Análise do Burnout como fator de risco para a Ansiedade, Depressão e Qualidade de Vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerra, Cláudio da Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/13168
Resumo: O burnout tornou-se num dos riscos ocupacionais psicossociais mais importantes da sociedade atual, levando a implicações e custos significativos tanto para os indivíduos, organizações e sociedade em geral. A presente investigação, em Psicologia Clínica e da Saúde, pretende contribuir para uma melhor compreensão de alguns potenciais consequentes do burnout, mais concretamente, no âmbito da saúde mental e da qualidade de vida. Deste modo, estabelece-se como principal objetivo do estudo, a análise da associação e eventual influência do burnout na qualidade de vida relacionada com o trabalho e também a análise da sua associação com em indicadores específicos de saúde mental, nomeadamente, a ansiedade e a depressão. Participaram na amostra deste estudo um total de 1667 pessoas, com idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos, com uma média de idades de 34.1 anos e um desvio padrão de 13.087, sendo 64.2% (n = 933) mulheres e 35.6% (n = 517) homens. O presente estudo recorreu, seletivamente, a dados obtidos através do protocolo, de um projeto mais amplo - HEPHAESTUS, que incluiu vários questionários. Foram incluídos, neste estudo, especificamente, dados recolhidos com o Questionários Sociodemográfico, com o Burnout Assessment Tool, com o Brief Symptom Inventory 18 e com a Work-Related Quality of Life Scale. As diferenças das dimensões do burnout em função das variáveis sociodemográficas demonstraram que as variáveis burnout, tanto como nos indicadores de saúde mental, diferem conforme o género. O mesmo fenómeno se verificou relativamente às restantes variáveis sociodemográficas analisadas. Os resultados obtidos, sinteticamente, demonstraram que o burnout tem um efeito preditivo nos indicadores de saúde mental e na qualidade de vida relacionada com o trabalho, visto que se verificaram predições estatisticamente significativas. A modelação de equações estruturais reforçou a existência de associações positivas significativas entre o burnout e os indicadores de saúde mental e da qualidade de vida relacionada com o trabalho. A partir dos resultados e contributos teóricos e empíricos deste estudo evidencia-se um padrão de associações que amplia o nível de compreensão das implicações (negativas) para a saúde mental e da qualidade de vida relacionada com o trabalho.
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