Cemitérios na perspetiva do espaço público
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/13472 |
Resumo: | Através da presente Dissertação de Mestrado procura-se refletir sobre o cemitério na contemporaneidade, nomeadamente sobre o funcionamento do cemitério como espaço publico em Portugal. A relação com a morte é um dos elementos mais definidores para qualquer estrutura cultural. Apesar das variações no tempo histórico e no espaço geográfico, nenhuma cultura ignora a morte, criando instituições, ritualizações e crenças que a ela se associam e que lhe conferem um lugar determinado no contexto da sociedade. Face às questões que o tema envolve, começamos por fazer um enquadramento que, por sua vez, nos leva a situar o cemitério, a nível histórico, cultural e religioso, no sentido de identificar processos de transformação ate a chegada do cemitério contemporâneo. No momento presente as práticas institucionais associadas à morte articulam elementos de naturezas diferentes e por vezes contraditórias, também o espaço cemiterial expressa esta mesma ambiguidade. Assim, aceitando a ambiguidade cultural que a eles se associa ,procura se identificar as características mais marcantes dos espaços cemiteriais na atualidade, analisar a dimensão espacial de alguns exemplos (o cemitério de Kortrijk e Cemitério Municipal de Finisterra), particularmente no que concerne as conceções de espaço público – mas igualmente o seu comportamento perante uma estrutura de valores herdada do catolicismo, dominante tanto em Portugal como em Espanha. De uma análise das características espaciais, formais e esquemáticas de espaços cemiteriais, partir-se-á para um confronto destes com a tradição religiosa. De uma análise generalista, destacar-se-ão casos de estudo, quatro projetos portugueses (o cemitério Luz, o cemitério de Monchique em Guimarães, o novo cemitério de Moura e o tanatório municipal de Matosinhos.), que possibilitam abordar essas características de uma forma mais concreta e particular. Perante os resultados obtidos, colocar-se-ão alguns temas que nos parecem de especial relevância para a discussão deste assunto no debate cultural da arquitetura contemporânea. Como se sintetizaram diferentes práticas e ideias na conceção do espaço cemiterial contemporâneo, que relação mantém este com a tradição, que subversões é possívelpropor à tradição e (quando possível), como reage a população a essas subversões? |
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Através da presente Dissertação de Mestrado procura-se refletir sobre o cemitério na contemporaneidade, nomeadamente sobre o funcionamento do cemitério como espaço publico em Portugal. A relação com a morte é um dos elementos mais definidores para qualquer estrutura cultural. Apesar das variações no tempo histórico e no espaço geográfico, nenhuma cultura ignora a morte, criando instituições, ritualizações e crenças que a ela se associam e que lhe conferem um lugar determinado no contexto da sociedade. Face às questões que o tema envolve, começamos por fazer um enquadramento que, por sua vez, nos leva a situar o cemitério, a nível histórico, cultural e religioso, no sentido de identificar processos de transformação ate a chegada do cemitério contemporâneo. No momento presente as práticas institucionais associadas à morte articulam elementos de naturezas diferentes e por vezes contraditórias, também o espaço cemiterial expressa esta mesma ambiguidade. Assim, aceitando a ambiguidade cultural que a eles se associa ,procura se identificar as características mais marcantes dos espaços cemiteriais na atualidade, analisar a dimensão espacial de alguns exemplos (o cemitério de Kortrijk e Cemitério Municipal de Finisterra), particularmente no que concerne as conceções de espaço público – mas igualmente o seu comportamento perante uma estrutura de valores herdada do catolicismo, dominante tanto em Portugal como em Espanha. De uma análise das características espaciais, formais e esquemáticas de espaços cemiteriais, partir-se-á para um confronto destes com a tradição religiosa. De uma análise generalista, destacar-se-ão casos de estudo, quatro projetos portugueses (o cemitério Luz, o cemitério de Monchique em Guimarães, o novo cemitério de Moura e o tanatório municipal de Matosinhos.), que possibilitam abordar essas características de uma forma mais concreta e particular. Perante os resultados obtidos, colocar-se-ão alguns temas que nos parecem de especial relevância para a discussão deste assunto no debate cultural da arquitetura contemporânea. Como se sintetizaram diferentes práticas e ideias na conceção do espaço cemiterial contemporâneo, que relação mantém este com a tradição, que subversões é possívelpropor à tradição e (quando possível), como reage a população a essas subversões? |
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