Pneumonia adquirida na comunidade numa unidade de cuidados intensivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592010000200003 |
Resumo: | A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é a principal causa de sépsis em cuidados intensivos de adultos. Com o objectivo de caracterizar o quadro clínico de PAC em cuidados intensivos, tratamento e avaliação de factores prognósticos, com especial relevância para a antibioterapia, realizou-se um estudo retrospectivo dos doentes admitidos numa UCI polivalente com PAC, de 1 de Junho de 2004 a 31 de Dezembro de 2006. Analisaram-se 76 doentes com uma idade média de 62,88 (18,75) anos. O APACHE II médio de 24,88 (9,75) e o SAPS 2 médio era de 51,18 (18,05), com mortalidade prevista de 47,27%. O microrganismo responsável foi identificado em 42,1% dos casos. O agente etiológico mais comum foi o Streptococcus pneumoniae, mas o grupo de agentes etiológicos mais frequentemente identificados foi o dos bacilos entéricos gramnegativos. A antibioterapia prévia mais usada foi a levofloxacina. O esquema de antibioterapia mais usado na admissão foi a associação ceftriaxone com azitromicina. Em 32 doentes em que foi possível avaliar a adequação terapêutica, 27 estavam sob esquemas de antibioterapia adequados. Foram submetidos a ventilação mecânica 66 doentes (86,8%), com uma duração mediana de 4 dias. A demora mediana foi de 5,3 dias. A mortalidade na unidade foi de 36,8% e a hospitalar de 55,26%. O índice SAPS 2, o valor de PCR, o potássio sérico e a antibioterapia inicial não adequada relacionaram-se com maior mortalidade. Após análise multivariada, apenas o índice SAPS II manteve significado estatístico. O uso da antibioterapia deve ser criterioso, tendo em conta os principais agentes e a sua susceptibilidade. |
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