O efeito de mediação da vinculação na relação entre a polivitimação e os comportamentos delinquentes na adolescência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/10068 |
Resumo: | A delinquência juvenil é um fenómeno crescentemente preocupante na sociedade, assumindo uma crescente visibilidade e reconhecimento público ao longo dos anos. O impacto das experiências adversas no desenvolvimento dos jovens tem suscitado o interesse dos investigadores, porém a maioria das investigações nesta área centram-se em formas individuais de vitimação, negligenciando o efeito dos diferentes tipos de adversidade e trauma em amostras de risco. Objetivo: Testar a relação entre a polivitimação e o comportamento delinquente em jovens em risco e o efeito mediador da vinculação nesta relação. Método: A amostra incluiu 117 jovens entre os 12 e os 17 anos, dos quais 71 (61%) são do sexo feminino e 46 do sexo masculino (39%), sendo que 54 (46.2%) frequentam o Ensino Profissional, 46 (39.3%) residem em Instituições de Acolhimento e 17 (14.5%) foram avaliados pelas CPCJ. Foram utilizadas quatro medidas: Questionário Sociodemográfico; Escala de Delinquência Autorrelatada Adaptada (ASDS);Questionário das Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais (ECR-RS) e o Traumatic Events Screening Inventory - Interview for Children/Self-Report (TESI-C/SR). Resultados: Revelou-se que a polivitimação é preditora na adopção de comportamentos delinquentes nos jovens, enquanto que a vinculação insegura não mostrou ser uma variável preditora deste último. Igualmente, o efeito da mediação da vinculação nesta relação não se verificou. Porém, demonstrou evidência empírica de que nem toda a vinculação parece estar relacionada com comportamentos delinquentes, mas apenas alguns tipos de vinculação e a diferentes pessoas (ansiedade à mãe, evitamento ao companheiro).Conclusões:As implicações práticas deste estudo passam pelo seu contributo para a implementação de programas de prevenção e intervenção, cujos devem incidir na reorganização de modelos internos dinâmicos destes jovens relativamente à algumas figuras relacionais, considerandoa avaliação da história de polivitimação, a fim de responder adequadamente às caraterísticas e necessidades desta população de risco. |
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O efeito de mediação da vinculação na relação entre a polivitimação e os comportamentos delinquentes na adolescênciaMESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDEPSICOLOGIADELINQUÊNCIA JUVENILVITIMAÇÃOVINCULAÇÃOJOVENS EM RISCOPSYCHOLOGYJUVENILE DELINQUENCYVICTIMISATIONATTACHMENTYOUNG PEOPLE AT RISKA delinquência juvenil é um fenómeno crescentemente preocupante na sociedade, assumindo uma crescente visibilidade e reconhecimento público ao longo dos anos. O impacto das experiências adversas no desenvolvimento dos jovens tem suscitado o interesse dos investigadores, porém a maioria das investigações nesta área centram-se em formas individuais de vitimação, negligenciando o efeito dos diferentes tipos de adversidade e trauma em amostras de risco. Objetivo: Testar a relação entre a polivitimação e o comportamento delinquente em jovens em risco e o efeito mediador da vinculação nesta relação. Método: A amostra incluiu 117 jovens entre os 12 e os 17 anos, dos quais 71 (61%) são do sexo feminino e 46 do sexo masculino (39%), sendo que 54 (46.2%) frequentam o Ensino Profissional, 46 (39.3%) residem em Instituições de Acolhimento e 17 (14.5%) foram avaliados pelas CPCJ. Foram utilizadas quatro medidas: Questionário Sociodemográfico; Escala de Delinquência Autorrelatada Adaptada (ASDS);Questionário das Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais (ECR-RS) e o Traumatic Events Screening Inventory - Interview for Children/Self-Report (TESI-C/SR). Resultados: Revelou-se que a polivitimação é preditora na adopção de comportamentos delinquentes nos jovens, enquanto que a vinculação insegura não mostrou ser uma variável preditora deste último. Igualmente, o efeito da mediação da vinculação nesta relação não se verificou. Porém, demonstrou evidência empírica de que nem toda a vinculação parece estar relacionada com comportamentos delinquentes, mas apenas alguns tipos de vinculação e a diferentes pessoas (ansiedade à mãe, evitamento ao companheiro).Conclusões:As implicações práticas deste estudo passam pelo seu contributo para a implementação de programas de prevenção e intervenção, cujos devem incidir na reorganização de modelos internos dinâmicos destes jovens relativamente à algumas figuras relacionais, considerandoa avaliação da história de polivitimação, a fim de responder adequadamente às caraterísticas e necessidades desta população de risco.Juvenile delinquency is an increasingly worrisome phenomenon in society, assuming increasing public visibility and recognition over the years. The impact of adverse experiences on youth development has been of interest to researchers, but most investigation in this area focuses on individual forms of victimization, neglecting the effect of different types of adversity and trauma on risk samples.Objective:To test the relationship between poly-victimization and delinquent behavior in at-risk youth and the mediating effect of attachment to this relationship.Method: The sample included 117 young people between 12 and 17 years old, of which 71 (61%) are female and 46 male (39%), with 54 (46.2%) attending Vocational Education, 46 (39.3%) reside in host institutions and 17 (14.5%) were evaluated by the CPCJ.Four measures were used: Sociodemographic Questionnaire; Adapted Self-Reported Delinquency Scale (ASDS); Experiences in Close Relationships – Relationship Structures(ECR-RS) and Traumatic Event Screening Inventory - Interview for Children/Self-Reporting (TESI-C/ SR). Results: It was revealed that poly-victimization is a predictor of delinquent behavior in youth, while attachment was not a predictor of delinquent behavior. Similarly, the effect of attachment mediation on this relationship has not been verified. However, seem to demonstrated empirical evidence that not all attachment associate with delinquent performance, but only a few attachment types and different people (mother anxiety, romantic partner avoidance). Conclusions: The practical implications of this study are the contribution to the implementation of prevention and intervention programs, which should focus on the a reorganization of the dynamic internal models of young people, in relation to some relational figures, considering an evaluation of their history of polyvitimation, in order to adequately respond to the characteristics and needs of this at-risk population.2020-02-13T19:33:37Z2019-01-01T00:00:00Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/10068TID:202381722porCarvalheira, Cláudia Sofia Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:11:16Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/10068Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:17:51.215661Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A delinquência juvenil é um fenómeno crescentemente preocupante na sociedade, assumindo uma crescente visibilidade e reconhecimento público ao longo dos anos. O impacto das experiências adversas no desenvolvimento dos jovens tem suscitado o interesse dos investigadores, porém a maioria das investigações nesta área centram-se em formas individuais de vitimação, negligenciando o efeito dos diferentes tipos de adversidade e trauma em amostras de risco. Objetivo: Testar a relação entre a polivitimação e o comportamento delinquente em jovens em risco e o efeito mediador da vinculação nesta relação. Método: A amostra incluiu 117 jovens entre os 12 e os 17 anos, dos quais 71 (61%) são do sexo feminino e 46 do sexo masculino (39%), sendo que 54 (46.2%) frequentam o Ensino Profissional, 46 (39.3%) residem em Instituições de Acolhimento e 17 (14.5%) foram avaliados pelas CPCJ. Foram utilizadas quatro medidas: Questionário Sociodemográfico; Escala de Delinquência Autorrelatada Adaptada (ASDS);Questionário das Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais (ECR-RS) e o Traumatic Events Screening Inventory - Interview for Children/Self-Report (TESI-C/SR). Resultados: Revelou-se que a polivitimação é preditora na adopção de comportamentos delinquentes nos jovens, enquanto que a vinculação insegura não mostrou ser uma variável preditora deste último. Igualmente, o efeito da mediação da vinculação nesta relação não se verificou. Porém, demonstrou evidência empírica de que nem toda a vinculação parece estar relacionada com comportamentos delinquentes, mas apenas alguns tipos de vinculação e a diferentes pessoas (ansiedade à mãe, evitamento ao companheiro).Conclusões:As implicações práticas deste estudo passam pelo seu contributo para a implementação de programas de prevenção e intervenção, cujos devem incidir na reorganização de modelos internos dinâmicos destes jovens relativamente à algumas figuras relacionais, considerandoa avaliação da história de polivitimação, a fim de responder adequadamente às caraterísticas e necessidades desta população de risco. |
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