Monitorização de corpos cetónicos no sangue de vacas no periparto: preditores da prevalência de doenças no pós-parto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/5669 |
Resumo: | Este estudo procurou averiguar a adaptação do metabolismo dos bovinos à lactação, tendo para isso utilizado um grupo de vacas de aptidão leite e carne, sob condições de maneio idênticas em 4 explorações diferentes. Foram integrados neste trabalho um total de 27 animais, dos quais 23 eram de raça Holstein-Friesian (aptidão leite) e 4 da raça Barrosã, uma raça autóctone de aptidão cárnea. Estes animais foram acompanhados desde 2 semanas antes do parto até 4 semanas pós-parto: foram recolhidas amostras de sangue de cada vaca, a intervalos de 1 semana, para análise quantitativa dos corpos cetónicos sanguíneos. Os índices de condição corporal (BCS) de cada animal foram também anotados semanalmente seguindo uma escala de 1 a 5, avaliação realizada no momento da colheita de sangue. A determinação dos valores circulantes de β-hidroxibutirato (BHB) foi realizada através de um teste rápido na máquina Precision XceedTM com as tiras de medição Precision Xtra™ ß-Ketone. Com base nos valores obtidos as vacas foram classificadas como “sem cetose”, se os valores eram inferiores a 1,2 mmol/L, e como “com cetose” se os valores eram iguais ou superiores a 1,2 mmol/L. Além do mais, estes últimos foram ainda divididos em cetose clínica ou subclínica segundo apresentavam os sinais clínicos de cetose. A concentração de BHB em vacas de aptidão leite e carne não diferiu de forma significativa, mas uma análise detalhada revela discrepâncias nos valores tanto de BHB sanguíneo como de BCS. Ambas as categorias, BHB e BCS, têm oscilações acentuadas nas vacas de leite, e uma variação muito constante nas de carne. Isto reflete um ajustamento do balanço energético que as vacas Barrosãs são capazes de realizar no pós-parto, ao contrário das Holstein-Frisean, raça altamente sujeita a pressões genéticas para melhorar o seu índice de produção, culminando num acentuado balanço energético negativo (NEB). Neste estudo revelou a existência de uma considerável variação da adaptação ao NEB durante o periparto, relativamente ao grupo de vacas de leite e carne. Para além disso, existe também uma variação individual implícita entre as vacas de leite, baseado nas variáveis metabólicas. Uma análise comparativa relativa ao número de lactações, distinguindo os animais em primíparos e multíparos, constatou que as vacas multíparas têm maior incidência de cetose subclínica em comparação às vacas primíparas. |
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Monitorização de corpos cetónicos no sangue de vacas no periparto: preditores da prevalência de doenças no pós-partoBovinosCetoseCorpos cetónicosCondição corporalPeríodo peripartoCetose subclínicaBalanço energético negativoEste estudo procurou averiguar a adaptação do metabolismo dos bovinos à lactação, tendo para isso utilizado um grupo de vacas de aptidão leite e carne, sob condições de maneio idênticas em 4 explorações diferentes. Foram integrados neste trabalho um total de 27 animais, dos quais 23 eram de raça Holstein-Friesian (aptidão leite) e 4 da raça Barrosã, uma raça autóctone de aptidão cárnea. Estes animais foram acompanhados desde 2 semanas antes do parto até 4 semanas pós-parto: foram recolhidas amostras de sangue de cada vaca, a intervalos de 1 semana, para análise quantitativa dos corpos cetónicos sanguíneos. Os índices de condição corporal (BCS) de cada animal foram também anotados semanalmente seguindo uma escala de 1 a 5, avaliação realizada no momento da colheita de sangue. A determinação dos valores circulantes de β-hidroxibutirato (BHB) foi realizada através de um teste rápido na máquina Precision XceedTM com as tiras de medição Precision Xtra™ ß-Ketone. Com base nos valores obtidos as vacas foram classificadas como “sem cetose”, se os valores eram inferiores a 1,2 mmol/L, e como “com cetose” se os valores eram iguais ou superiores a 1,2 mmol/L. Além do mais, estes últimos foram ainda divididos em cetose clínica ou subclínica segundo apresentavam os sinais clínicos de cetose. A concentração de BHB em vacas de aptidão leite e carne não diferiu de forma significativa, mas uma análise detalhada revela discrepâncias nos valores tanto de BHB sanguíneo como de BCS. Ambas as categorias, BHB e BCS, têm oscilações acentuadas nas vacas de leite, e uma variação muito constante nas de carne. Isto reflete um ajustamento do balanço energético que as vacas Barrosãs são capazes de realizar no pós-parto, ao contrário das Holstein-Frisean, raça altamente sujeita a pressões genéticas para melhorar o seu índice de produção, culminando num acentuado balanço energético negativo (NEB). Neste estudo revelou a existência de uma considerável variação da adaptação ao NEB durante o periparto, relativamente ao grupo de vacas de leite e carne. Para além disso, existe também uma variação individual implícita entre as vacas de leite, baseado nas variáveis metabólicas. Uma análise comparativa relativa ao número de lactações, distinguindo os animais em primíparos e multíparos, constatou que as vacas multíparas têm maior incidência de cetose subclínica em comparação às vacas primíparas.This study searched to ascertain metabolic bovine adaptation to lactation, over a group of dairy and beef cows, under conditions of identical management in 4 different farms. This study was composed by 27 animals, 23 of them were Holstein-Friesian breed (dairy cattle) and 4 of Barrosã, an autochthonous breed (beef cow). Those animals were followed from week 2 before calving until 4 weeks postpartum: individual blood samples were collected at weekly intervals, and quantitative assay for ketonic bodies. Body condition score (BCS) was also recorded weekly in a scale from 1 to 5, in the same moment of the blood sample. The circulating β-hidroxibutirato (BHB) assay was realized by a quick test by Precision XceedTM with measurement strips Precision Xtra™ ß-Ketone. Based on the obtained values, cows in which BHB values were less than 1,2 mmol/L were classified as “non-ketonic”, and the ones which threshold of 1,2 mmol/L was exceed were “ketonic”. Furthermore, these last ones were divided as subclinical or clinical ketosis according to the presence of ketosis clinical signs, The BHB concentration in dairy and beef cows didn’t significantly differ, but a discriminative analysis reveals discrepancies in the values of both blood BHB as BCS. Both categories, BHB and BCS, have marked oscillations in dairy cows, and an unremitting variation in beef cows. Thus, to some extent, Barrosãs cows are able to compensate postpartum for the energy balance, unlike Holstein-Frisean breed that are highly under genetic pressures to improve their production, culminating in a marked negative energy balance (NEB). In this study was implicative that there is a substantial fluctuation in the adjustment to NEB along peripartum. Furthermore there is a considerable individual variation of the adaptive ability of dairy cows, based on a variety of metabolic variables. A further comparative analysis concerning the number of lactation, discerning primiparous and multiparous animals, implied that multiparous cows has higher incidence of subclinic ketosis than primiparous cows.2016-04-01T12:59:31Z2016-04-01T00:00:00Z2016-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/5669porMonteiro, Joana Luís dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:52:39Zoai:repositorio.utad.pt:10348/5669Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:05:28.718036Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Este estudo procurou averiguar a adaptação do metabolismo dos bovinos à lactação, tendo para isso utilizado um grupo de vacas de aptidão leite e carne, sob condições de maneio idênticas em 4 explorações diferentes. Foram integrados neste trabalho um total de 27 animais, dos quais 23 eram de raça Holstein-Friesian (aptidão leite) e 4 da raça Barrosã, uma raça autóctone de aptidão cárnea. Estes animais foram acompanhados desde 2 semanas antes do parto até 4 semanas pós-parto: foram recolhidas amostras de sangue de cada vaca, a intervalos de 1 semana, para análise quantitativa dos corpos cetónicos sanguíneos. Os índices de condição corporal (BCS) de cada animal foram também anotados semanalmente seguindo uma escala de 1 a 5, avaliação realizada no momento da colheita de sangue. A determinação dos valores circulantes de β-hidroxibutirato (BHB) foi realizada através de um teste rápido na máquina Precision XceedTM com as tiras de medição Precision Xtra™ ß-Ketone. Com base nos valores obtidos as vacas foram classificadas como “sem cetose”, se os valores eram inferiores a 1,2 mmol/L, e como “com cetose” se os valores eram iguais ou superiores a 1,2 mmol/L. Além do mais, estes últimos foram ainda divididos em cetose clínica ou subclínica segundo apresentavam os sinais clínicos de cetose. A concentração de BHB em vacas de aptidão leite e carne não diferiu de forma significativa, mas uma análise detalhada revela discrepâncias nos valores tanto de BHB sanguíneo como de BCS. Ambas as categorias, BHB e BCS, têm oscilações acentuadas nas vacas de leite, e uma variação muito constante nas de carne. Isto reflete um ajustamento do balanço energético que as vacas Barrosãs são capazes de realizar no pós-parto, ao contrário das Holstein-Frisean, raça altamente sujeita a pressões genéticas para melhorar o seu índice de produção, culminando num acentuado balanço energético negativo (NEB). Neste estudo revelou a existência de uma considerável variação da adaptação ao NEB durante o periparto, relativamente ao grupo de vacas de leite e carne. Para além disso, existe também uma variação individual implícita entre as vacas de leite, baseado nas variáveis metabólicas. Uma análise comparativa relativa ao número de lactações, distinguindo os animais em primíparos e multíparos, constatou que as vacas multíparas têm maior incidência de cetose subclínica em comparação às vacas primíparas. |
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