O papel da fluxometria das artérias uterinas no 2º trimestre da gravidez, na era do rastreio da pré-eclâmpsia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Teresa Maria Caires Gomes da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/54326
Resumo: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021
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spelling O papel da fluxometria das artérias uterinas no 2º trimestre da gravidez, na era do rastreio da pré-eclâmpsiaPré-eclâmpsiaGravidezDoppler das artérias uterinasRestrição ao crescimento fetalPequeno para a idade gestacionalObstetríciaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021A pré-eclâmpsia (PE) é uma síndrome relacionada com a gravidez e que se associa a morbilidade materna e perinatal importante. Desde a publicação do estudo ASPRE em 2017, as grávidas com risco aumentado de PE antes das 37 semanas identificadas durante o rastreio da PE do 1º trimestre, devem iniciar profilaxia com aspirina 150mg/ dia. Esta medida permite diminuir a incidência de PE antes das 34 e 37 semanas. Paralelamente, encontra-se estabelecido que os factores de risco maternos e os biomarcadores envolvidos na PE antes das 37 semanas, são semelhantes aos envolvidos na restrição de crescimento fetal (RCF) em mulheres sem PE. Tradicionalmente, o índice de pulsatibilidade (IP) médio das artérias uterinas (AUt) acima do percentil 95, entre as 20-24 semanas, é usado para identificar gestações com risco aumentado de RCF. Contudo, o risco de RCF em grávidas com baixo risco de PE e alteração da fluxometria das artérias uterinas às 20-24 semanas está mal estabelecido. Assim, o objetivo deste trabalho é compreender o papel do IP AUt entre as 20-24 semanas numa população de mulheres com baixo risco de PE às 11-13 semanas de gestação. Realizou-se um estudo retrospectivo entre 2018 e 2020 que incluiu gestações de feto único com baixo risco de PE no 1º trimestre e que realizaram avaliação das artérias uterinas entre as 20-24 semanas. A amostra foi dividida em 2 grupos de acordo com IP médio das AUt igual ou acima do percentil 95 (grupo de estudo). O desfecho primário foi a taxa de recém-nascidos com peso abaixo do percentil 10 e de RCF. Foram incluídas no estudo 439 mulheres e destas 41 (9,3%) tinham IP médio AUt elevado entre as 20-24 semanas. As características maternas, os fatores bioquímicos e os parâmetros biofísicos foram semelhantes entre ambos os grupos, à exceção dos valores MoM do PAPP-A, que foram inferiores, e do IP AUt, que foi superior, no grupo em estudo. Não houve diferenças entre os grupos no que toca aos desfechos primários. Assim, este estudo sugere que em mulheres com baixo risco de PE às 11-13 semanas e com o IP médio das AUt elevado entre as 20-24 semanas, não há um aumento da proporção de fetos com RCF ou recém-nascidos com peso abaixo do percentil 10.Pre-eclampsia (PE) is a pregnancy related syndrome associated with an increased risk of maternal and perinatal morbidity. Since publication of ASPRE trial, screening for PE at 11-13 weeks of gestation and start prophylactic aspirin 150mg/day has become the state of the art to reduce the incidence of preterm PE. Additionally, it is well established in literature that preterm small for gestational age (SGA) and fetal growth restricted (FGR) babies in the absence of PE, are associated with similar maternal factors and biomarkers profile as in preterm PE. Traditionally, we use the mean uterine artery (UtA) pulsatility index (PI) at 20-24 weeks’ above 95 centile to identify women with higher risk of developing SGA/FGR babies. Nevertheless, the risk of FGR babies in pregnant women with low risk of PE and changes in UtA Doppler at 20-24 weeks is not known. The aim of this study is to determine the role of second-trimester UtA Doppler in a population of women with low risk of PE at 11-13 weeks of gestation. This was a retrospective study that included all women with a singleton pregnancy between 2018 and 2020, with low risk of PE at 11-13 weeks of gestation. In all cases UtA Doppler was assessed during routine 20-24 weeks scan and was considered abnormal if UtA PI above 95 centile for gestational age. Women were divided in two groups – normal or high UtA Doppler PI (study group). The primary outcome was the rate of newborns with weight below 10th centile and FGR fetuses. Complete data was available for 439. Of these, 41 (9,3%) had high UtA Doppler PI at 20-24 weeks. Maternal characteristics, biochemical factors and biophysical parameters were similar between groups, except for PAPP-A MoM values which were lower, and UtA PI which was higher, in the study group. Regarding the primary outcome, the rate of newborns with weight below 10th centile and FGR was similar between groups. This preliminary study suggests that in women with low risk of PE at 11-13 weeks, the proportion of newborns with weight below 10th centile and FGR is not increased if UtA Doppler PI is above the 95 centile between 20-24 weeks.Santo, SusanaAfonso, Maria CarvalhoRepositório da Universidade de LisboaSilva, Teresa Maria Caires Gomes da2023-07-09T00:31:06Z2021-072021-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/54326TID:202905349porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:59:59Zoai:repositorio.ul.pt:10451/54326Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:04:47.505961Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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