainda realça sua importância no presente.This article presents one of the most typical inhabitants of the interior of the Brazilian «sertões» and one of its cultural practices, the «caipira» and «cururu». An individual in great contact with nature and fruit of the miscegenation between Portuguese and Indians, he was one of the main settlers and explorers of the sertões from the caravans articulated by the Portuguese government in search of gold and indigenous slave labor, the so-called flags. After the Portuguese crown, it was not interested in the already decadent and scarce gold economy and by the ill-fated attempts to implant the sugar monoculture in the sixteenth century, gradually it would be fixed in the old stops formed along the paths that traveled, becoming some of these in parishes, towns and cities. In this way, the article aims to present, from a succinct exposition of the caipira, not only the importance of the cultural inheritance incorporated by the peoples that gave rise to it, but also the relation with the space that nurtured during the course of the exploration, especially the Paulista. In this way, the article sketches a little of the culture of this human type through cururu, its most typical and still resistant musical manifestation in urbanized environments of the interior of the state of São Paulo, making this socio-spatial representation still live in this corner. Cururu would then be understood here not only as a tool that evidences an existing past, but a link between tradition (identity) and memory that still highlights its importance in the present.This article presents one of the most typical inhabitants of Brazilian hinterlands as well as one of his major cultural practices: the caipira and the cururu, respectively. The caipira have always been in great contact with nature and is the result of miscegenation between the Portuguese people and the Brazilian Indigenous. They were the major settlers and explorers of Brazilian hinterlands after the caravans, also known as bandeiras, were established by the Portuguese in the search for gold and indigenous slave labor. Once the Portuguese Crown lost interest in the decaying and weak auriferous colony and after unsuccessfully attempting to establish sugar cane monoculture during the 16th century; parishes, villages and cities were slowly established in the stops previously founded along the way. Thus, by means of briefly presenting the caipira, this article aims at discussing the importance of their cultural heritage as well as the relationship established between these people and the space created while exploring Brazilian hinterlands, especially the territory of São Paulo. Furthermore, the present study also outlines the major cultural aspects of these people by means of presenting cururu, their most typical form of musical expression. Cururu resists in the urbanized centers of the interior of São Paulo, thereby allowing the social-spatial representation to outlive in this chant. Therefore, cururu is understood not only as a tool that evinces the past, but also as a means of articulating tradition (identity) and memory which continues to reinforce its importance at present.DINÂMIA'CET-Iscte2014-12-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/9058por2182-3030Victal, JaneCordova, Vitor Sartoriinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T16:02:35Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9058Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:43.895315Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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