A comunidade face aos poderes: resistência e reflexividade social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.13/3572 |
Resumo: | Tomamos como referência 3 filmes em que os povos reagem contra os poderes instituídos resistindo durante décadas, erguendo e solidificando processo de construção de comunidade e de cultura local. O primeiro filme Tous au Larzac! (2011) de Christian Rouaud, documenta a história contemporânea de agricultores que lutam durante mais de uma década (1971-81) pela posse da terra e contra a expropriação resultante da decisão do Ministério da Defesa francês de expandir a base militar da região de Larzac, no sul França e o processo de construção de uma comunidade em torno da luta e resistência. O segundo filme, Finding our way (2011), de Giovanni Attili and Leonie Sandercock, acompanhado por um poderoso dispositivo hipermediático de incontornável valor pedagógico e de reflexividade social, conta a história de um povo espoliado de seu território e dos conflitos ainda não resolvidos dos povos indígenas com a indústria e os governos canadiano na Colúmbia Britânica. O terceiro filme, Boe Ero Kurireu - A Grande Tradição Bororo (2007) de Paulinho Ecerae Kadojeba propõe-se registar a cultura bororo a partir da sua própria cultura. O filme constitui uma minuciosa descrição etnográfica e um ao cuidadoso trabalho sobre as sonoridades e o comentário, e o confronto com as representações da TV Globo no referente às questões éticas da pesquisa. Os três filmes constituem um processo de reflexividade social e um excelente lugar de observação e análise do confronto entre a lógica da reciprocidade da produção cinematográfica e das comunidades locais com os interesses da Indústria, do Exército, do Estado, dos meios hegemónicos do poder político e económico e das representações simbólicas do local. Procuramos traçar algumas linhas de comparabilidade entre os processos de produção cinematográfica, de resistência da cultura local e reflexividade social. |
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A comunidade face aos poderes: resistência e reflexividade socialComunidadeTerritórioResistênciaReflexividade socialProdução cinematográficaCommunityTerritoryResistanceSocial reflexivityCinematographic production.Faculdade de Artes e HumanidadesTomamos como referência 3 filmes em que os povos reagem contra os poderes instituídos resistindo durante décadas, erguendo e solidificando processo de construção de comunidade e de cultura local. O primeiro filme Tous au Larzac! (2011) de Christian Rouaud, documenta a história contemporânea de agricultores que lutam durante mais de uma década (1971-81) pela posse da terra e contra a expropriação resultante da decisão do Ministério da Defesa francês de expandir a base militar da região de Larzac, no sul França e o processo de construção de uma comunidade em torno da luta e resistência. O segundo filme, Finding our way (2011), de Giovanni Attili and Leonie Sandercock, acompanhado por um poderoso dispositivo hipermediático de incontornável valor pedagógico e de reflexividade social, conta a história de um povo espoliado de seu território e dos conflitos ainda não resolvidos dos povos indígenas com a indústria e os governos canadiano na Colúmbia Britânica. O terceiro filme, Boe Ero Kurireu - A Grande Tradição Bororo (2007) de Paulinho Ecerae Kadojeba propõe-se registar a cultura bororo a partir da sua própria cultura. O filme constitui uma minuciosa descrição etnográfica e um ao cuidadoso trabalho sobre as sonoridades e o comentário, e o confronto com as representações da TV Globo no referente às questões éticas da pesquisa. Os três filmes constituem um processo de reflexividade social e um excelente lugar de observação e análise do confronto entre a lógica da reciprocidade da produção cinematográfica e das comunidades locais com os interesses da Indústria, do Exército, do Estado, dos meios hegemónicos do poder político e económico e das representações simbólicas do local. Procuramos traçar algumas linhas de comparabilidade entre os processos de produção cinematográfica, de resistência da cultura local e reflexividade social.The community against the powers: resistance and social reflexivity As reference we take 3 films where people react against established powers, resisting for decades, providing and solidifying building up processes of community and local culture. The first film Tous au Larzac! (2011) of Christian Rouaud, documents the contemporary history of farmers that have fought for a decade (1971-81) for the owning of the land and against expropriation, in result of a decision of the French Ministry of Defence of expanding the military base of the region of Larzac, in the south of France, and the building up process of a community around the fight and resistance. The second film, Finding our way (2011), of Giovanni Attili and Leonie Sandercock, acompained by a powerful hipermediatic device of unavoidable pedagogic value and of social reflexivity, tells the story of robbed people from their territory and the conflicts not yet worked out of the indigenous people, the industry and the Canadian government in the British Columbia. The third movie, Boe Ero Kurireu – The Bororo big tradition (2007) of Paulinho Ecerae Kadojeba proposes to register the bororo culture from its own culture. The film is a detailed ethnographic description and a careful work about sonorities and comment, as well as the confront with the representations of Globo TV in reference of the ethical questions of the research. The three films constitute a process of social reflexivity and an excellent place of observation and analysis of the confront between the logic of reciprocity of the cinematographic production and the local communities with interest in industry, army, state, of the hegemonic means of political and economic power and of symbolic local representations. We have tried to draw a few lines of comparability between the cinematographic production processes, the resistance of the local culture and social reflexivity.Universidade da MadeiraDigitUMaRibeiro, José da Silva2021-07-27T13:06:04Z2016-01-01T00:00:00Z2016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.13/3572por10.34640/universidademadeira2016ribeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T12:56:33Zoai:digituma.uma.pt:10400.13/3572Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:06:51.453942Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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