Design epidérmico: do uso à experiência uma perspectiva de design experiencial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque, Miguel
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/5317
Resumo: A necessidade do culto da imagem e o exponencial aumento do consumo, bem como a urgente intensificação da dimensão da moda, revelam-se em algo que se expressa à flor da pele. Se em tempos a pele foi sendo entendida como estanque e imutável, como produto de um acaso da natureza, como algo perene e eterno, esta parece ter vindo, aos poucos, a perder essa dimensão axiomática. Assim, e ao invés de uma obrigatoriedade, a pele encerra-se cada vez mais como uma possibilidade, como uma alternativa, como fruto de uma opção individual e contextual. As crescentes possibilidades de alterar a forma e feitio, bem como a sua dimensão eminentemente reactiva e interactiva, fazem com que o conceito de pele se aproxime cada vez mais do design: na sua forma potencialmente mutável (morfologia), na íntima relação que o sujeito desenvolve com o tempo e o espaço em que se insere (“espumas”), na construção de um acontecimento e acção constantes (performance), na possível experiência que dela se pode retirar (experiência e uso). Neste sentido pele e design remetem, ambos, para algo que determina e é determinado, que julga e é julgado, que molda e é moldado proporcionando, a todo o instante, uma possível realidade e experiência centradas no design e no utilizador.
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