Concepções e práticas de professores de matemática : contributos para o estudo da pergunta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/39287 |
Resumo: | Tese de Mestrado em Educação (Didáctica da Matemática), Universidade de Lisboa, 1995 |
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Concepções e práticas de professores de matemática : contributos para o estudo da perguntaProfessores de matemáticaMatemática - Estudo e ensinoPráticas educativasAprendizagemComunicaçãoDiscursosFactores sociaisConcepçãoTeses de mestrado - 1995Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da EducaçãoTese de Mestrado em Educação (Didáctica da Matemática), Universidade de Lisboa, 1995Este trabalho tem como objectivo estudar as concepções de professores de Matemática, sobre o ensino e a aprendizagem, e as suas práticas da sala de aula. Em relação a estas, pretende- se estudar o uso que o professor faz da pergunta. Para isso, procura-se dar resposta às seguintes questões: (1) Quais as concepções dos professores sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática? (2) Que importância conferem os professores ao questionamento na aula de Matemática? (3) Que tipo de perguntas formulam os professores nas aulas e como se enquadram nas suas práticas? (4) Quais os efeitos das perguntas dos professores na participação dos alunos nas aulas? (5) De que forma as concepções dos professores se relacionam com o tipo de questionamento que utilizam? Em face dos objectivos do estudo, decidiu-se optar por uma metodologia qualitativa sob forma de dois estudos de caso. Os dados foram recolhidos através da observação/gravação de aulas, de entrevistas e da análise documental. Relativamente às concepções sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática, os professores evidenciam posições contrastantes. Enquanto um deles entende que o ensino da disciplina deve focar o desenvolvimento de capacidades dos alunos, o outro coloca a tónica na aquisição de conhecimentos. Em consequência, os professores concebem de forma diferente a natureza das tarefas a propor, os meios, os papéis do professor e do aluno e a avaliação. Ambos os professores atribuem uma grande importância ao questionamento na aula de Matemática. A pergunta surge intimamente relacionada com a ideia que têm da participação dos alunos. Apresentam como finalidades das perguntas: (i) teste de conhecimentos; (ii) criação de conhecimentos; (iii) desenvolvimento de capacidades; (iv) promoção/manutenção de comportamentos do foro disciplinar. A. pergunta corresponde a um acto de discurso muito utilizado pelos professores. Ambos privilegiam as perguntas que traduzem pedidos de respostas verbais dos alunos. Destas, um número significativo, representa uma solicitação de informações consideradas necessárias para o decorrer das aulas. Das perguntas que não visam a obtenção de uma resposta verbal dos alunos, são de destacar aquelas que pretendem a alteração de comportamentos de cariz disciplinar. As falsas perguntas sobre temas da Matemática têm um peso reduzido no discurso dos dois professores, tal como acontece com as perguntas reais. As perguntas teste são mais utilizadas pelo professor que enfatiza a aquisição de conhecimentos pelos alunos. Ambos os professores empregam com frequência as perguntas de desenvolvimento, principalmente as convergentes. O professor que privilegia o desenvolvimento de capacidades dos alunos tende a formular um número substancialmente superior de perguntas divergentes. Os alunos têm uma participação diferenciada nas aulas consoante as perguntas formuladas pelos professores. As perguntas de asserção e as enfatizantes, que funcionam como apoio ao discurso do professor, visam ganhar a atenção dos alunos para aquilo que está a ser dito. As perguntas teste levam a uma participação individualizada dos alunos, que não sentem necessidade de cooperarem uns com os outros. As perguntas convergentes conduzem a reacções diferentes dos alunos se são colocadas a toda a turma ou a grupos particulares. No primeiro caso, tendem a induzir uma resposta imediata e, por vezes, pouco reflectida, enquanto que no segundo, as perguntas convergentes induzem os alunos a dialogarem uns com os outros. As perguntas divergentes originam, nos alunos, reacções diferentes consoante as situações. As mais frequentes são a discussão entre os alunos e os silêncios (quando a pergunta é pouco clara). Estas perguntas surgem, normalmente, associadas aos momentos de discussão dos problemas. A relação entre as concepções dos professores — sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática — e as práticas da aula (em relação ao uso que aqueles fazem da pergunta) é dialéctica, isto é, trata-se de uma relação de mútua influência. No entanto, é de assinalar uma apreciável consistência entre o tipo de perguntas a que o professor recorre e as suas concepções sobre o ensino e a aprendizagem da disciplina. A elevada frequência das perguntas, no discurso do professor, é consentânea com a importância que lhe atribuem. Na relação entre as concepções e as práticas, é de sublinhar a influência de factores de carácter social e do nível de reflexão dos professores.Ponte, João Pedro da, 1953-Repositório da Universidade de LisboaMenezes, L.2019-08-06T15:11:33Z19951995-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/39287porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:37:45Zoai:repositorio.ul.pt:10451/39287Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:53:03.653523Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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