Colorismo: impacto do tom de pele na vida de pessoas de origem africana em Lisboa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Cintia Joana Salé dos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/15200
Resumo: O termo “colorismo” é aplicado em casos de preconceito e discriminação com base no tom de pele. Trata-se de um tema amplamente estudado em países como o Brasil e os Estados Unidos da América (EUA). Em Portugal, tendo em conta o aumento da perceção do fenómeno do colorismo, apenas mais recentemente o termo passou a ser utilizado. Não obstante o colorismo se verificar em diferentes grupos socioculturais, este estudo, sobre o colorismo na sociedade portuguesa, almeja evidenciar o impacto do tom de pele na vida de pessoas de origem africana, em específico, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) pela sua ligação histórica com Portugal que inclui o imperialismo e o colonialismo. A pesquisa orienta-se por um paradigma de investigação qualitativa com recurso a entrevistas semiestruturadas por estas possibilitarem a recolha de informação subjetiva, portanto, rica e profunda. Foram entrevistadas nove pessoas selecionadas através de contactos formais e informais, com idades entre os 18 e os 42 anos e residentes em Lisboa. Os resultados da investigação demonstram que o tom de pele é relevante e que o colorismo tem implicações como, por exemplo, a restrição do acesso às oportunidades de emprego ou de educação. O tratamento é diferente no quotidiano, favorecendo pessoas com tons de pele mais claros, ou seja, mais próximos do branco tal qual numa escala gradativa de cores. O colorismo expressa claramente o preconceito com pessoas de tons de pele mais escuros, especialmente mulheres, a quem são atribuídos traços como insipiência, agressividade e fealdade.
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