Percepção de pseudo-palavras por idosos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Marta Isabel dos Santos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/9839
Resumo: Objectivo: Nas últimas décadas tem-se assistido a um aumento substancial da população idosa em muitos países, incluindo Portugal. Paralelamente, o desenvolvimento tecnológico tem conduzido à criação de novas ferramentas de comunicação, onde é crescente o uso de voz sintetizada. A presente dissertação pretende averiguar a existência de diferenças entre adultos jovens e idosos na capacidade de percepção de voz sintetizada. Método: Criação, automatização e aplicação de um teste de percepção, onde foram considerados como factores a idade (adultos e idosos), a taxa de elocução (lenta, normal e rápida) e o subcorpus em análise (modo, ponto de articulação, vozeamento e vogais). O corpus utilizado foi definido pela autora e sintetizado com recurso a tecnologia comercial. Os estímulos foram apresentados de forma aleatória a cada um dos 12 participantes, sem perdas auditivas e alterações cognitivas, que foram divididos em dois grupos: adultos (idade inferior a 65 anos) e idosos (idade igual ou superior a 65 anos). Resultados: As diferenças na percentagem de acerto entre os dois grupos etários não se revelaram estatisticamente significativas, à excepção da percepção do modo de articulação, que decresce significativamente com o aumento da idade - os idosos obtiveram uma percentagem de acerto para o modo 12% inferior à dos adultos. A utilização de uma taxa de elocução rápida obteve um impacto estatisticamente significativo, contribuindo para o decréscimo da percepção em cerca de 7%, quando comparada com uma taxa considerada normal. A utilização de discurso a uma taxa lenta não se traduziu em benefícios no desempenho. Com o método de síntese utilizado, verificou-se que, para uma taxa rápida, as consoantes posteriores e não vozeadas são as mais fáceis de percepcionar, enquanto que as vogais mais robustas a uma taxa rápida são /a/, /i/ e /u/. Conclusão: Prevê-se que a utilização de discurso sintetizado em novas formas de interacção (como aplicações interactivas) e de diagnóstico e intervenção terapêutica seja possível com a população idosa em Portugal. Contudo, tendo em conta os resultados obtidos neste estudo, com este método de síntese é aconselhada uma taxa de elocução normal, semelhante à da fala natural.
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Os estímulos foram apresentados de forma aleatória a cada um dos 12 participantes, sem perdas auditivas e alterações cognitivas, que foram divididos em dois grupos: adultos (idade inferior a 65 anos) e idosos (idade igual ou superior a 65 anos). Resultados: As diferenças na percentagem de acerto entre os dois grupos etários não se revelaram estatisticamente significativas, à excepção da percepção do modo de articulação, que decresce significativamente com o aumento da idade - os idosos obtiveram uma percentagem de acerto para o modo 12% inferior à dos adultos. A utilização de uma taxa de elocução rápida obteve um impacto estatisticamente significativo, contribuindo para o decréscimo da percepção em cerca de 7%, quando comparada com uma taxa considerada normal. A utilização de discurso a uma taxa lenta não se traduziu em benefícios no desempenho. Com o método de síntese utilizado, verificou-se que, para uma taxa rápida, as consoantes posteriores e não vozeadas são as mais fáceis de percepcionar, enquanto que as vogais mais robustas a uma taxa rápida são /a/, /i/ e /u/. Conclusão: Prevê-se que a utilização de discurso sintetizado em novas formas de interacção (como aplicações interactivas) e de diagnóstico e intervenção terapêutica seja possível com a população idosa em Portugal. Contudo, tendo em conta os resultados obtidos neste estudo, com este método de síntese é aconselhada uma taxa de elocução normal, semelhante à da fala natural.Objective/Theme: In the last decades there has been a substantial growth in the elderly population in many countries, including Portugal. At the same time, the technological development led to the creation of new communication tools, where the use of synthesized voice is increasing. This study aims to investigate the existence of differences between young adults and old adults on the ability of perception of synthesized speech. Method: Creation, automatization and application of a perception test, where were considered as factors the age (adults and old adults), speech rate (slow, normal, fast) and the subcorpus in analysis (manner and place features, voicing and vowels). The corpus was defined by the author and synthesized with commercial technology. The stimuli were presented randomly to each of the 12 participants, without cognitive impairment or hearing loss, who were divided into two groups: adults (less than 65 years) and old adults (equal or more than 65 years). Results: The differences on the percentage of correct answers between the two groups weren't statically significant except for perception of the manner features, which decreases with aging - old adults failed 12% more than adults. Increasing the speed rate had a statically significant impact, leading to the decrease of the perception in 7%, when compared with a normal speed rate. The use of slowed speech revealed no benefit for the performance. With the synthesis method used posterior and voiceless consonants are the easiest to percept, while the most robust vowels using a fast rate are /a/, /i/ and /u/. Conclusion: It is expected that the use of synthesized speech in new tools of interaction (such as interactive mobile applications) and in therapeutic assessment and treatment is possible with elderly people in Portugal. However, the results suggest that, with this synthesis method, the use of a normal rate of speech (similar to natural speech) is more effective.Universidade de Aveiro2013-03-06T16:46:42Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/9839porOliveira, Marta Isabel dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:17:03Zoai:ria.ua.pt:10773/9839Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:46:35.227178Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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