Hotel Figueira: restaurante, bar & lounge

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Negrão, Joana
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/6400
Resumo: Nos tempos de hoje as imagens são o grande poder no design de hotéis, a compreensão da realidade é condicionada pelo fascínio, onde a arquitetura é tida como uma sensação visual. Os arquitetos estão preocupados em projetar uma arquitetura de espetáculo, projetando espaços que não vão para além de uma tendência efémera e de uma sensação puramente visual, esquecendo um caráter fundamental da arquitetura: a experiência vivida pelo espaço a partir do seu principal agente – o homem. Estamos perante uma arquitetura desprovida de sentimentos onde somos seduzidos por uma imagem e não pelo espaço em si. Deste modo, defende-se neste trabalho que a arquitetura não se deve restringir a este mundo de imagens, mas deve procurar estabelecer, entre jogos de planos e volumes, um modelo espacial que consiga despertar a vertente sensível do homem e que transcenda o utilizador. Não são as imagens que nos fazem vivenciar os espaços e a arquitetura, mas sim a sua essência corpórea e espiritual totalmente integradas. Visando a procura de uma atmosfera, procura-se criar o espaço que pretende tocar e sensibilizar de forma a que o possamos guardar na memória. Este conceito é abordado na proposta de criação de um restaurante, bar e lounge para um hotel na baixa lisboeta, onde se opta por privilegiar os cinco sentidos do homem, as emoções e as sensações, numa arquitetura corpórea. Procurando não ser evidente, recusa-se usar o recurso simplista da Praça da Figueira. O trabalho propõe relacionar a visão com o tato, o cheiro, a audição e até mesmo o paladar, num espaço que defende o fruir e o um caráter intimista, sóbrio e austero, livre da desordem, da vulgaridade, e da arbitrariedade que não provoque distrações visuais e dê lugar aos sentimentos. Remetendo a visão para o na nossa memória e possam ser associadas a um determinado sítio ou espaço. Através de uma arquitetura multisensorial, num encontro corpoa- corpo entre o utilizador e o espaço, a alma do espaço pretende ser mais do que uma mera imagem, mas sim um equilíbrio entre todos os elementos sensoriais traduzindo a sua atmosfera e Se não existisse a visão, como poderia um espaço ‘tocar’-nos e impressionar?
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