Emoções, psicofisiologia e conflitos em equipas de trabalho: uma abordagem experimental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martinho, Tânia Raquel Oliveira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/26827
Resumo: O conflito é um fenómeno inevitável nos grupos de trabalho. Tradicionalmente, era considerado potencialmente prejudicial para a eficácia. Perspetivas recentes sugerem que, quando centrado nas tarefas, este poderá revelar-se positivo, sobretudo, quando a carga emocional negativa associada é adequadamente gerida. O presente estudo, de carácter experimental, tem como objetivo explorar a relação entre o conflito grupal e as emoções vividas pelos membros do grupo no decorrer de uma interação e compreender de que forma o conflito influencia os resultados das equipas e a resposta cardíaca dos indivíduos. Contrariamente à abordagem dominante na literatura, no presente estudo avaliamos não apenas relatos subjetivos das emoções reportadas nas condições de conflito, mas também variáveis psicofisiológicas, que traduzem respostas automáticas/não voluntárias de resposta emocional,sendo que para o efeito foi usada a resposta cardíaca. Tendo por base uma amostra composta por 20 grupos, distribuídos por duas condições experimentais – condição controlo (CC) e condição conflito de tarefa (CT) – a tarefa experimental consistia na realização de duas tarefas que os participantes desenvolviam em grupo. No global, os resultados revelaram que os sujeitos da CT revelam mais emoções negativas e menos emoções positivas do que os da CC, assim como uma menor satisfação com resultado final de uma tarefa. Nas equipas de curto prazo, os conflitos tendem a gerar efeitos negativos nas emoções expressas e na satisfação, mas provavelmente um efeito negativo menor, visto que os membros, antecipando que não terão que trabalhar juntos no futuro relativizam a experiência de grupo. A nível fisiológico, verificou-se uma maior variabilidade da resposta cardíaca nos indivíduos da CC, enquanto que os indivíduos da CT apresentaram um padrão de resposta mais consistente. A nível da resposta fisiológica, os dados sugerem que não haja uma resposta diferenciada na resposta cardíaca face a um conflito de tarefa, no entanto, é necessário a realização de mais estudos que avaliem a interligação da resposta fisiológica e os conflitos
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Contrariamente à abordagem dominante na literatura, no presente estudo avaliamos não apenas relatos subjetivos das emoções reportadas nas condições de conflito, mas também variáveis psicofisiológicas, que traduzem respostas automáticas/não voluntárias de resposta emocional,sendo que para o efeito foi usada a resposta cardíaca. Tendo por base uma amostra composta por 20 grupos, distribuídos por duas condições experimentais – condição controlo (CC) e condição conflito de tarefa (CT) – a tarefa experimental consistia na realização de duas tarefas que os participantes desenvolviam em grupo. No global, os resultados revelaram que os sujeitos da CT revelam mais emoções negativas e menos emoções positivas do que os da CC, assim como uma menor satisfação com resultado final de uma tarefa. Nas equipas de curto prazo, os conflitos tendem a gerar efeitos negativos nas emoções expressas e na satisfação, mas provavelmente um efeito negativo menor, visto que os membros, antecipando que não terão que trabalhar juntos no futuro relativizam a experiência de grupo. A nível fisiológico, verificou-se uma maior variabilidade da resposta cardíaca nos indivíduos da CC, enquanto que os indivíduos da CT apresentaram um padrão de resposta mais consistente. A nível da resposta fisiológica, os dados sugerem que não haja uma resposta diferenciada na resposta cardíaca face a um conflito de tarefa, no entanto, é necessário a realização de mais estudos que avaliem a interligação da resposta fisiológica e os conflitosThe conflict is an inevitable phenomenon in the work groups. Traditionally, it was considered potentially harmful for the efficiency. Recent perspectives suggest that when this conflict is focused on the tasks, this conflict might be positive, mainly when the negative emotional charge that is associated is properly managed. This experimental study has the goal to explore the relationship between the group conflict and the emotions lived by the members of the group during an interaction and understand in what way the conflict influences the team results and the cardiac answer of the individuals. Against to the dominant approach in the literature, in this study, we evaluated not only the subjective accounts of the report emotions in the conflict conditions, but in psychophysiological variables too that translate automatically/not voluntary of the emotional answers, being that for this effect the cardiac answer was used. Based on a sample composed for 20 groups, distributed by two experimental conditions – control condition (CC) and task conflict condition (CT) – the experimental task consisted in the execution of two tasks developed by the participants in groups. In general, the results reveal that the subjects of CT reveal more negative emotions and less positive emotions than the CC, as well a lesser satisfaction with the final result of a task. In the teams of short term, the conflicts tend to create negative effects in the expressed emotions and in the satisfaction, but probably a lesser negative effect, since that the members, anticipating that won't go work together in the future, relativized the group experience. In a physiological level, it was verified a bigger variability in the cardiac answers in the individuals of CC, however the individuals of CT show an answer pattern more consistent. In the physiological answer level, the data suggest that there isn’t a differentiated answer in the cardiac answer in light of with a conflict task, so is necessary to do more studies that evaluate the interconnection of the physiological answers and conflicts2019-10-21T11:11:50Z2018-12-18T00:00:00Z2018-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/26827TID:202236587porMartinho, Tânia Raquel Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:51:58Zoai:ria.ua.pt:10773/26827Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:59:43.136249Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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