Das ruínas e do pó – O mundo contemporâneo em Luís Quintais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Raquel Soares Tavares
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/53126
Resumo: O estudo apresentado propõe-se analisar a representação do mundo contemporâneo na obra poética de Luís Quintais. Reflete sobre a descrição que o poeta faz da cidade, partindo da imagética da ruína e desordem, e de um breve percurso pela cidade enquanto lugar na poesia. Os ecos e os vestígios são um material de destaque no ofício poético pela ponte que estabelecem entre presente e passado, resistência ao esquecimento /desaparecimento. Explora, também, o peso da herança histórica no diálogo do sujeito com o mundo, com a identidade da humanidade e a sua própria, esta última trabalhada, em particular, pelo recurso à memória. A atividade de rememoração é analisada pelo seu potencial de diálogo com o passado e compreensão do presente. Questiona também a viagem do sujeito na sua observação do que o rodeia e o impacto emocional baseado em sentimentos de tédio, medo, angústia e, de conflito com o mundo, mas também consigo mesmo, duelo entre o eu indivíduo e o tu poeta. Toda esta atividade lírica pulsa num ambiente de trevas, com descrições onde predominam as sombras, a noite, a obscuridão, e que, num plano maior, transparecem uma ideia de finitude, tragicidade, ultimamente, uma anunciação de destruição e esquecimento na qual a humanidade habita. No que diz respeito à linguagem, esta foi sempre tida como o fluxo condutor de todas as questões abordadas, por ser a demanda do sujeito quintaisiano: o alcançar da palavra que dê sentido ao seu redor. Uma viagem poética interminável e árdua que percorre os vários diálogos com os objetos de reflexão em cada poema e, assim, foi pensado o significado desta possibilidade de resistência perante a forma como o sujeito pressente a realidade atual, ao ir contra a tendência, ou dar significado à poesia, bem como a descoberta do fazer poesia como redenção.
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