A formação dos campos políticos na queda dos regimes autoritários. Portugal e Itália: paradigmas de recrutamento político
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/14372 |
Resumo: | O problema das elites políticas é de certeza uma das questões centrais para o estudo do funcionamento dos sistemas políticos. Crucial, em nosso entender, a relação entre crise de regime, transição e recrutamento político. Neste artigo são abordados esses processos em dois países do Sul da Europa: Itália e Portugal. O objectivo é ver como na única instituição que nunca deixou de existir - o Governo - se recompuseram as fracturas nos períodos de conjunturas críticas. Utilizando uma metodologia quantitativa - que leva em consideração variáveis de carácter político (filiação partidária, percurso nas instituições) - e qualitativa (cargos chave nos ministérios, biografias), percorremos o processo de re-construção da elite ministerial durante e após a transição. A investigação põe em relevo a dificuldade em encontrar elementos comuns entre estes dois países, sendo no caso italiano o campo político fortemente dissociado da sociedade civil e, no caso português, composto em grande parte por ministros alheios ao profissionalismo político tout court. Os dados evidenciam como as tradições de recrutamento político nacional são factores mais explicativos do que os possíveis paradigmas "Sul-europeus". O único elemento comum importante entre Itália e Portugal é, em momentos de grande crise, a confiança dos actores políticos em jogo nas altas patentes militares, elemento que não nos parece caracterizar unicamente estes dois países. |
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