Alterações craniofaciais e orofaciais em pacientes pediátricos diagnosticados com respiração bucal: estudo epidemiológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Ana Carolina Ascenção
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/41441
Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo é determinar a prevalência da respiração bucal e das alterações craniofaciais e orofaciais associadas a esta condição. Materiais e métodos: A população analisada compreendeu todos os processos clínicos dos pacientes pediátricos da Clínica de Ortodontia do ensino pré-graduado atendidos entre 2013 e 2018, com idades compreendidas entre 6-12 anos. Foram excluídos os processos clínicos que não indicassem o tipo de respiração e que não respeitassem o intervalo de idades. Um total de 110 processos clínicos foram incluídos para análise e estudos estatísticos. Foram registados parâmetros como o tipo de respiração, o exame extra-oral, a análise oclusal e a análise cefalométrica. A análise estatística da amostra foi realizada no programa SPSS, para as variáveis categóricas foi utilizado o Teste Qui-quadrado de Pearson e para as variáveis quantitativas o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: Foi observada uma prevalência de respiração bucal de 30,9% da amostra analisada. Com base nos resultados obtidos, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis analisadas e o tipo de respiração. A única variável que demonstrou diferenças estatisticamente significativas foi o contacto dos lábios em repouso, observando-se que nos pacientes com respiração bucal existe maior prevalência de incompetência labial. Discussão e Conclusão: Verificou-se um número considerável de pacientes que apresentavam respiração bucal, cerca de um terço da amostra, contudo a sua prevalência revelou-se inferior à apresentada na literatura. Para além disso, não se verificou uma relação direta entre o tipo de respiração e as alterações craniofaciais e orofaciais. No entanto, foram identificadas possíveis limitações que podem ter condicionado estes resultados, sendo essencial a sensibilização dos especialistas de saúde oral para o correto diagnóstico desta condição permitindo uma intervenção precoce e diminuição das repercussões craniofaciais.
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