Perceção parental do estatuto ponderal de crianças vianenses : a importânica da educação para a saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Sofia Maria Anacleto
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1685
Resumo: Nos últimos anos a obesidade infantil tem vindo a tomar proporções epidémicas, especialmente em países mais desenvolvidos, como por exemplo Portugal. Como tal, torna-se de extrema importância ‘olhar’ para esta patologia de uma forma mais crítica, de modo a procurar compreender as causas potenciadoras deste fenómeno e buscar possíveis soluções para o combater. O reconhecimento parental do excesso de peso ou obesidade do seu filho tem vindo a ser considerado um factor crucial para o necessário envolvimento dos pais neste processo. Assim, no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada II do Curso de Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º CEB, foi realizado um estudo que visou analisar a perceção parental do estatuto ponderal de crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico de uma escola do distrito de Viana do Castelo. A amostra do estudo, de delineamento observacional, descritivo e transversal, envolveu 34 pares mãe-filho. A avaliação antropométrica das crianças consistiu na determinação do peso, estatura e perímetro da cintura, através dos quais se calculou o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Rácio Perímetro da cintura/estatura (WHtR, Waist-to-height ratio). O estatuto ponderal das crianças (magreza, peso normal, excesso de peso e obesidade) foi avaliado com base nos valores de corte de IMC propostos pela IOTF (International Obesity Task Force). Para a classificação de adiposidade central excessiva utilizou-se o valor de corte de WHtR≥0,5 (McCarthy & Ashwell, 2006). As perceções e opiniões parentais relativas ao estatuto ponderal do seu filho foram recolhidas através da aplicação de um questionário. A prevalência de excesso de peso e obesidade na amostra foi de 41,2% e de 5,9%, respetivamente. Com base nos valores do WHtR, verificou-se que 47,1% das crianças apresentam adiposidade central excessiva o que significa risco acrescido para problemas cardiometabólicos. Por sua vez, 68,75% das mães com filhos com excesso de peso não reconhece o problema, indicando que o seu filho apresenta peso normal. Os resultados obtidos no presente estudo são concordantes com a literatura, na medida que revelam, aparentemente, uma má-perceção parental do estatuto ponderal dos filhos, em particular do excesso de peso e obesidade, que são subestimados. Também se conclui que é necessário investir mais na educação para a saúde, sensibilizando e envolvendo pais, professores, educadores e os próprios profissionais de saúde, para a importância da prevenção da obesidade infantil, assim como do seu tratamento adequado nesta idade, evitando que o problema persista e que se agravem as suas consequências. Para tal, torna-se necessário compreender de que forma os vários fatores ambientais, psicossociais e do estilo de vida contribuem para esse aumento, incluindo a perceção parental do estatuto ponderal dos filhos. Só assim será possível traçar, em conjunto com a família, estratégias mais eficazes de intervenção preventiva da obesidade infantil.
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Assim, no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada II do Curso de Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º CEB, foi realizado um estudo que visou analisar a perceção parental do estatuto ponderal de crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico de uma escola do distrito de Viana do Castelo. A amostra do estudo, de delineamento observacional, descritivo e transversal, envolveu 34 pares mãe-filho. A avaliação antropométrica das crianças consistiu na determinação do peso, estatura e perímetro da cintura, através dos quais se calculou o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Rácio Perímetro da cintura/estatura (WHtR, Waist-to-height ratio). O estatuto ponderal das crianças (magreza, peso normal, excesso de peso e obesidade) foi avaliado com base nos valores de corte de IMC propostos pela IOTF (International Obesity Task Force). Para a classificação de adiposidade central excessiva utilizou-se o valor de corte de WHtR≥0,5 (McCarthy & Ashwell, 2006). As perceções e opiniões parentais relativas ao estatuto ponderal do seu filho foram recolhidas através da aplicação de um questionário. A prevalência de excesso de peso e obesidade na amostra foi de 41,2% e de 5,9%, respetivamente. Com base nos valores do WHtR, verificou-se que 47,1% das crianças apresentam adiposidade central excessiva o que significa risco acrescido para problemas cardiometabólicos. Por sua vez, 68,75% das mães com filhos com excesso de peso não reconhece o problema, indicando que o seu filho apresenta peso normal. Os resultados obtidos no presente estudo são concordantes com a literatura, na medida que revelam, aparentemente, uma má-perceção parental do estatuto ponderal dos filhos, em particular do excesso de peso e obesidade, que são subestimados. Também se conclui que é necessário investir mais na educação para a saúde, sensibilizando e envolvendo pais, professores, educadores e os próprios profissionais de saúde, para a importância da prevenção da obesidade infantil, assim como do seu tratamento adequado nesta idade, evitando que o problema persista e que se agravem as suas consequências. Para tal, torna-se necessário compreender de que forma os vários fatores ambientais, psicossociais e do estilo de vida contribuem para esse aumento, incluindo a perceção parental do estatuto ponderal dos filhos. Só assim será possível traçar, em conjunto com a família, estratégias mais eficazes de intervenção preventiva da obesidade infantil.In the past years, childhood obesity has reached epidemic proportions, especially in developed countries such as Portugal. As such, it is extremely important to "look" at this pathology in a more critical way, in order to comprehend the causes of this phenomenon, and to search for possible solutions to fight it. Parental awareness of overweight or obesity in their children has been considered a crucial factor for the necessary involvement of parents in this process. Thus, in the scope of the Supervised Teaching Practice II (PESII) of the Master in Preschool Education and Teaching of the first Cycle of Basic Education, it was conducted a study to analyze the parental perception for actual weight status of their child. The study sample included 34 mother-child pairs from a school located in the district of Viana do Castelo. The anthropometric assessment of children involved weight, height, and waist circumference determination, through which were determined the Body Mass Index (BMI) and Waist-to-Height Ratio (WHtR). The children’s weight status (thinness, normal weight, overweight and obesity) was based on the BMI International Obesity Task Force (IOTF) standards. The classification of excess central adiposity was based on the WHtR≥0.5 cut-off (McCarthy & Ashwell, 2006). Parental perceptions and opinions regarding their children’s weight status were collected by questionnaires. The prevalence of overweight and obesity in the sample was 41.2%, and 5.9%, respectively. Based on WHtR values, it was revealed that 47.1% of the children had excess central adiposity, which means an increased risk of cardiometabolic problems. In turn, 82.4% of the mothers of overweight children do not acknowledge the problem, as they state that their children have "normal weight". The results of the present study are in accordance with the literature, since they reveal an apparent pour parental perception of their children’s weight status, particularly regarding overweight and obesity, which are underestimated. It was also observed that it is necessary to invest more on health education, in order to involve and sensitize parents, teachers, educators, and health professionals alike, for the importance to prevent childhood obesity, and for adequate therapy, thus avoiding that the problem persists with all its consequences. In this regard, it is necessary to understand how the various environmental, psychosocial and lifestyle factors contribute to this increase, including parental perceptions of their children’s weight status. Only then it will we be possible to draw, together with families, more effective interventions for childhood obesity prevention.2016-12-29T10:15:17Z2014-03-25T00:00:00Z2014-03-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1685TID:201509288porPereira, Sofia Maria Anacletoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:36:32Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1685Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:43:32.488323Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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