Avaliação de atitudes de estudantes de medicina face à doença mental : efeito do género e do contacto com pessoas com doença mental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/23847 |
Resumo: | A dimensão dos problemas de saúde mental e o seu impacto é atualmente uma problemática inquestionável (World Health Organization (WHO), 2001), exigindo uma intervenção a diversos níveis. Ao longo dos últimos anos múltiplas iniciativas identificaram o estigma na doença mental como uma das áreas prioritárias de intervenção (WHO, 2001; WHO, 2008). Da mesma forma que a população em geral, a classe médica e os estudantes de Medicina, diretamente ligados à intervenção na doença mental, apresentam atitudes estigmatizantes face à mesma (Markström et al., 2009; Lauber, Anthony, Ajdacic-Gross, & Rössler, 2004; Rowe, 2012; Neauport et al., 2012). No entanto, apesar de esta temática ser amplamente estudada internacionalmente, em Portugal isto não acontece. Em contexto português, apenas foram realizadas duas investigações com o objetivo de avaliar o estigma em estudantes de Medicina (Xavier & Almeida, 1999; Pinhal, 2010). Daqui decorre a importância de se perceber como é que esta redução do estigma se pode efetivar em contexto universitário, na medida em que melhorará não só a qualidade da formação, como os cuidados que irão futuramente prestar. Neste estudo, com base numa amostra de 86 alunos de sete faculdades de Medicina portuguesas, pretendeu avaliar-se as atitudes face à doença mental, a existência de diferenças de género e o impacto do conhecimento e do contacto com pessoas com doença mental, com recurso à escala Mental Illness: Clinician´s Attitudes (MICA). De um modo geral, os resultados demonstraram a existência de atitudes estigmatizantes por parte dos estudantes de Medicina, o que é corroborado pela literatura. Salienta-se, portanto, a importância de repensar a formação médica na área do estigma associado à doença mental, com o objetivo de proporcionar uma melhoria qualitativa nos cuidados a prestar às pessoas com doença mental, combatendo o estigma no decorrer da formação médica. |
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Avaliação de atitudes de estudantes de medicina face à doença mental : efeito do género e do contacto com pessoas com doença mentalEstigmaDoença mentalEstudantes de medicinaGéneroConhecimentoContactoStigmaMental illnessMedicine studentsGenderAcquaintanceContactDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaA dimensão dos problemas de saúde mental e o seu impacto é atualmente uma problemática inquestionável (World Health Organization (WHO), 2001), exigindo uma intervenção a diversos níveis. Ao longo dos últimos anos múltiplas iniciativas identificaram o estigma na doença mental como uma das áreas prioritárias de intervenção (WHO, 2001; WHO, 2008). Da mesma forma que a população em geral, a classe médica e os estudantes de Medicina, diretamente ligados à intervenção na doença mental, apresentam atitudes estigmatizantes face à mesma (Markström et al., 2009; Lauber, Anthony, Ajdacic-Gross, & Rössler, 2004; Rowe, 2012; Neauport et al., 2012). No entanto, apesar de esta temática ser amplamente estudada internacionalmente, em Portugal isto não acontece. Em contexto português, apenas foram realizadas duas investigações com o objetivo de avaliar o estigma em estudantes de Medicina (Xavier & Almeida, 1999; Pinhal, 2010). Daqui decorre a importância de se perceber como é que esta redução do estigma se pode efetivar em contexto universitário, na medida em que melhorará não só a qualidade da formação, como os cuidados que irão futuramente prestar. Neste estudo, com base numa amostra de 86 alunos de sete faculdades de Medicina portuguesas, pretendeu avaliar-se as atitudes face à doença mental, a existência de diferenças de género e o impacto do conhecimento e do contacto com pessoas com doença mental, com recurso à escala Mental Illness: Clinician´s Attitudes (MICA). De um modo geral, os resultados demonstraram a existência de atitudes estigmatizantes por parte dos estudantes de Medicina, o que é corroborado pela literatura. Salienta-se, portanto, a importância de repensar a formação médica na área do estigma associado à doença mental, com o objetivo de proporcionar uma melhoria qualitativa nos cuidados a prestar às pessoas com doença mental, combatendo o estigma no decorrer da formação médica.The dimension and impact of mental health problems is currently undisputed (WHO, 2001), which calls for intervention at multiple levels. Over the last few years a number of initiatives have identified stigma of mental illness as a priority area of intervention (WHO, 2001; WHO, 2008). Doctors and Medicine students directly involved in intervention in the field of mental illness show stigmatizing attitudes similar to those of the general public (Markström et al., 2009; Lauber, Anthony, Ajdacic-Gross, & Rössler, 2004; Rowe, 2012; Neauport et al., 2012). In spite of being widely studied at international level, only two research works have been conducted in Portugal to assess stigma in Medicine students (Xavier & Almeida, 1999; Pinhal, 2010). It is therefore important to understand how stigma can be effectively reduced in higher education context, so as to improve both the quality of training and future health care provision. This study aims at assessing the attitude of future health care professionals towards mental illness from a sample of 86 medicine students, as well as differences of gender, and the impact of acquaintance of and personal contact with mental illness in the attitudes of medicine students, using the Mental Illness: Clinician´s Attitudes (MICA). In general, results have shown that students display stigmatizing behaviour, which is confirmed by international literature. It is therefore important to emphasize the need to rethink how stigma issues are addressed and dealt with throughout medical training in order to improve the quality of care provision to people with mental illness.Palha, Filipa de Almeida Santos PachecoVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaFerreira, Maria Inês Marques de Queirós e Vasconcelos2018-01-12T11:31:23Z2013-11-0120132013-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/23847TID:201494299porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-03T01:41:17Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/23847Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:19:37.382502Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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