Epidemiologia e diagnóstico de dermatofitose em humanos e animais: uma abordagem “One Health”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saraiva, Sofia Teixeira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7982
Resumo: As doenças fúngicas dermatológicas como as dermatofitoses ou tinha, são das infeções mais frequentes a nível mundial (Shimamura et al., 2012; Hube et. al, 2015) afetando também a maioria dos animais de companhia, ruminantes e vida selvagem (Chermette et al., 2008). Desta forma apresentam uma preocupação a nível da saúde pública e veterinária. A finalidade deste trabalho foi efetuar um estudo epidemiológico de dermatófitos isolados em animais selvagens, animais domésticos e em humanos. Esta parte do trabalho foi realizada recorrendo a métodos microbiológicos. A partir desses resultados foi calculada a prevalência de dermatófitos em diferentes espécies. Com uma prevalência total de 7,9% de isolados de dermatófitos obtidos, a coexistência destes fungos com animais selvagens foi comprovada para raposas e sacarrabos. Nos animais domésticos a prevalência de isolamento foi de 9,3% correspondendo a amostras de animais assintomáticos. Um teste à sensibilidade e especificidade do DTM demonstrou a fragilidade deste método e os erros que podem vir associados. Um estudo de caso em humanos demonstrou a presença do fungo Aspergillus num quadro clínico representativo de dermatofitose. Recorrendo a técnicas moleculares pretendeu efetuar-se uma otimização das mesmas de forma a obter um método complementar de diagnóstico mais fiável e rápido usando “primers” específicos para a identificação de dermatófitos. A identificação de dermatófitos através de “primers” específicos não obteve resultados satisfatórios e por isso foi estudada a diversidade genética das estirpes de dermatófitos isoladas através da análise das mesmas com recurso a marcadores moleculares, mais especificamente, os ISSRs. Mostra-se então de extrema importância inferir acerca do papel dos animais estudados na infeção de dermatofitoses e realizar mais estudos que permitam o estudo epidemiológico e molecular dos dermatófitos de forma a permitir uma melhor identificação, levando ao melhoramento das técnicas de diagnóstico.
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