Transpor o Género: representação do corpo trans como um outro no cinema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branco, Ricardo Joaquim
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/23487
Resumo: O projeto desenvolvido no âmbito do mestrado de Ciências da Comunicação na vertente de Cinema e Televisão articula esta reflexão académica intitulada Transpor o Género: representação do corpo trans como um outro no cinema com a curta-metragem de nome Rute. A curta-metragem rodada em Setembro de 2016 e com pós-produção até Fevereiro de 2017, constrói uma narrativa em torno da sua personagem central – uma rapariga trans de nome Rute – e um rapaz (que lhe era antes desconhecido) com quem ela inicia um passeio por vários locais de Lisboa; procurando caminhar por locais abandonados ou vazios de pessoas, Rute mantém uma posição de distância face à sociedade em que vive, mas na qual não se sente enquadrada – essa mesma decisão de escolher locais menos povoados para o seu encontro com o rapaz, torna-a cada vez mais isolada e vulnerável ao estranho que a acompanha. A curta-metragem, fundada numa investigação e interesse sobre a teoria de género e sobre os sistemas binários impostos a pessoas trans, pretende também refletir várias e determinadas questões, por exemplo, como o voyeurismo e os espaços virtuais exclusivos do dispositivo do cinema – bem como uma série de inspirações e imagéticas que surgiram ao longo do mestrado. Articulando a curta-metragem com esta reflexão crítica, o problema que se pretende identificar é a ambiguidade ética que assiste à construção de personagens trans no cinema, maioritariamente, mainstream; pretende-se ainda identificar de que formas esta questão pode ser problematizada apoiando essas noções em vários exemplos de filmes produzidos pelo circuito comercial, tal como por um outro cinema de cariz mais independente 8 que por vezes incorpora, desde logo, algumas noções de género nas suas construções narrativas.
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