A Pirataria no Golfo da Guiné numa Perspetiva Comportamental e Espacial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Filomeno
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/24109
Resumo: O presente trabalho de investigação centra-se no estudo dos aspetos e relação comportamental-espacial dos fenómenos associados ao roubo e pirataria marítima no Golfo da Guiné (GoG). Não existem estudos concretos sobre esta temática que tem uma relevância atual significativa pelo impacto que este fenómeno produz no comércio marítimo e nos países da região. Pretendeu-se perceber as relações comportamentais e espaciais do fenómeno de pirataria e roubo marítimo na região do Golfo da Guiné de modo a permitir aos Estados da região e a todos os atores que operam nesse espaço possam entender melhor os modos de ação praticados na região para poderem desenhar políticas e processos para os contrariar. O presente trabalho de investigação foi desenvolvido com base na metodologia preconizada por Raymond Quivy e Luc Van Compenhoudt centrada nos sete passos para a investigação na área das ciências sociais, que permitiram definir as questões derivadas, as hipóteses e concomitantemente o modelo de análise, após uma exaustiva revisão de literatura sobre o fenómeno em estudo. Neste âmbito foram analisados os dados existentes, e confirmados, de ataques entre 8-1-2008 e 4-11-2014 pela International Maritime Agency das Nações Unidas. Estes dados foram tratados e processados com meta-classificadores numa base de dados do ISCIA – Observatório de Segurança Marítima, que serviu de suporte à análise efetuada. Estabeleceu-se ainda, neste estudo, uma análise comparativa com fenómenos semelhantes ocorridos noutras regiões do globo tentando obter-se uma sequência de causa efeito na perspetiva comportamental e espacial.O Estudo chegou a conclusões sólidas sobre três tipologias de ataques na região relacionados com a ocorrência em domínios específicos do espaço do GoG: roubo de pertences do navio/tripulações; tomada de reféns para obtenção de resgate, ou proteção dos atacantes; e por último o roubo de combustíveis. Esta tipologia de fenómenos está associada aos portos e ancoradouros no primeiro caso e à Nigéria, enquanto epicentro, nas duas últimas situações. Também se encontraram possíveis relações com a atividade descrita em abundante literatura sobre a tomada de reféns para financiamento do grupo radical islâmico “Boko Haram”. Existem indícios de um outro modo de ação nas águas territoriais da Nigéria que é um crescente negócio de proteção feito por forças de segurança e armadas deste país.
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