DA AUDITORIA FINANCEIRA À AUDITORIA FORENSE – ESTUDO DE CASO: BES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Diana Sofia Alves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11110/1510
Resumo: De índole bastante mediática e contemporânea, o caso Banco Espírito Santo (BES) veio testar a funcionalidade dos novos regimes de recuperação e resolução das instituições de crédito a vigorar em Portugal. Tradicional e historicamente, o BES foi um dos maiores bancos privados portugueses, tendo sido sempre conotado pelos seus clientes como digno de confiança, sólido e seguro, pelo menos, até 2013, ano em que foram revelados os seus problemas financeiros. A possibilidade de se poder viver uma crise financeira sistémica e de se suspeitar da prática de irregularidades, apanhou todos de surpresa. Face ao exposto, e tendo por base as demonstrações financeiras intercalares e anuais (do período de 2012 a 2014), o objetivo principal deste trabalho é dar resposta à questão de estudo: existiam, ou não, indícios que eventualmente pudessem levar, anteriormente, acionistas e Banco de Portugal (BdP) a contratar uma auditoria forense? Para tal, depois da analisada a literatura existente, foram concebidos alguns indicadores que poderiam responder à questão de estudo: o rácio de autonomia financeira próximo do permitido pelo Banco Central Europeu (BCE), a concentração excessiva de rúbricas de balanço, os prejuízos avultados, os recursos com elevada exposição ao risco, a realização de reforços de capital próprio num curto espaço de tempo, o aumento de operações com entidades relacionadas com grande exposição ao risco. A presente dissertação contempla um enquadramento teórico onde será abordada a temática da auditoria financeira no global, o código de ética e estatuto da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC), o fenómeno do Audit Expetation Gap, a auditoria financeira aplicada ao setor bancário e as normas internacionais de auditoria mais relevantes para o caso em estudo (Capítulo I); por outro lado, será também estudado o nascimento da auditoria forense, sua ótica pró-ativa e reativa, os conceitos de erro e fraude, a fraude no setor bancário, a regulação e supervisão em geral (Capítulo II). Posteriormente, seguir-se-á a explicação dos objetivos e metodologia (Capítulo III) e um estudo empírico (Capítulo V), onde se contextualiza o caso de estudo, as medidas de recapitalização e recuperação possíveis, quais os fatores de insolvência, a aplicação da medida de resolução e a análise e interpretação dos dados. ii Com base na metodologia de investigação qualitativa, nomeadamente na recolha e análise de dados dos Relatórios e Contas intercalares e anuais do período em estudo; comparação e avaliação de alguns indicadores de carater económico e financeiro; a informação obtida permitiu confirmar a existência de todos os indicadores que podiam conduzir à resposta da questão de estudo, pelo que deveria ter sido iniciada uma auditoria forense anteriormente ao que sucedeu.
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